O FIM DO DINHEIRO - parte 3
- pedropocas-nazunia
- 15 de dez. de 2020
- 20 min de leitura
MUDANÇAS RADICAIS

ESCOLAS DE SONHO
A nossa mente hoje não é capaz de conceber como será o Sistema de Ensino de amanhã. Mas as diferenças serão estrondosas só pelo facto de não existir dinheiro; vejamos como é o Ensino hoje:
Os alunos desde cedo levam com uma programação escolar quase totalmente inútil no que diz respeito à verdadeira aprendizagem que tem a ver com conhecimentos e meios que lhe irão aprimorar o seu carácter e ética individual. Com excepção dos primeiros 4 anos onde aprendem alguma socialização, a ler, a escrever, e um pouco de matemática elementar, os restantes anos (incluindo as universidades) são uma completa perda de tempo porque o indíviduo apenas irá estudar para conseguir as avaliações requeridas e ter as habilitações necessárias a fim de conquistar um emprego bem remunerado - o nosso Sistema Educacional limita-se a isso.
Então, as disciplinas que são colocadas nos programas pelo Ministério de Educação visam somente a preparar o aluno a ser integrado em algumas dessas profissões relacionadas com o Sistema Monetário (S.M); por isso é que eles são sobrecarregados anos a fio com as matemáticas, químicas, "história" da carochinha e outras patetices que só entopem a cabecinhas dos nossos jovens. Sejamos sinceros...é raro o aluno que goste de estudar. Muitos gostam de ir à escola pelo convívio e pelas namoradas. Mas em relação às matérias eles percebem muito cedo que não servem para nada. Apenas se conformam porque é aquilo que têm e sabem que se quiserem almejar estatuto profissional e financeiro terão de suportar o ensino. E "suportar" é insuficiente - eles fazem um verdadeiro sacrifício. Essa é razão de muitos sofrerem esgotamentos, stress, ansiedade e outro tipo de psicoses, além de muitos desistirem de estudar antes do tempo; também estou bem ciente que muitos tomam medicamentos para se manterem acordados em épocas de exames, assim como outros tipo de drogas. O que se passa é que os alunos actuais acabaram por se tornar um mercado apetecível para a infame Indústria Farmacêutica...mas isso é outra conversa.
Com efeito, eu pergunto: o que é que os alunos neste sistema aprendem em concreto em termos de competências úteis para vida real?...Nada. Absolutamente nada; para sairmos deste engodo temos imperiosamente de "arrancar" o horroroso S.M pela raiz e deitá-lo fora para sempre. Enterrá-lo bem fundo numa vala para que ele se desintegre de uma vez por todas.
O que é que o jovem aprende sobre actividades primárias como a Agricultura ou Pesca?...Mecânica?...Electricidade?...Construção Civil?...Medicina?...Segurança pública?...Informática?...Geologia?...Biologia?...Artes?...Teatro?...Pintura?...Desporto? - não aprende nada. Mas estes são exemplos de actividades reais que uma sociedade normal precisa de ter para funcionar e se desenvolver.
Assim, para termos uma percepção melhor de como será a escola do futuro temos de afastar esse manto de obscuridade que é o S.M e contemplar um novo horizonte...
Na escola de sonho, após aqueles quatro anos iniciais onde o aluno aprende a ler, escrever e a fazer contas, este entraria num novo paradigma de ensino completamente diferente. Em primeiro lugar não haveria um programa fixo com 6 ou 7 matérias rígidas e sacralizadas como são hoje. Desde cedo, uma excelente interacção entre alunos e professores interessados, que trabalhariam por amor e vocação profissional (não se esqueçam que não existem ordenados), faria com que se avaliasse muito bem as vocações naturais dos jovens. Ou seja, a título de exemplo, aquele aluno que teria aptidão para o desenho ou pintura, não teria de ser massacrado com os detalhes da História de Portugal ou matemática em profundidade - isso iria ser um estorvo que lhe prejudicaria a sua jornada laboral. Contudo, não penso que deveria ficar totalmente livre dessas disciplinas. Mas que se limitasse a aprender o básico.
E o mesmo se aplicaria no sentido inverso: aquele aluno que se sentisse atraído por história e desejasse aprofundar os seus conhecimentos para no futuro ser professor ou sociólogo, não teria de ser obrigado a estudar as técnicas elaboradas de um Leonardo da Vinci...estão a ver a coisa? Este Sistema de Ensino da Sociedade Sem Dinheiro (S.S.D) seria muito mais fluído que o actual. Os alunos apenas frequentariam as aulas que estivessem relacionadas com os seus gostos e aptidões pessoais - quem é que desistiria de uma escola assim?
Depois, o mais interessante é que não existiria mais o dinheiro para condicionar a escolha da profissão. O jovem que escolhesse ser agricultor já não se sentiria diminuído em relação ao informático - ambos seriam iguais na sociedade e ambos seriam respeitados nas suas funções. Tanto o informático precisa de comer assim como o agricultor poderia ter interesse em computadores. Quer dizer que os dois trabalhos são igualmente importantes numa S.S.D; inversamente, no S.M, aquele que manuseia computadores é mais reconhecido do que aquele que cava a terra, e logo a sociedade o premeia com mais dinheiro - mas por que é que há-de ser assim?...Porque é que estamos a distingui-los se ambos são importantes? A verdade é que não há nenhum motivo para isso a menos que o motivo seja o desejo de querermos destruir a sociedade. E de facto é o que está a acontecer no presente: todas as pessoas fugiram para as cidades para ganhar mais dinheiro e os campos ficaram ao abandono - fomentou-se um desequilíbrio geográfico e demográfico. Não, não está certo.
Então, numa S.SD ninguém é mais do que ninguém e os conceitos de "Superior" e "Inferior" tenderiam a extinguir-se em pouco tempo. Porque são precisamente as diferenças salariais que alimentam esses conceitos; sei que é algo ainda incompreensível para os nossos egos...tantos e tantos séculos habituados a competir uns com os outros, a conquistar medalhas e distinções, a trabalhar arduamente para acumular dinheiro. E agora este escriba está-me aqui a dizer que é tudo uma inutilidade que deve ser jogado para o lixo. Mas é, é isso mesmo. Em nome da sobrevivência do nosso planeta e da espécie humana, temos de começar a reflectir agora nestes assuntos com muita seriedade...olhem que os "Iluminados" já reflectem nisso há um bom tempo - aqueles que querem implementar o comunismo chinês no mundo. Lá terão as suas razões.
Mas eu acredito que podemos evitar a via do comunismo ou da ditadura de uma Nova Ordem Mundial. Existe aquele caminho onde poderemos resgatar novamente a consciência que um dia se perdeu. Um caminho que pode ser visualizado pela noção de uma nova escola onde passaremos a ser todos iguais na essência; porém, para entrarmos na linha de tempo positiva - a linha da consciência - o homem que está na secretária no topo do edifício a comandar os destinos da nação, terá de olhar para aquele que varre o lixo nas estradas ou para o jardineiro que trata das árvores, como um ser totalmente igual si. Porque afinal de contas todos contribuímos com algo de nós e o mundo continua a girar...
MEDICINA versus DOENÇAS
No actual paradigma da medicina convencional as doenças são amigas do sistema. Toda uma economia foi erigida ao longo dos últimos anos em torno das doenças - com especial relevância na Indústria farmacêutica. A pessoa deixou de ser vista como alguém que tem de ser curada, para ser um mero cliente ou um consumidor. E os médicos hoje em dia tornaram-se colaboradores da indústria dos medicamentos - por isso é que os seus gabinetes são invadidos regularmente por delegados de propaganda médica, que são aquelas pessoas que vão tentar subornar os médicos para que estes prescrevam os medicamentos de determinados laboratórios. Portanto, toda a gente quer ganhar dinheiro à conta das enfermidades.
Há 15 anos que já não coloco um pé num consultório médico, mas lembro-me que quando os visitava não me apercebia de qualquer interesse no paciente. Não querem realmente informar a pessoa sobre o seu problema. Fazem uma análise rápida aos sintomas e receitam um medicamento qualquer para os aliviar - não há noções de prevenção como a nutrição e hábitos de vida.
Quando existem por exemplo aquelas campanhas de sensibilização onde fazem rastreios nas escolas e empresas para avaliar a saúde das pessoas, não é porque estão preocupados connosco. Isso é essencialmente um artifício do sistema para detectar o mais ínfimo vestígio de que algo não está a funcionar bem no corpo humano. Desse modo, pode-se induzir medo no indivíduo para que este vá por si mesmo fazer mais exames e assim cair na "teia" dos remédios.
Essa é a mesma razão porque estão sempre a tentar fazer rastreios à visão das crianças nas escolas - o objectivo é encontrar a mais pequenina deficiência visual para fazer com que este adquira uns óculos. A pessoa é literalmente uma cobaia do negócio da medicina.
Aliás, a única coisa que evoluiu bastante nas últimas décadas na Medicina foram as "tecnologias de detecção". Aparelhos sofisticados conseguem perscrutar o interior do corpo humano até ao mais ínfimo pormenor. E foi assim que a "Bíblia" das doenças aumentou drasticamente de tamanho. Há 30 anos atrás deveriam existir aí umas 500 doenças conhecidas, hoje temos quase 10 mil.
Mas será assim porque a população aumentou e os hábitos de vida pioraram? Certamente que isso é um dos factores. Mas o aumento brutal só pode ter relação com a evolução tecnológica em harmonia com os interesses financeiros em torno das doenças. Por uma questão de lógica é fácil compreender que a saúde ou a cura não dá lucro a ninguém...já reparou que a palavra "cura" é um tabu dentro da comunidade médica?...Que eles arranjam sempre mil e uma desculpas para a "cura" ficar restringida aos reinos da utopia. As curas existem mas a função deles consiste em formular um monte de teorias complicadas para desmoralizar os pacientes.
Há um tempo atrás tive um encontro fortuito com um médico especialista em problemas de pele. Depois de ele dissertar um pouco sobre os seus vastos conhecimentos no assunto, sugeri-lhe que a maioria das alergias poderia ser de origem alimentar, consumo de tabaco e stress...haviam de ver o seu semblante a mudar. Visivelmente incomodado com as minhas ideias, replicou peremptoriamente que não havia quaisquer evidências científicas daquilo que eu falava, e que simplesmente não havia cura para certos problemas de pele.
Claro que a sua reacção não me surpreendeu minimamente. Inconscientemente os médicos têm medo das curas - é toda uma actividade que floresce em torno das doenças; imagine que você é dono de uma empresa em Portugal com 100 médicos dermatologistas e que existem catalogadas 50 enfermidades ao nível da derme. Se porventura o interesse for eliminar essas patologias, os médicos ajudarão com mudanças do regime alimentar e outros factores que contribuirão para a redução dos doentes ou até mesmo para que essas enfermidades se tornem raras. O único problema é que vivemos num S.M e essa busca da cura é proibida. Significando que você, como gerente de uma empresa de médicos que visa o lucro e expandir-se, teria todo o interesse em que as doenças de pele se multiplicassem e se agravassem na comunidade. É triste constatar isso mas é uma realidade do nosso mundo contemporâneo. O número de dermatologistas tem de aumentar. Não pode diminuir. E depois ainda existe o negócio das pomadas das farmacêuticas...conseguem entender porque é que os problemas de saúde nunca acabarão neste tipo de sociedade?
Por isso é que esse paradigma terá de mudar brevemente. Não podemos continuar a investir infinitamente nas doenças só porque estas alimentam toda uma economia. Se um dia todas as pessoas se tornarem portadoras de uma qualquer doença, quem trabalhará para o desenvolvimento do mundo?...Porque era isso que um dia inevitavelmente aconteceria se fosse permitido andar-se a sustentar uma economia em torno da doença.
O ser humano foi feito para ser saudável e a sociedade terá obrigatoriamente nos próximos anos de encontrar um novo tipo de economia que não esteja centrada em lucro e consumo. E isso implicará indubitavelmente o fim do dinheiro em espécie.
Quando um dia nos virmos livres do dinheiro testemunharemos mudanças colossais na comunidade médica. Em primeiro lugar, as farmácias serão quase todas extintas. A partir do momento em que os seres humanos se tornam gradualmente saudáveis, em virtude de terem mais consciência e melhores tratamentos, a necessidade de consumir medicamentos irá se reduzir brutalmente. E desse modo, só serão disponibilizados ao público os remédios estritamente necessários.
Por sua vez, a classe dos médicos e enfermeiros também sofrerá uma transformação radical relativamente ao número de efectivos e qualidade da prestação de serviços. Se o móbil passa a ser a medicina/saúde em detrimento do lucro/doenças é óbvio que haverá todo o interesse em que as pessoas se curem e nesse sentido os médicos terão outro tipo de formação nas universidades onde serão ensinados a sério sobre nutrição e outras práticas ancestrais que foram altamente negligenciadas pela medicina ocidental; os médicos do futuro não só terão um grande conhecimento de nutrição, como saberão mais sobre as propriedades da água, da influência dos estados emocionais, das energias do éter, da música, das cores, do poder das massagens, dos pontos de acupunctura e muitas coisas mais...enfim, o novo médico será um terapeuta holístico que verá o ser humano como um todo ao invés de se focar só nas partes como é feito na medicina convencional.
E com efeito é também evidente que todos aqueles que escolherão a profissão médica terão de ter um grande amor ao seu trabalho. O incentivo passará a ser o bem-estar físico e psicológico dos pacientes. A transmissão de conhecimentos que contribuirá para os cidadãos melhorarem o seu estado de saúde - apenas por falarem com o médico. Não havendo dinheiro, o incentivo será a sensação de dever cumprido, de sentir satisfação por ver alguém curado. Assim como também crescerá o sentido de responsabilidade... E o juramento de Hipócrates estará sempre na mente daqueles que veem os outros a depositarem a confiança nas suas mãos.
Não podemos nunca generalizar mas muitos médicos hoje seguem carreiras pelo incentivo financeiro. Não têm a mínima vocação e estão ali contrariados nos consultórios exclusivamente a prescrever medicamentos. Muitos podem ter estudado exaustivamente, mas também há aqueles que nem isso fizeram. Conseguiram o cargo por causa das cunhas familiares ou de amigos influentes; Mas não é o estudo exaustivo, o investimento universitário e muito menos as cunhas a determinar o exercício de uma profissão tão nobre. O requisito primordial terá sempre de ser o desejo genuíno em querer ajudar o próximo. E quem tiver esse desejo também terá certamente o talento e a vontade para um dia merecer ostentar o título de médico.
OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA
Outro "cancro" do S.M é a Obsolescência Programada. Para quem nunca ouviu esse termo ele significa simplesmente em bom português que existe uma intenção deliberada que um determinado produto tenha uma duração de vida limitada. Não se trata de uma conspiração. Pode soar a crime, falta de bom-senso ou falta de respeito para com os consumidores, mas é uma realidade. As empresas têm nos seus protocolos de produção, regras bem definidas que proíbem o fabrico de qualquer artigo obedecendo a critérios de qualidade; de facto, se pensarmos em bens como... desde uma simples revista, uma torradeira, um televisor, um automóvel. Qualquer coisa. Tudo o que é feito hoje tem pior qualidade que há 20 anos atrás.
Do ponto de vista ético está errado. Como é possível a qualidade dos produtos retrocederem em vez de evoluírem à medida que os anos passam?
A resposta é que isso só é possível numa lógica de lucro e consumo. O próprio Sistema Monetário (S.M) incentiva as empresas a agirem nesse sentido - qual o interesse de um fabricante de telemóveis produzir um modelo com toda a tecnologia disponível e montado com os materiais mais resistentes?...
Se forem pesquisar na net por um cientista espanhol que inventou uma lâmpada que dura infinitamente irão perceber melhor toda esta problemática e o quanto é complicado no actual sistema ambicionar fazer algo com qualidade. Portanto, quando se aperceber que a chapa do seu carro encolhe com o dedo mindinho ou a impressora não chega ao segundo ano de vida, não se surpreenda porque tudo foi meticulosamente preparado para que fosse assim. Não foi azar, acontece a você e a uma grande parte dos consumidores - todos somos vítimas da Obsolescência Programada.
Todavia, esse protocolo tem um preço muito caro para o planeta. À conta do consumo desenfreado de biliões de seres humanos que têm de estar constantemente a renovar os seus bens utilitários - por serem de curta duração - o desperdício aumenta cada vez mais, o que exige um massacre persistente dos recursos naturais do planeta.
Se houvesse associações ambientais efectivamente interessadas no meio ambiente, elas teriam de atacar a raiz do problema que estou a denunciar neste texto - O S.M. Mas não! Como poderiam?...Ou a menina Greta que tanto apaparicada é pela Mídia?
Não, nem pensar. Sejam organizações ou individualidades promovidas, é tudo uma imensa hipocrisia de mau gosto. O interesse é exclusivamente político e corporativo.
Tente pensar simples: eliminando o dinheiro da nossa equação de modelo sócio-económico, como seriam os nossos produtos?... Se o móbil deixa de ser o lucro e passa a ser a produção de acordo com o melhor da tecnologia existente, como seria a nossa sociedade?
Vou-vos dar alguns exemplos para que sonhemos:
1 ) Transportes públicos:
Talvez tenha andado distraído nos últimos anos a assistir notícias e novelas mas a nossa rede de transportes, não só em Portugal mas em quase todo o mundo, está estagnada no tempo desde o início do século passado com as descobertas de Nikola Tesla. Hoje as pessoas associam o nome "Tesla" aos carros eléctricos, mas Tesla foi um homem que viveu no início do século XX. Um génio fora de série que inventou coisas inacreditáveis, mas que foram todas boicotadas pelos elitistas do seu tempo - os seus inventos basicamente não davam lucro às corporações; hoje em dia só usamos o petróleo por causa desse boicote há 100 anos atrás.
A mesma energia que Nikola Tesla aprendeu a filtrar do éter que daria para iluminar as nossas casas gratuitamente, também daria para mover os carros e os transportes públicos sem qualquer nível de poluição para a atmosfera...e com a tecnologia da anti-gravidade que está neste momento oculta pelos governos/corporações, possibilitaria que os automóveis voassem em vez de andarem a arrastar-se no solo com toda a perigosidade inerente para os condutores; aqueles monstros ruidosos que chamamos aviões também seriam inexistentes na nossa sociedade se não tivéssemos uma sociedade atrelada ao factor monetário dependente de combustíveis ultrapassados. Tendemos a achar que os ovnis dos filmes de ficção são algo de um futuro distante - é mentira! Já existe a tecnologia para produzir frotas dessas máquinas anti-gravidade. Naves silenciosas, sem combustível, capazes de fazer manobras impossíveis e deslocar-se em segundos de um continente ao outro. Porém, eles não permitem que isso seja divulgado ao público porque não querem a evolução da sociedade. A prioridade deles, para já, é o controlo e a escravidão dos seres humanos.
De qualquer modo para se compreender o atraso tecnológico em que vivemos nem precisamos de nos focar nessas maravilhas incógnitas. Basta olharmos para o sistema de comboios Maglev do Japão baseado em levitação magnética para se perceber que há algo de errado no nosso mundo. Este tipo de trem já existe há mais de 20 anos e hoje apenas, além do Japão, está implementado na China e Alemanha - mas porque porque é que passados 20 anos esta tecnologia não está incorporada em todo o planeta?...O que é que impede isso?
É evidente que é o dinheiro. Só tem quem investe ou que é muito rico para o adquirir. Na Europa, por exemplo, havendo uma União Europeia, seria normal que se canalizassem recursos para fazer uma mega-infraestrutura Maglev em todo o território para facilitar as deslocações. Mas não...é a complexidade do sistema financeiro.
Agora imaginem, numa S.S.D, teríamos essa estrutura montada em todos os continentes sem excepção - porque não estaria dependente de dinheiro, mas da vontade de todos os habitantes e líderes. O que seria benéfico para um país, também seria para todas as restantes nações. Adversamente, assistimos a disparidades gritantes entre os 5 continentes: por exemplo, a Europa move-se a uma velocidade, enquanto a África está encalhada em problemas básicos como a fome, conflitos, doenças e corrupção - como poderão os africanos pensar em comboios Maglev se nem estradas normais ainda têm?...Neste sistema, nunca.
Mas os contrastes não existem apenas nos continentes. Nos países da U.E também os há. O conceito "União" é somente uma questão de política. Nunca poderemos viver numa verdadeira União enquanto adorarmos o dinheiro. O dinheiro sempre divide, nunca trás União - não se esqueçam disso.
Assim, o que se passa é que os países da "União" europeia vivem em modo de sobrevivência para pagar a sua dívida perpétua às instituições financeiras. E dessa forma torna-se impossível aspirar a qualquer tipo de evolução social. Por isso é que assim que cruzamos a fronteira de Espanha se nota diferenças substanciais: a gasolina mais barata, melhor ordenamento territorial, melhores estradas, ausência de portagens e melhores comboios (mesmo não se comparando ao Maglev)
Embora esteja a comparar Portugal com Espanha também haverá decerto outros contrastes na Europa. O importante é compreendermos a essência: o dinheiro é um problema que sempre divide e que sempre corrompe o Homem.
2) Qualidade das estradas e edifícios:
No ano de 2005 deparei-me com uma entrevista na CNN dos anos 70 a um peculiar indíviduo que falava eloquentemente sobre os seus inventos que poderiam revolucionar as nossas vidas. O nome dele era Jacque Fresco (faleceu em 2017) com 101 anos. Larry King, o entrevistador, fazia-lhe perguntas inteligentes sobre as suas ideias e projectos, enquanto ele com uma sagacidade intelectual impressionante apresentava respostas para tudo. Segundo ele, a Humanidade poderia prosperar muito mais rapidamente se abandonasse o Sistema Monetário de uma vez por todas. O seu principal argumento (que eu concordo totalmente) é já se tinha capacidades tecnológicas nos anos 70 para viver abundantemente através de uma economia de recursos. Ou seja, a tecnologia poderia criar formas de usar os recursos naturais do planeta sem o saturar.
O grande trunfo de Fresco é que não se tratavam de simples ideias teóricas. O homem além de ser engenheiro social, projectista industrial, escritor e professor, era um autodidacta que desenvolvia projectos práticos. Aquilo que ele idealizava na sua cabeça era transformado imediatamente num projecto que teria a potencialidade de ser materializado dependendo da disponibilidade financeira ou interesses do mercado; hoje pode procurar no google pelo seu nome ou "Projecto Vénus" - que é um centro de pesquisa onde as suas ideias e projectos podem ser conhecidos por um público mais amplo.
Um dos seus conceitos mais marcantes é que nós já há muito poderíamos ter abdicado do nosso actual modelo de estradas feitas de alcatrão. É um sistema extremamente dispendioso, moroso e de degradação rápida.
Na mente do cientista, a estrada em alcatrão é algo primitivo que não fazia sentido existir nos anos 80, porque a partir do momento em que temos capacidades e recursos para produzir algo mais barato e eficiente, qual a necessidade de se manter um sistema arcaico?...A resposta está nos interesses da indústria petrolífera. Mais uma vez voltamos à mesma tecla: o Sistema Monetário é um forte travão ao desenvolvimento porque este fomenta economias que crescem e se tornam dependentes do próprio sistema. Depois são formados os lobbies (grupos de interesses) que se tornam muito resistentes para as inovações - fica claro que o S.M não pode coexistir com o progresso tecnológico.
Não me recordo dos detalhes técnicos dessas estradas sofisticadas. Mas basicamente eram placas enormes feitas de uma mistura de substâncias que as tornavam muito resistentes. Os solos não ficavam saturados de químicos e nem sobrecarregados pelo peso do alcatrão, e sempre que houvesse necessidade de se fazer reparações nas condutas de gás ou água bastaria proceder ao levantamento da respectiva placa na área da intervenção. Após a obra, a placa seria novamente reposta. Já viram como as coisas são feitas hoje em 2020?...Um grupo de operários fica dias inteiros a abrir valas no alcatrão, depois durante poucas horas faz a intervenção. E a seguir mais não sei quantos dias para tapar o buraco - e com o agravante do pavimento se ir deteriorando cada vez mais. Ao passo que com estas placas individuais não há quaisquer desperdícios de tempo para aceder ao local desejado; ou seja, uma simples obra que hoje demora semanas a concluir, no método de Fresco bastariam algumas horas. Além do mais, a resistência dessas placas é qualquer coisa de surreal...imagine circular com o seu automóvel num piso perfeitamente liso isento de qualquer desnível e fissuras. Você teria o conforto da viagem em si e pouparia imenso na manutenção do carro. Mas é precisamente aí que reside o contraste com o Sistema Monetário. No S.M todos os problemas movimentam dinheiro para alguém. Por isso é que ninguém até hoje, nenhum governo ou empresa se atreveu a investir nessas estradas revolucionárias - estradas esburacadas, além de fornecerem clientes para as oficinas, é uma oportunidade de trabalho para as empresas de reparação.
Mas se as estradas já deixam qualquer pessoa a pensar, o que dizer dos edifícios que esse homem idealizou?...
Se der uma olhada aos seus modelos irá pensar que isso foi retirado de alguma película de ficção científica. Mas não. Ele garante que isso tudo poderia ser feito com os conhecimentos e tecnologias actuais desde que houvesse vontade e coordenação.
As pessoas têm uma ideia errónea que as maravilhas arquitectónicas implicam investimentos incomportáveis. Nada podia estar mais longe da verdade. Hoje perde-se imenso tempo a construir um simples prédio com tijolos e betão. E é necessário ainda muita mão-de-obra. Então se somarmos os custos com os materiais e os 2 ou 3 anos que demora a construir um edifício normal de habitação, vai-se constatar que o investimento foi tremendo - por isso é que as casas são caríssimas; em relação às construções de Jacque Fresco - embora tenham sido pensadas para serem integradas numa sociedade desprovida de Sistema Monetário (S.M) - o tipo de materiais usados possibilitava que fossem edificados muito mais rápido e com menos custos de mão-de-obra. Portanto, mesmo concorrendo num mercado de S.M, os consumidores sairiam a ganhar em preço e qualidade. E temos de considerar que esses projectos futuristas, segundo ele, já poderiam ser materializados há 50 anos atrás...imagine agora.
Ainda me lembro da expressão atónita de Larry King quando este génio lhe estava a explicar o modelo de casas que tinha inventado para as populações do interior da América. Penso que é de conhecimento geral que os habitantes da Costa Leste dos E.U.A são bastante fustigados por furacões. Por isso o cientista desenvolveu uma casa singular em formato cónico para evitar que fosse destruída. O segredo não tinha nada a ver com robustez. Era a própria geometria em cone que faria com que os fortes ventos dos tornados ao tocassem na superfície, deslizassem para a atmosfera sem provocar um arranhão na estrutura. Se me contassem isto sem saber que o indíviduo é um inventor real, eu diria que se tratava de um episódio de quadradinhos do Professor Pardal da Disney. Mas é mesmo verdade, acreditem.
Só que infelizmente os seus inventos extraordinários nunca foram introduzidos na sociedade - não se adaptam ao S.M; se tivermos em conta que milhares de habitações nos E.U.A são reconstruídas todos os anos por causa dos furacões, logo perceberemos porque insistem e fazer casas em madeira...fico a imaginar estes cientistas sonhadores, no auge da sua criatividade, a partilhar os seus projectos com os magnatas do capital. Depois de uma reunião prometedora, o homem do dinheiro vira-se para o jovem inventor e diz-lhe baixinho: "Sabe, as suas ideias são muito interessantes, mas..." - e todos sabemos o significado desse "mas".
3) Produtos básicos:
Para terminar vou agora falar um pouco dos produtos básicos que temos nas nossas casas e que são concebidos de acordo com a filosofia da Obsolescência Programada.
Poderia falar de qualquer produto, como uma impressora, televisor ou uma simples máquina de café, que todos eles obedecem ao mesmo princípio: são programados para ficarem obsoletos ao fim de um certo tempo para que as pessoas comprem outros novos. Mas vamos nos focar no telemóvel cuja qualidade não é assim tão má. Os mais poupados sabem que um Iphone ou um Samsung até podem durar uns bons anos dependendo da forma como os tratamos. O problema não é durabilidade do material, mas das inovações tecnológicas que vão sendo incorporadas todos os anos, o que vai deixando os modelos anteriores com a conotação de "inferior" cada vez mais vincada. E assim ninguém gosta de ficar para trás.
O telemóvel hoje em dia não é um mero bem utilitário. Além de ser um aparelho multi-funcional, tornou-se um acessório que define o estatuto da pessoa - à semelhança de um ténis Nike ou um Rolex. Com efeito, mesmo que o telemóvel esteja em perfeito estado, quando começam a surgir os anúncios publicitários a dizer que vai sair um novo modelo, há pessoas que começam imediatamente a fazer contas à vida para o adquirir. Isso faz com que milhões e milhões de telefones vão para o lixo todos os anos sem estarem propriamente danificados, o que logicamente irá prejudicar o meio-ambiente.
Há quem queira culpar os hábitos consumistas das pessoas por esse problema. Mas não há culpados. Nem as empresas que os produzem são responsáveis porque apenas seguem a lógica de mercado que está assente em concorrência e consumo. As empresas têm que vender cada vez mais e para isso não podem apostar na qualidade do produto ou em oferecer de imediato toda a tecnologia disponível, como é o caso dos telemóveis. Têm de fazer "render o peixe" como se diz em linguagem coloquial...e assim todos os anos vão acrescentando só um pouquinho.
A raiz do problema está unicamente no Sistema Monetário. Não existindo dinheiro, não haveria também concorrência. O que faria com que provavelmente não houvesse tantas empresas a fabricar telemóveis - isso significaria que a qualidade se perdia? Claro que não! Mas há quem diga que a concorrência é boa e que faz com que as empresas compitam umas com as outras para conquistarem mais clientes. Sim, no caso dos restaurantes ou cafés reconheço que é verdade. Se pretendermos cativar as pessoas temos que lhes oferecer boa comida, simpatia e conforto. Mas não é assim no caso das empresas tecnológicas ou por exemplo das gasolineiras...em Portugal há muitas gasolineiras e todas competem entre si. Mas os preços competem para baixo ou para cima?
Não, a concorrência pode ser boa ou relativamente boa no contexto do S.M. Mas de acordo com o sistema social que eu defendo, ela simplesmente deixa de fazer sentido. E a qualidade não se perde em absoluto - aliás, aumentará para níveis absurdos que ninguém deste planeta jamais testemunhou. Porque deixa de haver a necessidade de reter a inovação para o próximo ano com o intuito de maximizar os lucros. Então, quem for o responsável por fabricar um telemóvel irá usar todos os recursos disponíveis do momento -tecnologia e conhecimento - para criar o melhor produto possível. E todos os seres humanos terão direito ao seu telefone perfeito; claro que poderão variar as cores, o tamanho ou alguns acessórios básicos. Mas em essência todos terão direito a um super-telemóvel de acordo com o melhor da tecnologia de ponta. E ninguém andará ansioso a olhar uns para os outros a ver quem possui o aparelho mais chique; entretanto, quando houver a necessidade de se lançar um novo produto (porque a tecnologia evoluiu), os cidadãos ficarão informados da sua existência e decidirão se vale a pena fazer a troca.
E o mesmo acontecerá com os carros, computadores, torradeiras, máquinas de lavar roupa ou qualquer produto que possa imaginar. Tudo será de altíssima qualidade, durabilidade e eficiência sem necessidade de andarmos a fazer reparações ou trocas anuais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pronto amigos, assim chegamos ao fim de mais um artigo. Um tema que há muito desejava partilhar convosco. Entendo que estamos na iminência de grandes transformações no planeta onde duas linhas de tempo distintas podem ser possíveis muito brevemente - a Linha da Cabala e a Linha da Consciência; quanto a mim, prefiro enveredar por esta última onde poderemos nos tornar cidadãos mais conscientes e livres. Mas para isso precisamos de nos livrar de muitos dogmas e preconceitos que de certa forma foram os atributos que sustentaram o Sistema Monetário; hoje já temos as tecnologias, só precisamos de conceber na nossa mente e coração que o cenário descrito nestas linhas poderá realmente transformar o planeta num local paradisíaco. Não escrevi uma Utopia. Nós poderemos dar um salto para essa realidade já nos próximos anos dependendo de três factores muito importantes que já aqui mencionei. Há uma operação urgente que implica remover certos actores do palco da obscuridade política, assim como divulgar as tecnologias exóticas que estão trancadas a sete chaves nos bastidores das corporações e organizações militares. Também temos a realidade dos extraterrestres e das civilizações antigas que precisam ser desvendadas, mas é acima de tudo a expansão da nossa consciência em harmonia com esses factores que determinará o futuro da Humanidade.
Até breve...
PEDRO POÇAS - 15/12/2020
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