A FRAUDE CLIMÁTICA

INTRODUÇÃO

Hoje apetece-me falar novamente no clima, pois estamos a ser persistentemente bombardeados pela imprensa mainstream sobre uma iminente catástrofe ambiental que irá destruir o planeta nas próximas décadas. Segundo os elitistas e filantropos - os financiadores das emissoras televisivas, Sistema de Ensino e da chamada "Ciência Oficial" - existe uma ameaça real para o planeta. E essa ameaça chama-se ser humano. Segundo as suas teorias, o ser humano é o principal responsável pela degradação do planeta a vários níveis, desde a poluição, subida dos oceanos, tempestades caóticas, aquecimento global e tudo o que seja extremo. Por isso é que nos últimos anos o termo "Aquecimento Global" tão repetido até meados da década passada foi subtil e convenientemente substituído por "alterações climáticas" - um termo mais genérico para poder abranger todos os fenómenos. Não faria sentido continuar a falar em "Aquecimento Global" quando as temperaturas começaram a cair para níveis recorde em várias regiões do Norte da América, só para citar um exemplo. Portanto, a fraude do "Aquecimento Global" alimentada por aquele famoso gráfico apocalíptico do palhaço propagandista Al Gore só poderia ter caído por terra. Mas isso não começou no ano 2000. Há muitas décadas atrás que os arautos da desgraça, a serviço dos objectivos da Elite, andam a promover datas apocalípticas para humanidade sem nunca qualquer previsão se ter concretizado.

Embora haja sempre períodos excepcionalmente quentes como este mês de Abril de 2023 em Portugal onde parece que as temperaturas bateram todos os recordes, isso não é uma constante. Não é uma constante em Portugal e nem em nenhuma parte do mundo. E nós aqui em Portugal não podemos estar alarmados com o mês de Abril a roer as unhas enquanto os teóricos do apocalipse auspiciam um futuro tenebroso. O primeiro passo é desligar os televisores, respirar fundo e permitir que o oxigénio clarifique a sua mente. Aí você relaxará e poderá pesquisar calmamente em fontes mais credíveis o que de facto se está a passar com o clima. Mas antes de aprofundar qualquer pesquisa, lembre-se apenas... lembre-se que os últimos Verões em Portugal foram peculiarmente frios. Está registado. É matemática pura que não pode ser falseada.

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS - EXISTEM OU NÃO?

Meus amigos, as alterações climáticas existem, existirão e sempre existiram desde que o nosso planeta Terra foi criado. Faz parte da vida. Nada é estático. Se a realidade fosse estática o nosso Universo seria uma impossibilidade e não existiram seres humanos. "Alteração" é uma palavra imensamente bela porque sugere movimento, criação e transformação - a vida depende de alterações.

Agora quando eu e milhões de pessoas declaram que existe uma fraude climática, não é relativamente a essas alterações naturais da própria existência, mas do movimento politico-corporativo que está deliberadamente a introduzir nas instituições, com malícia e conhecimento de causa, a teoria da "Alteração Climática provocada pelo Homem" - esta é que é a grande fraude. E tem de ser exposta de todas as formas possíveis porque isso faz parte de uma agenda maligna que não visa o bem da Humanidade. Mas sobre isso explicarei mais à frente.

Para já é essencial ganharmos algum conhecimento sobre o Clima, visto que estamos a ser falsamente doutrinados nas escolas e a ser literalmente enganados pelos propagandistas das televisões. Como acabei de dizer, o Clima sempre sofreu alterações e as grandes alterações radicais no planeta até ocorreram no tempo dos nossos antepassados. Houve em passados remotos períodos extremos de arrefecimento, assim como alturas onde as temperaturas dispararam repentinamente. E nesses tempos não existia Excesso Populacional e nem combustíveis fósseis para lançar Dióxido Carbono para a atmosfera! Então como é que algum fragmento de neurónio pensante pode afirmar que o Dióxido de Carbono pode ser o principal responsável pelo aquecimento global?... A propósito, se forem ao YouTube e digitarem "Pedro Poças" irão para o meu canal onde encontrarão nos arquivos um vídeo legendado em português de um senhor chamado Gregg Braden. Embora pessoalmente não seja um grande fã dele, achei importante legendar esse vídeo porque aí temos as provas científicas de que é impossível estabelecer uma relação causal entre o modo de vida do ser humano actual e as oscilações drásticas das temperaturas que ocorrem por ciclos em determinadas épocas específicas.

A única alteração climática que o Homem é capaz de realizar é aquela através das famosas antenas HAARP que os norte-americanos desenvolveram na região do Alasca. Mas isso é um projecto tecnológico com fins militares que nem é reconhecido oficialmente. De resto, o ser humano como um todo não pode ser responsabilizado pelo aumento das temperaturas globais, inundações, secas ou falta de chuva. Mas essa é precisamente a acusação dos oligarcas. Eles são muito vagos e dizem que a culpa é do ser humano, dos nossos hábitos e modo de vida. E inventaram teorias sem qualquer base científica dizendo que o Dióxido de Carbono e o Nitrogénio são os dois principais inimigos dos ecossistemas precisamente para nos penalizar e destruir a Agricultura e Pecuária biológica sem fazer absolutamente nada pelo meio ambiente.

FRAUDES, ESQUEMAS E HIPOCRISIAS....

Nesta questão das fraudes é bom opinar sobre o próprio país onde se vive, portanto falemos de Portugal... Há alguns anos para cá, obedecendo fielmente aos projectos da União Europeia, Portugal começou a transformar as cidades em circuitos verdes (ciclovias) e diminuir dramaticamente as vias para automóveis. O objectivo, dizem eles, é para as cidades ficarem mais verdes e livres de poluição. Esse empreendimento faria com que uma parte considerável das populações citadinas encostasse os carros nas imediações e passasse a usar os transportes públicos ou os novos modos de locomoção ecológicos: as trotinetes ou bicicletas. É claro que em Lisboa esse projecto revelou-se um desastre absoluto que qualquer cidadão poderá testemunhar no presente. Em primeiro lugar observa-se com 100% de certeza que após a introdução das ciclovias, o trânsito aumentou - não diminuiu. E porque é que aumentou? Antes de mais por três razões óbvias, o Turismo está em recta ascendente, não houve qualquer lei que impedisse a circulação de veículos de quatro rodas, e depois porque faz parte da natureza humana deslocar-se o mais rápido possível. O mundo cada vez está mais acelerado e as pessoas precisam de fazer mais coisas contra o tempo, um tempo que parece contrair-se... Então como convencer as pessoas a trocarem carros por patins, skates ou trotinetes? Impossível; além disso temos outro importante obstáculo geográfico na capital. Lisboa está localizada entre 7 colinas. Ou seja, o transeunte usaria uma via plana até um certo ponto, mais depois teria que percorrer as subidas a pé pela ausência de ciclovias nesses locais. Portanto não é uma rede contínua e isso funciona como um relevante factor dissuasor para que se use esse tipo de transportes.

O resultado então foi que no último relatório que li sobre os níveis de gases tóxicos na atmosfera em Lisboa, é que estes subiram drasticamente nos últimos anos. E isso não é surpresa para mim que conduzo um táxi em Lisboa, não é uma surpresa para os moradores e muito menos será uma surpresa para os hipócritas dos políticos e autarcas responsáveis por este projecto "verde". Os políticos já sabiam de antemão que as ciclovias não iriam resolver o problema da poluição ambiental e muito menos o das alterações climáticas. O que eles desejavam com esse projecto foi plenamente alcançado: o caos absoluto e uma sociedade mais esquizofrénica. Sei que isto soa a uma ideia um tanto controversa, dizer que os políticos pretendem o caos urbano e que os cidadãos se tornem enlouquecidos. Mas de facto não há outra explicação mais razoável para desvendar esse fenómeno, veja...

Quando existe caos e esquizofrenia generalizada numa cidade, muita gente ganha dinheiro com isso. A economia ganha uma dinâmica especial. Claro que há problemas: a cidade está super poluída porque os carros estão em filas intermináveis a lançar poluentes para a atmosfera, o número de acidentes rodoviários aumentam, o crime aumenta, mais violência, mais stress e é uma sorte um idoso não ser atropelado pelos novos meios de transporte mais ecológicos que proliferam na cidade como baratas sem ter qualquer respeito pelas normas de trânsito. Mas por outro lado, alguém ganhou muito dinheiro com esta transformação radical da cidade numa espécie de Disneylandia - ou acham que os autarcas estão fazer obras com o dinheiro dos seus bolsos?... Não se esqueçam que o dinheiro dos cofres da câmara é o nosso dinheiro e está a ser usado em transacções e esquemas sem qualquer controlo entre as mais variadas instâncias. Depois temos as empresas online que estão à frente do aluguer destes transportes a esfregar as mãos com lucros exorbitantes. Além disso, os automóveis normais também continuam a vender, as oficinas de reparação prosperam, o comércio delira, as empresas de segurança têm de contratar mais efectivos, as forças policiais são reforçadas... os hospitais enchem, as farmacêuticas aumentam os lucros, os psicólogos aumentam a clientela, os advogados resolvem mais litígios, as seguradoras, a lista é simplesmente infindável. Por isso esqueçam o Clima, o meio-ambiente ou clichés como "Futuro Sustentável". A verdade é que não há preocupação genuína com o Clima e nem nunca houve. O que gira a Economia é o Caos, Loucura e todo o tipo de doenças porque é isso que leva ao Consumo e faz circular o dinheiro.

O VERDADEIRO PROPÓSITO

A verdade é que esse fenómeno global dos políticos andarem a falar de alterações climáticas corresponde simplesmente à última moda. Eles descobriram que podem nos enganar melhor disfarçando-se de "benfeitores climáticos". Então com o pretexto de salvar o clima planetário, introduziram primeiro o sentimento de culpa colectivo para que depois aceitemos o castigo colectivo...

E qual é castigo?

Aceitarmos os aumentos de impostos em nome do Clima...Termos de trocar os carros a gasóleo e gasolina por eléctricos em nome do Clima (mais dinheiro a circular)... Deixar de comer carne biológica para passarmos a comer carnes sintéticas ou proteína de insectos... Incutir-nos também uma ideologia que é errado viajar para longas distâncias por causa do Clima. Ou seja, o objectivo concreto desses lunáticos elitistas é fazer com que os seres humanos tenham cada vez menos vontade de abandonar a cidade onde vivem. Querem essencialmente transformar as cidades em centros prisionais de luxo com todos os atractivos e comodidades onde os cidadãos passariam a estar melhor controlados e vigiados durante 24 horas por um sistema de Inteligência Artificial. Porque é que acham que eles estão a dar incentivos a quem adquirir viaturas eléctricas?...Você até pode ter um carro eléctrico mas ele apenas servirá para fazer o trajecto de casa-trabalho, trabalho-casa, significando que ele apenas funciona para se deslocar dentro do presídio (a sua cidade). E se dúvida de mim vá perguntar qual é a opinião do utilitário deste tipo de veículos. Pergunte-lhe sobre a autonomia e a disponibilidade dos postos de abastecimento fora das metrópoles que irá ter uma surpresa desagradável.

Em suma, não se deixe enganar. O mantra "Alterações Climáticas" é de facto um esquema, um mecanismo, apenas um dos pilares das elites satânicas que nos desejam escravizar construindo uma redoma sobre todos nós chamada "Nova Ordem Mundial". Mas para o conseguirem precisam nos tornar ignorantes e alheios sobre os propósitos ocultos por trás deste esquema. Tenha em mente também que o objectivo da Nova Ordem Mundial está assente em mais pilares. A "Alteração Climática" é somente um desses pilares. Todo o meu esforço com este site e estas narrativas é tornar o leitor um pouco mais consciente sobre esses pilares... A propaganda LGBT é outro pilar, assim como a moeda digital é outro, os vírus, doenças, guerras, falências de bancos, crises económicas fabricadas ou escassez de alimentos. E tenha em mente que todos esses pilares estão a ser solidificados em simultâneo e em tempo real enquanto escrevo estas palavras; fique de olhos e mente bem aberta nestes tempos conturbados de grandes mudanças e engenharia social para não se permitir a ser manipulado pelo Sistema.

HIPOCRISIA DO CLIMA EM PORTUGAL

Era para terminar este artigo mas sinto que há ainda algo importante para falar sobre este tema no contexto de Portugal.

Nos dois últimos anos em virtude da fraca precipitação ocorrida no nosso território, tem-se falado muito em "seca" principalmente no Sul - Alentejo e Algarve. Segundo os políticos e especialistas (amigos dos políticos) o "culpado" são as alterações climáticas e o responsável pelas alterações climáticas como sempre é o ser humano. Neste caso o ser humano português. E nada mais é acrescentado. Todos os noticiários têm a missão de exacerbar o cenário, com ênfase nas regiões vulneráveis dando voz às pessoas mais afectadas que são aquelas que vivem da terra. Há certamente muito drama em torno do fenómeno da seca mas não vejo ninguém a falar de soluções seriamente e com conhecimento de causa. Ficamos assim com a impressão que não há nada a fazer, que são coisas inevitáveis da natureza e que não podemos "fabricar" chuva do nada. E ao mesmo tempo nos sentimos culpados porque eles nos dizem que isto tudo é uma consequência do modo de vida do ser humano.

E claro que eu evidentemente só poderia discordar deste tipo de mentalidade que no meu entender é alimentada pelos suspeitos do costume - os políticos que seguem a agenda da Elite e os seus propagandistas que têm espaço na Mídia Oficial.

Em primeiro lugar é preciso dizer alto e em bom que se tivermos que atribuir culpa a alguém, não é certamente ao cidadão comum. Mas aos agentes decisores responsáveis por fazer uso das contas públicas e empreender projectos verdadeiramente sustentáveis e benéficos para o país - os políticos - e estes já há muito tempo que deixaram deliberadamente de fazer o trabalho de casa. E deixaram-no de fazer porque respondem hoje perante interesses maiores que não visam o bem dos portugueses e nem do território português. Ou seja, não é por serem preguiçosos, estúpidos ou incompetentes (isso é outro mito que corre por aí), mas por decisão própria bem fria e calculista; então para desmascarar esta ideia falaciosa, perpetuada por políticos e mídia sem escrúpulos, que a seca é um problema derivado das "alterações climáticas" e que temos de rezar aos deuses para que a chuva resolva um dia cair no Sul do país, vou aqui nomear de forma simples as razões desta seca existir e as soluções para remediar o problema - tendo em conta que só pelo facto de percebermos as causas da seca, é possível encontrar as soluções...

1 - ÁRVORES

Não é preciso ser um especialista para se perceber que as árvores têm um papel crucial na biosfera e são um dos elementos principais responsáveis pela formação de nuvens na atmosfera em conjunto com os oceanos, rios e lagos. Hoje a chuva não é um fenómeno que depende exclusivamente de circunstâncias aleatórias como no tempo dos nossos antepassados primatas. O Homem ao tornar-se um ser pensante, se direccionar os seus pensamentos para o bem comum e tiver interesse em compreender como se forma a precipitação nos céus, poderia actualmente realizar autênticos "milagres". Ainda por mais com todas as tecnologias que tem ao seu dispor.

Concordo que há regiões extremamente vastas como desertos em África ou a zona do Arizona nos EUA onde é mais difícil operar esses "milagres". Porém, em comparação o Alentejo e o Algarve são regiões minúsculas onde é muitíssimo fácil fazer com que a chuva volte a cair. E uma das formas de o fazer é plantando árvores. Mas não é agora. Já deveria ter sido feito há 30 anos atrás. Portanto, nós não podemos estar à espera que a chuva caia enquanto fazemos o contrário que é destruir as árvores.

Quem circula de carro pela região do Alentejo e Algarve percebe que há ali uma lacuna enorme no que diz respeito às árvores...vastas planícies desertas pontuadas por pouquíssimas árvores e alguns fios de água outrora chamados de rios.

Então, em vez de plantarem árvores nessas regiões arrancam-nas para construírem campos de golfe que por sua vez são empreendimentos que requerem o consumo de água na ordem dos milhares de litros de água por dia para a sua manutenção; outro erro tremendo é a aposta na monocultura do fruto Abacate que necessita de quantidades absurdas de água para ser produzido ou o Eucalipto que suga água do subsolo como se fosse um aspirador. E se a isto juntarmos os incêndios anuais de origem criminosa empresarial, estão reunidos alguns factores óbvios que agravam a seca no Sul do país.

Conclusão: assim, além de ser imprescindível iniciar um projecto a sério de reflorestar o Sul do país, tinha que existir uma lei que proibisse relva natural nos campos de golfe. Por mim até proibiria os campos de golfe. Entendo que o Alentejo e Algarve são áreas pequenas que precisam urgentemente de ser tratadas, e os campos de golfe são estruturas que estão a vampirizar os solos. Depois erradicaria todas as monoculturas que não pertencem à flora local e criaria uma força militar ou policial especializada para vigiar em largo espectro todas as zonas sensíveis, que também se tornariam protegidas por leis ambientais internacionais - dessa forma estaria-se a apostar em verdadeira prevenção de incêndios, um do maiores flagelos nacionais que beneficia empresas e construtoras enquanto os autarcas assobiam para o lado.

2 - OS OCEANOS (RESERVA DE ÁGUA INFINITA)

Outro elemento importantíssimo que poderia ser bastante útil para minimizar os efeitos da seca é o imenso Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo que circunda grande parte do território português. Existem muito países no mundo que dariam tudo por tudo por trocar a sua localização geográfica com a nossa, pois as vantagens de se estar perto do mar são imensuráveis. Entretanto a utilidade da água do mar não se prende apenas com as actividades ligadas à Pesca ou Turismo, mas também pode ser convertida em água doce e potável. E isso já é feito há muito tempo em dezenas de países espalhados pelo mundo com falta de recursos hídricos. Os exemplos mais próximos são a Ilha de Porto Santo na Madeira com uma central de dessalinização com mais de 40 anos e a vizinha Espanha com mais de 700 centrais espalhadas pelo país em que a primeira foi estabelecida em 1964... Portanto há 60 anos (pelo menos) que existe a tecnologia para extrair o sal da água. Não é coisa do futuro. Só existe no futuro das cabecinhas dos governantes portugueses que apenas têm talento para o teatro e enganar os cidadãos com discursos patetas. Só se fala em problemas e nunca nas soluções porque elas custam dinheiro. E eu pergunto: não custou à Espanha a construção de 700 centrais?

Para termos noção da nossa situação vergonhosa nesta matéria, saiba que Portugal tem neste momento 0 centrais de dessalinização no seu território continental. Ou seja, mesmo sabendo que este é um problema com tendência agravante crescente desde há mais de 30 anos, os nossos governantes nada fizeram até 2023. Mas espere... há uma miragem a materializar-se em 2026. Dizem que no ano de 2026 irá ser inaugurada a primeira central no Algarve. Estamos para ver se ocorre esse milagre em Portugal. Mas o que é que os políticos andaram a fazer nestes últimos 60 anos?... a dançar como os índios e a tocar tambores a pedir misericórdia aos deuses que criem chuva do nada?

3 - ÊXODO RURAL

Por último mas igualmente importante é a situação altamente prejudicial da desertificação do Sul do país. E não me refiro à falta de árvores que faz essa região parecer uma savana africana - mas à falta de habitantes. Um efeito colateral imediato da entrada na União Europeia foi a destruição gradual do sector agrícola e pecuária (para não falar da Pesca) respeitante aos pequenos e médios agricultores, significando que comunidades inteiras de pessoas que viviam da terra e dos animais tiveram de abandonar ou entregar as suas propriedades às grandes corporações porque o seu negócio deixou de ser rentável. E deixou de ser rentável, não porque os produtos perderam a qualidade ou deixou de haver procura, mas porque começaram com iniciativas políticas locais orquestradas nos gabinetes da União Europeia para dificultar a vida aos pequenos empresários. Portanto, esses trabalhadores não foram expulsos das suas terras. Foram antes fortemente dissuadidos a mudar de profissão derivado dos obstáculos cada vez maiores inventados pelos políticos. Ou seja... dizem ao pequeno agricultor: "Ninguém te impede de ter o teu negócio mas irás ter de cumprir as novas normas de segurança alimentar." O problema é que essas normas envolvem tantos requisitos, burocracias, mesquinharias que a pessoa comum não consegue fazer face a tantas despesas - essa foi a forma astuta de os oligarcas correrem com os empresários dos meios rurais.

Mas é claro que esse não foi o único motivo para o empobrecimento demográfico do Interior e Sul do país. A canalização dos recursos financeiros para as grandes cidades levou a um brutal desinvestimento das infraestruturas nos meios rurais. Se o Comércio, Hospitais, Centros de Saúde, Escolas, Centros Comerciais e um sem fim de serviços essenciais desaparecem ou se tornam terrivelmente precários, como fixar os jovens e famílias nessas regiões? Impossível. O emprego está directamente relacionado com a existência de infraestruturas, logo se estas só existem nas cidades as pessoas fogem para as cidades. Uma alternativa seria trabalhar na Agricultura/Pecuária para obter rendimentos. Mas se até isso foi impossibilitado pelas razões referidas atrás, a única hipótese seria viver um estilo de vida eremita isolado de toda a gente, e para uma mudança desse calibre poucos estão preparados... por enquanto.

Portanto, ninguém me tira da cabeça que o Êxodo Rural não foi uma consequência natural do progresso social. Sei que numa análise superficial poderá dar essa sensação de inevitabilidade, mas eu nunca acreditei que os políticos sejam indivíduos estúpidos que nunca previram o cenário referido. O zé povinho é de outra classe, distrai-se com futilidades, impressiona-se com os malabarismos da retórica política, é emotivo, sonhador e até romântico de certa forma... ou seja é humano. O político é de outra fibra quase sobre-humana, insensível, frio, calculista, egoísta, ambicioso, um psicopata mesmo, que consegue perceber muito bem as consequências dos seus actos com bastante antecedência. Corruptos, gananciosos e egoístas, sim, mas nunca estúpidos ou ingénuos, por isso é que sei que todo o cenário hoje da desertificação do Interior e Sul do país, seca, falta de chuva, já era do conhecimento da classe governante. E eles sabiam porque em parte eram co-autores do problema.

A questão do Êxodo Rural acredito que foi mesmo arquitectada com um propósito específico múltiplo... o primeiro nem é preciso grandes explicações, que foi entregar as propriedades agrícolas às grandes corporações de alimentos com responsabilidades perante a União Europeia.

O segundo propósito - mais complexo - foi sobrecarregar propositadamente as cidades com gente com o intuito de criar caos, desordem e todo o tipo de problemas sociais que se pode imaginar na linha do que falei anteriormente - o tal frenesim económico. Se isto lhe parece absurdo, lembre-se que os políticos estão escondidos em mansões e casas luxuosas apetrechadas de segurança e raramente são vistos nas ruas movimentadas misturados entre as pessoas comuns. E quando têm de o fazer muitas vezes disfarçam-se, mas normalmente são os empregados que tratam das coisas mundanas como ir às compras ou resolver algum assunto. Por isso eles não se importam assim tanto com a loucura que reina nas "selvas" citadinas que eles criaram. E não é incomum terem três ou quatro casas. Normalmente têm algum apartamento discreto numa zona reservada da cidade, e depois um casarão longe da cidade onde se refugiam aos fins-de-semana.

Convém também realçar que a excessiva concentração urbana também serve para perpetuar outro mito ideológico que a Elite adora promover - o planeta sobrepovoado. Entendo que isto se trata de psicologia pura. Se as pessoas vivem completamente absortas nos seus afazeres citadinos com os olhos vidrados na TV, esquecem-se das dimensões reais do país onde vivem e tornam-se alvos mais vulneráveis para serem manipulados com ideias disparatadas de que há gente a mais no planeta. E consequentemente torna-se mais fácil aceitarem as mortes por doenças, guerras, o aborto ou a esterilização colectiva através do mais variados métodos, porque entendem que essas coisas horríveis talvez não sejam assim tão horríveis considerando que talvez possa existir aí um certo sentido de "equilíbrio demográfico".

A quarta motivação prende-se obviamente com controlo e vigilância. E não há melhor forma de o fazer quando os cidadãos estão concentrados. A concentração permite que se estabeleça um certo raio com um perímetro em torno (imaginário ou não) onde se reside o foco a ser controlado, daí o nome "campo de concentração". Hoje as ferramentas tecnológicas são tão sofisticadas que não há necessidade de grandes investimentos em presídios tradicionais. A própria cidade é o presídio. A diferença é que é um presídio enfeitado que atraí as pessoas. É evidente que estas foram literalmente empurradas para ali indirectamente pelos políticos manhosos ao longo de décadas. Mas há uma sensação de escolha - o indíviduo julga que escolheu morar ali. E nessa "escolha" pensa que é livre. Aí reside o grande sucesso das novas prisões que é conferir uma sensação de liberdade aos prisioneiros. Ou seja, as pessoas movimentam-se alegremente com os seu smartphones na mão, fazem compras, envenenam os seus corpos com comidas industrializadas, trabalham para o sistema e no final do dia vão dormir no seu cubículo pensando o quanto são livres; nas cidades temos um céu aberto que também pode alimentar essa sensação de liberdade. Mas o facto é que as pessoas nem olham para ele. Porque se olhassem realmente já se teriam apercebido há muito tempo que estão a ser fumegados por esteiras intermináveis de rastos químicos que julgam ser fruto da condensação dos aviões. E assim mais uma vez também continuam a ser envenenados de forma subtil... porque é assim que a Elite nos vê, como meros insectos que temos de trabalhar obedientemente sem nada questionar.

É, os agentes que amam o controlo odeiam a dispersão. Faz-lhes confusão as pessoas estarem distribuídas por todo o território nacional, com as suas ideias próprias, negócios, autonomia e independência para poderem viver de modo sustentável em zonas rurais longe do caos das cidades. É esse poder individual que os atormenta.

4 -ÊXODO URBANO

Então se o Êxodo Rural é um problema que contribuiu para a pobre paisagem demográfica que se assiste hoje no Alentejo e Algarve, a solução passa pela necessidade de uma grande reviravolta onde as pessoas regressariam a essas regiões num poderoso Êxodo Urbano. Mas atenção, quando falo em Êxodo estou a falar de uma emigração em massa para longe das cidades. Não estou a falar de fuga para as periferias. Esse é um fenómeno totalmente diferente que já acontece há mais de duas décadas, onde as pessoas não abandonam de facto a cidade. Estão "coladas" a ela em urbanizações precárias ou favelas continuando a viver amontados em cima uns dos outros e totalmente dependentes das cidades em todos os aspectos - apenas se afastaram dos centros por questões financeiras.

Assim como também o excesso de concentração de pessoas no Algarve não é a solução para o Algarve. O Algarve aparenta ter muita gente no Verão mas essa região não é composta apenas por uma linha costeira apetrechada de turistas. É um território muito maior que também está completamente carente de moradores locais e a ser explorado pelas corporações e Turismo Vampirizador.

Portanto, Êxodo Urbano é um fenómeno de emigração em massa onde as pessoas retornam aos campos, as aldeias crescem, as vilas crescem e as cidades locais se revitalizam e se tornam novamente vibrantes. Isso pode ser conseguido com algum investimento em turismo rural. Mas não só. O mais importante seria uma mudança radical das políticas actuais para se fazer essencialmente tudo ao contrário do que está a ser feito hoje. E para isso acontecer só conheço uma hipótese: a saída da União Europeia e a consolidação de um sistema de governação/liderança que objectivasse os interesses nacionais em harmonia com os dos cidadãos.

Sou daqueles que ainda acredita nas potencialidades do ser humano. No meu entender o Homem não tem de ser esta coisita que se comporta como um animal irracional no meio das selvas urbanas, que anda numa competição desenfreada para subir um grau na hierarquia, que tem raiva dos vizinhos, que passa a vida doente a correr para os hospitais e a encher os cofres da Indústria Farmacêutica... Acredito que não fomos concebidos para sermos escravos de um Sistema Monetário e que tenhamos de viver uma vida stressados neste modelo de "cidades" que em essência são autênticos presídios. Não, não são apenas as árvores e a água dos oceanos que poderão salvar um dia o Sul do País, mas também o Homem com toda a sua capacidade criativa de fazer o bem. O Homem no meio do Alentejo não é um pedaço inerte de matéria inconsciente - ele planta árvores, faz hortas, ele cria animais e ele protegerá a sua propriedade como ninguém. Não permitirá que falte água àquele pequeno meio que pode controlar. Limpará os seus terrenos. E também apagará o fogo vezes sem conta se for necessário. Significa que além de jardineiro também realizará o trabalho de vigilante. Agora imagine milhares de vigilantes espalhados e dispersos por esses terrenos fora a interpretarem a natureza como se fosse uma extensão sua... como uma parte integrante das suas almas. Quem se atreveria a lançar fogo a uma árvore?... E o quanto ficaria simplificado o trabalho dos guardas florestais?

Portanto, penso que estas são as três razões fundamentais que poderão na verdade operar um "milagre" no Sul do País: abundância de árvores, aproveitamento da abundância de água através da tecnologia e abundância de pessoas. Se esses três factores forem conjugados aí seria possível ao ser humano alterar o clima. Assim como é ridículo responsabilizar o Homem pelas ditas "alterações climáticas" a nível global, também é absurdo dizer que ele não tem qualquer influência no clima regional à sua volta. Tem influência sim e esta pode ser tremendamente positiva.

Até breve...

PEDRO POÇAS - 11/05/2023