top of page

CIDADES DOS 15 MINUTOS - A GRANDE HIPOCRISIA (Pt -3)

  • pedropocas-nazunia
  • 18 de mar. de 2024
  • 8 min de leitura


ADEUS AO DINHEIRO


A primeira realidade que terá de aceitar é a ausência de dinheiro físico. Lembre-se que é uma velha aspiração da Elite. E argumentos não lhes faltam, como a segurança, a facilidade nas transacções ou que previne o contágio e a propagação de vírus (aproveitando o fantasma da "pandemia"). Porém, o objectivo concreto em extinguir o papel-moeda tem a ver com o controlo dos cidadãos. Saber em detalhes todos os seus hábitos de consumo, tendências, desejos, vícios, receios e... em que categoria se encaixa a sua mentalidade, qual a sua afinidade política, religiosa, e até se tem alguma tendência espiritual. Monitorizando os seus hábitos de consumo eles poderão assim traçar um perfil exacto do cidadão para que este possa ser registado e colocado dentro de uma determinada categoria numa base de dados.


Nessa base de dados, que funcionários do Governo Local ou Autarquia da cidade terão acesso, estará delineado o seu perfil de cidadão. Que evidentemente estará associado a uma adjectivação simples como por exemplo "Bom", "Mau" ou "Rebelde" e "Conformado" para facilitar o estudo do alvo a analisar.


No entanto, o mais preocupante em articulação com essa base de dados é o Sistema de Pontos que já existe há muitos anos no sistema político chinês onde os pontos oscilam para cima e para baixo consoante a obediência e conformidade ao Sistema. Isso significa que um indíviduo mais rebelde que não tenha cumprido com alguma norma ou que tenha tido opiniões/pensamentos contrários aos da ordem instituída, será automaticamente rebaixado a cidadão de categoria inferior perdendo regalias sociais. Isso significa que existem castigos para os incumpridores e recompensas para os obedientes, o que criará divisões e diferenciações nos direitos sociais dos cidadãos. E a intenção é mesmo essa. Propiciar um sentimento de vergonha nos cidadãos mal-comportados (pelo seu estatuto de inferioridade) em contraste com o orgulho do bem-comportado (pelo seu estatuto de superioridade) - e é dessa forma que as autoridades das "Cidades dos 15 minutos" acreditam que fará diminuir a taxa dos rebeldes na sociedade. Pelo factor da Redenção.





IDENTIFICAÇÃO DIGITAL


Outra característica bastante pertinente destas metrópoles inovadoras é a Identidade Digital (ID) centralizada. Hoje um cidadão comum em Portugal é portador do Cartão de Cidadão que comporta três números. Um referente à sua identidade, outro relativo à situação fiscal, e um outro da Segurança Social. Brevemente a identidade passará a ser digital (Não haverá a necessidade de um documento físico). Todos os seu dados estarão gravados numa "nuvem" computadorizada onde bastará a existência de um único número/código por cidadão. A grande diferença em relação aos actuais documentos de identificação é que para além da informação relativa às Finanças e Segurança Social, estará também incluída outro espectro de informações que abarcará dados clínicos, cadastro policial, estatuto vacinal, situação bancária, hábitos de consumo, ideologia política, ideologia de género, ideologia religiosa, Sistema de Pontuação e tudo mais que possa caracterizar um cidadão com a máxima eficácia possível.


Agora a questão é: se o documento físico está condenado à extinção, aonde é que eles irão encaixar todas essas informações?


Evidentemente que poderia ser num chip subcutâneo porque essas tecnologias têm sido aprimoradas desde há 30 anos para cá e já são efectivamente uma possibilidade. Mas eu não acredito que isso avance para já porque não temos ainda os níveis de aceitação das massas requerido pelos elitistas no panorama do mundo ocidental. Além de ser uma técnica invasiva, muito foi escrito nos últimos anos sobre conspirações em torno de chips para controlar o ser humano. Assim sendo, o que eu prevejo para breve como o método mais lógico e suave para que as populações o aceitem, é a Identidade Digital ser incorporada no próprio telemóvel através de um simples código de barras; e em simultâneo também poderão começar a introduzir lentamente outros métodos não tão invasivos como a leitura biométrica. Saiba que é uma tecnologia que já existe e que através da leitura da assinatura específica da íris dos seus olhos, que é única, eles podem aceder a todos os seus dados num ápice.






VIGILÂNCIA


Como seria de esperar, as "Cidades dos 15 minutos" irão também estar apetrechadas por uma rede de câmaras de vigilância por tudo quanto é sítio, que tanto podem obedecer aos princípios de um dispositivo comum instalado num poste de iluminação, prédio ou árvores, ou serem ampliados para sistemas mais sofisticados como drones ou satélites.


Embora seja algo constrangedor imaginarmos a nos movimentar numa cidade totalmente vigiada em todas as esquinas, percebi ao falar com algumas pessoas que residem na cidade britânica de Londres (uma das que tem mais câmaras) que a maioria acabou por se habituar à presença desses aparelhos e nem se importam muito com a ideia de estarem constantemente a serem monitorizados. Porque essa atitude de aceitação/conformidade está assente no argumento subjacente ao velho ditado "Quem não deve, nada teme". Ou seja, as pessoas de um modo geral reconfortam-se naquela ideia que os benefícios superam os custos - de que mais vale perder um pouco da nossa privacidade desde que isso represente uma melhoria na segurança pública geral. Depois também há a crença ou um sentimento de confiança de que as câmaras estão ali exclusivamente para detectar actos criminosos. Então o cidadão reforça a sua aceitação pensando: "Se não fiz nada de errado porque haverei de me preocupar com a vídeo-vigilância?"


Porém eu recomendaria ao leitores que reflectissem um pouco mais neste assunto. Quanto a mim é perigoso e algo ingénuo considerar que os sistemas de vigilância estão ser implementados exclusivamente para aqueles indivíduos que cometem crimes concretos; pense comigo: se o dinheiro é extinto numa determinada comunidade é natural que os assaltos diminuam. E além disso todos os cidadãos têm os seus dados armazenados. É praticamente impossível cometer um crime e conseguir escapar num sistema assim. Mas ok, imaginemos que durante a noite ocorre um crime de estupro numa viela qualquer. Aí sim, a filmagem pode contribuir para detectar um infractor e concordo que sejam úteis em determinadas circunstâncias. Mas no meu entendimento o altíssimo investimento em tecnologias de vigilância não é para caçar criminosos vulgares, mas sim o foco na população em geral como alvo primário.


O problema da Elite não é o indivíduo criminoso propriamente dito. Aliás este até será bastante útil nas "Cidades dos 15 minutos" como justificativa para a implementação de tantos dispositivos de controlo. O que a Elite deseja de facto é vigiar permanentemente o cidadão comum que é para poder controlá-lo melhor e ser capaz de condicionar os seus comportamentos para um modo que não perturbem a estabilidade do Sistema.


Não se esqueça: para Elite todos nós somos potenciais criminosos. Mas não são aqueles crimes típicos como roubar, violar ou até matar que os assustam. É antes o crime de pensar de modo diferente que possa de algum modo ameaçar a ordem estabelecida; por isso é que eu prevejo, como tentativa de prevenir esse tipo de "crime", que as autoridades responsáveis pelas "Cidades dos 15 minutos" irão apostar cada vez mais em sistemas sofisticados de vigilância. Porque para vigiar "crimes" que impliquem a forma de pensar não basta uma simples filmagem. É preciso que entrem mais profundamente dentro de nós, escutando as nossas conversas, realizando a leitura labial, leitura da íris, leitura das ondas cerebrais e tudo o mais que possam inventar para castrar a liberdade do ser humano .





RESTRIÇÃO DE VIAGENS


Para finalizar há uma outra particularidade destas cidades que deveremos ter especial atenção - a capacidade de nos podermos deslocar para além das fronteiras da cidade onde vivemos. Hoje nós temos a liberdade de viajar de carro por todo o nosso país sem ter de dar quaisquer justificações ao Estado ou às autoridades. Mas a partir do momento em que compactuar com o estilo de vida das "Cidades dos 15 minutos" essa intenção terá que ser muito bem justificada e será um processo muito bem controlado.


Bem, qual é o problema de viajar?...


Nenhum para uma pessoa que tenha um pensamento normal. Porém, os elitistas defendem um pensamento anormal que estão a publicitar há largos anos em todas as redes de Mídia, televisão e Hollywood - que o ser humano é um verme ambulante que está a contaminar o planeta. E assim tentam normalizar a ideia anormal que todas as deslocações prejudicam o meio-ambiente. Claro que isso é gozar descaradamente com todos nós porque indivíduos como o Bill Gates poluem incomparavelmente muito mais com as suas viagens constantes em jactos particulares, assim como outros magnatas do mesmo calibre, além de assistirmos praticamente todos os dias os programas de geoengenharia da NATO a despejarem rastos químicos nos céus sem apresentarem contas a ninguém. Portanto, os verdadeiros poluidores agem impunes enquanto querem responsabilizar os cidadãos pelas alterações climáticas - isto chama-se Hipocrisia.


Assim, nessa regra alucinante sem qualquer fundamento científico, o residente, independentemente da sua situação económica, deixará de ter a liberdade para espontaneamente decidir viajar como e quando bem entender. Como as viagens serão consideradas um sério risco para o planeta, a pessoa terá de justificar muito bem a sua ausência às autoridades: o motivo da saída, por quanto tempo, em que tipo de viatura e para onde. Esse controlo rígido (dirão eles) é para monitorizar a pegada ecológica para o bem do planeta. O mote dos elitistas cada vez mais proeminente é que devemos nos sacrificar individualmente sempre para o bem maior... nem que para isso tenhamos de morrer.


Então, mediante este cenário, eu antevejo que você terá previsivelmente de preencher um formulário para entregar às instâncias competentes onde você basicamente faz um pedido ao Estado a perguntar se pode ou não viajar. Imagino também que será um processo burocrático, moroso, dependente de alguns factores. Ou seja, basicamente o Estado irá avaliar o seu pedido em harmonia com o seu perfil de cidadão para determinar se autoriza ou não a sua viagem.


E naturalmente, como já se adivinha, só os cidadãos bem comportados que tenham uma pontuação positiva no tal Sistema de Pontos (que os governos ocidentais ditatoriais adorariam importar da China) é que poderão viajar. Viajar será desse modo um privilégio ao alcance dos indivíduos que cumprem escrupulosamente as regras instituídas. Mas no entanto é uma liberdade paradoxal, porque para além de terem fazer um esforço comportamental hercúleo para não perder pontos, o que equivale a não se expressar emocional e ideologicamente, também a própria viagem será controlada e altamente limitada. Quer dizer que uma pessoa terá de viver como um covarde durante 350 dias do ano para poder ter direito a sair da sua cidade-prisão por 15 dias... isso faz dele um cidadão mais livre do que outro que está impossibilitado de viajar? Claro que não. O cidadão de segunda categoria ou mal comportado - segundo os critérios do Sistema - pode, noutra perspectiva, ser muito mais "livre" que o outro simplesmente porque se recusou a abdicar dos seus pensamentos genuínos só para somar alguns pontos.


Que tristeza esse modelo de cidades que nos querem impingir...


De qualquer forma não acho que a situação ficasse por aí. Imagino também que daqui a 50 anos (supondo que a Humanidade seguisse essa linha de tempo distópica) o conceito de ter tudo acessível atempadamente num espaço físico passaria a ser integrado, já não numa cidade típica, mas no interior de um único edifício alto no estilo dos arranha-céus actuais. Significaria que o modelo de "Cidade de 15 minutos" horizontal transitaria para o modelo vertical onde é possível aprisio... desculpem!... encaixar mais seres humanos aproveitando assim o espaço circundante para as elites desfrutarem à vontade a natureza livre dos humanos indesejáveis.


Penso mesmo que não haja nada de surpreendente nesta ideia de "Cidade Vertical" olhando presentemente para algumas cidades com seus edifícios modernos. Note que a partir do momento em que o ser humano vai perdendo o interesse em relacionar-se com o espaço natural (meio-ambiente e natureza), torna-se mais fácil ele aceitar a transição de uma cidade plana para uma vertical.


E por aquilo que vejo nos dias de hoje, uma grande faixa da comunidade humana está totalmente receptiva a aceitar de forma deslumbrada esse novo conceito citadino. Desde que nesse espaço ele possa aceder a todas as suas necessidades, incluindo serviços de saúde, áreas de lazer, convívio, desporto e até mesmo locais que imitem o exterior. Imagine passar dois anos fechado dentro de um arranha-céus construído mediante essa filosofia?... Ou seja, você teria praias artificiais, zoos, jardins, todo o tipo de desportos ao "ar livre" em ambientes simulados, cinemas, teatros, ginásios, salas de espectáculos, escolas, hospitais, oportunidades de fazer fantásticas viagens através da realidade virtual e ainda tudo o que existe hoje em qualquer cidade moderna; com efeito, torna-se previsível que os habitantes dessas cidades verticais acabarão, com o passar do tempo, por esquecer a existência de um espaço exterior. Porque de certa forma o espaço interior passaria a ser o seu único Universo capaz de preencher todas as suas aspirações.


Portanto, vivemos tempos muito significativos onde é urgente começar a reflectir seriamente naquilo em que o ser humano corre o risco de se tornar.



Até breve...



PEDRO POÇAS - 18/03/2024








 

 
 
 

ความคิดเห็น


Post: Blog2_Post

Formulário de Inscrição

Obrigado pelo envio!

+351 967 801 382

©2020 por alemterra. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page