HÁ OU NÃO RACISMO EM PORTUGAL?
- pedropocas-nazunia
- 28 de out. de 2024
- 9 min de leitura



DESMASCARANDO HIPOCRISIAS
O tema quente do momento em Portugal foi a morte de um cidadão negro no bairro da Cova da Moura na Damaia (freguesia da Amadora) por parte de um agente policial há uns dias atrás. No entanto não venho aqui falar das circunstâncias do acontecimento em si. Essas circunstâncias estão a ser discutidas na comunicação social e na praça pública com bastante fervor onde todos atiram o mais variado tipo de versões com muitas contradições à mistura. É bom esfriar os ânimos, esperar pelas investigações e tendo, obviamente a noção de que, como em todos os casos desta natureza, é bem possível que nunca se venha a saber ao certo o que se passou.
O meu interesse prende-se com querer denunciar toda a hipocrisia e aproveitamento político das três figuras acima: a desprezível Ana Gomes e as horripilantes irmãs Mortágua. Sempre que surge uma oportunidade logo se tentam colocar como as protectoras dos oprimidos.
E também pretendo falar mais profundamente sobre a questão simples do Racismo que se tornou tão complexa nos nossos dias por culpa de pessoas como as que acabei de destacar, e em conluio com a Comunicação Social de uma forma geral.
[Atenção que escolhi as fotos destas três tipas porque são rostos que toda a gente conhece da televisão e representam bem aquilo que quero expor. Mas quero que saibam que existem na nossa sociedade, seja no Bloco de Esquerda, PCP ou PS (sem contar com o mundo civil e da Mídia) muitíssimas pessoas que também se revêm nessas ideologias patéticas sem sentido de ver Racismo em todo o lado.]
EU NÃO SOU RACISTA
Antes de mais uma breve apresentação da minha pessoa. Nasci em Angola, sou branco e desde a infância em Portugal sempre fui sensível a comentários racistas, ou por parte de colegas na escola ou qualquer tipo de pessoa. Daí ter sentido sempre uma necessidade de defender qualquer pessoa negra quando via que essa estava a ser vítima de qualquer tipo de discriminação ou injustiça. Tenho amigos de cor negra. Tive uma relação de 5 anos com uma senhora de pele negra, da qual resultou uma filha mulata hoje com 19 anos. Portanto eu não sou racista e não admito que me acusem de tal só porque apoio as políticas do André Ventura.
A MANIFESTAÇÃO DO CHEGA NÃO FOI UMA PROVOCAÇÃO
E com isso vou directamente ao encontro daquilo pretendo denunciar. A Srª Ana Gomes disse no outro dia que o partido Chega está a contribuir para dividir a sociedade ao convocar uma manifestação para defender as forças policiais no mesmo dia em que decorria uma manifestação em solidariedade para com o indíviduo negro morto na Cova da Moura. Ela disse que isso foi uma clara provocação...
Poderá a manifestação de anteontem (Sábado) ser considerada uma provocação do Chega, ou de André Ventura?
Não acho por uma simples razão. O que Ana Gomes, Mortágua e companhia queriam, era ter o dia de Sábado por sua conta sem ninguém para atrapalhar. Assim poderiam fazer a sua propaganda política à vontade contra o partido do Chega sem intromissões.
Pelo contrário, podemos encarar a manifestação do Chega, não como uma provocação, mas uma acção em legítima defesa contra o oportunismo insano da Esquerda que tem como objectivo central (de cariz diabólico) colocar o povo e as comunidades africanas contra, não só o Chega, mas especialmente contra as autoridades policiais. Portanto, quem pretende dividir a sociedade acaba por ser a própria Ana Gomes e muita da malta esquerdóide ao querer colocar a PSP como uma entidade racista e violenta que tem prazer em abusar das pessoas oprimidas que vivem em bairros degradados. Para eles, nos bairros sociais só vivem cidadãos de bem que precisam de muito amor e tolerância... e assim querem nos convencer que não existem problemas de criminalidade nessas zonas urbanas. Mas a realidade diz-nos que as coisas não são bem assim.
O grande objectivo da Esquerda era, pegando na figura do mártir Odair Moniz, erguer as "bandeiras" da Irmandade, Igualdade e Inclusão para reacender o tema do Racismo que eles consideram ser sistémico em Portugal. E desse modo dar uma imagem utópica e romantizada dos bairros pobres repletos de cidadãos do bem versus os polícias insensíveis, brutos e desumanos protegidos por um partido nazi e racista que eles acusam de ser o Chega.
Porém, no meu entendimento, o Chega teve a audácia de fazer uma contra-manifestação para frustrar os planos dos fanáticos esquerdistas. Nesse contexto o objectivo não teve nada a ver com provocações, mas uma acção concreta com o intuito de proteger as forças policiais da tentativa da Esquerda em diabolizar as mesmas perante a opinião pública, com o claro objectivo do povo se revoltar contra a polícia portuguesa.
Independentemente da triste situação que aconteceu na Cova da Moura, é preciso resfriar os ânimos, averiguar o que aconteceu de facto, e não entrarmos em dramatizações com o propósito de institucionalizar o Racismo dentro do sector policial. Porque essa questão do "Racismo Estrutural" ou "Racismo Sistémico" em portugal tão promovida por alguns políticos e organizações como o "SOS Racismo" simplesmente não corresponde nem um pouco à verdade.
HÁ OU NÃO RACISMO EM PORTUGAL?
Não. Do ponto de vista estrutural ou sistémico não existe Racismo em Portugal. Só uma pessoa com instintos de malvadez ou alguém muito estúpido para ir nas influências da retórica manipuladora de influencers astutos como a Ana Gomes, poderiam afirmar que existe Racismo Sistémico em Portugal.
Para nós percebermos que não existe Racismo Sistémico em Portugal basta olhar para o panorama nacional e usar os neurónios de forma autónoma. Não é preciso pesquisar nada ou ir atrás de opiniões de especialistas (tenha a noção que um "especialista" pode ser um influencer). Você só precisa de pensar e fazer a sua própria avaliação.
Vejamos...
Temos um passado comum com as antigas colónias há várias décadas. Cidadãos de Angola, Moçambique, Cabo Verde ou Guiné estão perfeitamente integrados na sociedade. Há negros com fartura nos quadros das próprias forças policiais, nas empresas de segurança, no comércio, construção civil, turismo, em todas as profissões que se possa nomear existem indivíduos negros. Fala-se a mesma língua. Até os hábitos culturais hoje em dia se misturam... Brancos e Negros dançam juntos em discotecas, Casam e têm filhos entre si, riem juntos... Por amor de Deus!! Em Portugal há uma miscelânea tão bonita entre etnias diferentes que até me faz confusão de onde terão aparecido essas teorias descabidas do "Racismo Sistémico".
Na verdade o que se passa em Portugal é que certas pessoas como as manas Mortágua e Ana Gomes, representam aquilo que eu considero ser do mais perigoso que existe na sociedade. São pessoas extremamente inteligentes, mas de um carácter maligno difícil de caracterizar. Estas pessoas, assim como a organização "SOS Racismo", usam e abusam do fantasma "Racismo" para influenciar e assustar as populações. Como sabem que o tema do "Racismo" é um assunto quente e polémico, distorcem-no e tentam mantê-lo activo na sociedade com único fim de obter dividendos políticos.
Mas eu desconfio que tanto Ana Gomes ou as Mortágua tenham mesmo qualquer afinidade com elementos de pele negra. Acho mesmo que são do mais hipócrita e falso que pode existir. E não é pelo facto de aparecerem em manifestações ao lado de pessoas de cor a falarem montes de coisas maravilhosas sobre estas, que se pode determinar a genuinidade dos seus sentimentos. Para mim trata-se de um claro aproveitamento político onde tentam - através da estratégia da vitimização das comunidades negras - atacar o partido do Chega; e se nós prestarmos atenção veremos que em mais de 90% das intervenções destas três senhoras que estou a expor, elas estão sempre a falar do Chega e de André Ventura com um ardor fora do comum. Nota-se claramente um ódio fulminante nos seus olhos e no teor das palavras quando toca a falar de André Ventura. E de onde vem esse ódio?...
DE ONDE VEM ESSE ÓDIO?
Vem do facto de André Ventura dizer o mesmo que eu acabei de afirmar: que não existe Racismo Sistémico em Portugal. E seu eu, o André Ventura, ou outra pessoa qualquer disser que não existe "Racismo Sistémico" em Portugal é automaticamente linchado pela máquina da Esquerda personificada por figuras como a Ana Gomes e as manas Mortágua. Mas esse ódio não é por nós estarmos a faltar com a verdade. É antes por expormos com sensatez as suas fantasias falaciosas sem sentido. Contudo, é natural que elas consigam manipular alguns segmentos populacionais com tendência para a vitimização ou aqueles que tentam capitalizar a condição da "vítima", mas de facto não conseguem enganar aquelas pessoas que têm um pensamento coerente e que sabem avaliar as situações de modo racional e com honestidade.
O USO DE AUTORIDADE NÃO ESTÁ RELACIONADO COM O RACISMO
Outro aspecto importantíssimo relacionado com este assunto é a ideia absurda de que quando há uma operação num bairro social onde vemos viaturas blindadas, armas em punho e detenções, que isso é uma acção com intuitos racistas. O que as pessoas têm de entender é que já morreram muitos agentes policiais no interior dos chamados "bairros problemáticos". Nesses bairros moram muita boa gente, mas também são o local de habitação ou refúgio de muitos criminosos. logo, não se pode fazer uma operação dessa envergadura com sorrisos e flores nas mãos. Os polícias precisam de estar protegidos, armados e ter uma atitude firme senão correm o risco de não serem respeitados. Aquelas alegações românticas que tudo se resolve com paz e amor, não funcionam no mundo real onde existem bandidos de má índole portadores de armas letais escondidos em qualquer esquina.
Portanto, nós temos de ter em mente que se uma viatura policial invade um bairro com aquele aparato todo e recorre a detenções, é porque à partida pode está a deter um suspeito, um potencial criminoso, ou mesmo um criminoso comprovado. E julgo que o polícia detém um criminoso independentemente da cor da pele. Agora se nesse bairro 95% da população é negra, a probabilidade naturalmente do detido ser negro é igualmente de 95%. E isso não tem nada a ver com Racismo mas sim pelo facto do indíviduo ter cometido um crime.
Agora, uma coisa é o uso de autoridade, outra, é o abuso de autoridade. São coisas obviamente distintas. No caso de uma detenção de um criminoso, na ausência de filmagens que o comprovem, pode ser difícil provar se houve abuso de autoridade. Contudo, o abuso de autoridade pode configurar uma acção que extrapola os limites daquilo que são os parâmetros de razoabilidade. Ou seja, se um polícia ofende o detido com termos pejorativos ou o agride sem justificação, isso é notoriamente "abuso de autoridade". Não é pelo facto de se ser um agente da autoridade que se pode usar esse poder para cometer actos fora da lei. Portanto, quando isso acontece é sempre condenável seja em que circunstância for.
Mas volto a frisar, o abuso de autoridade não é sinónimo de Racismo. E eu sou a prova viva disso. Já tive inúmeros atritos com vários agentes da autoridade (tanto a PSP como a Polícia Municipal) por achar que estavam a ser cometidos actos de abuso de autoridade contra a minha pessoa. E eu sou um português branco. Muito para além da questão do Racismo, o que eu noto em muitos agentes da forças policiais portuguesas, é que eles não gostam de ser confrontados ou que argumentem uma situação de igual para igual. Parece-me que há uma ideia que quando se está diante de um agente policial tem-se que mostrar uma postura submissa ou de inferioridade. E eu isso nunca aceitei desde muito jovem na minha vida profissional. Para mim nós somos todos iguais como cidadãos e não admito uma abordagem policial com tiques de superioridade e arrogância. Os polícias existem para proteger e defender os cidadãos, e não para entrarem em confrontos mesquinhos com eles. No entanto, estamos a falar de um fenómeno para além do Racismo que merece uma discussão mais aprofundada em outras ocasiões...
CONCLUSÃO
Assim como é um enorme absurdo falar em Racismo Estrutural em Portugal, também é um enorme absurdo dizer que o Racismo não existe. Por aquilo que vejo neste país, o Racismo existe de forma pontual e é uma questão íntima de cada pessoa. E sinceramente não vejo isso como um problema. Se fosse estrutural diria claramente que era preocupante. Mas não é. Temos de entender que o facto de alguém não gostar de alguém por ser negro, amarelo, castanho ou branco, isso é um problema inerente à própria pessoa que está relacionado com um sentimento de preconceito... E quem criou esse preconceito?... A educação dos pais?... a sociedade?... a Mídia?... Isso é um assunto que cada sociedade deve reflectir para determinar as causas reais e fazer tudo o que está ao seu alcance para minimizar os preconceitos.
E também não podemos ter a tendência de atribuir o fenómeno do Racismo a elementos exclusivos da Raça Branca. Quando se fala em Racismo logo vem à mente que o indíviduo racista é de cor branca, como se não houvesse pessoas negras que menosprezam os brancos. Assim como há racistas brancos também há racistas negros, pessoas de cor negra que por qualquer motivo cultivam sentimentos hostis em relação aos brancos, ciganos, chineses ou cidadãos dos países muçulmanos. Portanto, não se pode cair no erro de atribuir o fenómeno do Racismo exclusivamente a elementos da etnia branca, como me parece ser o caso.
Além disso, outro aspecto relevante que tem merecido pouca atenção é o factor da pobreza como estando no centro ou origem da criminalidade. Fala-se muito na etnia daqueles que cometem os crimes, se são negros, ciganos ou imigrantes, e esquece-se da condição económica/nível de pobreza. Na minha opinião, um factor determinante que pode estar por trás da maioria dos crimes é a condição económica do indíviduo. Ou seja, penso que se uma pessoa estiver 8 horas do dia ocupado a trabalhar e a receber um salário minimamente digno, não terá tendência para cometer assaltos e roubos - a isso chama-se integração. Por outro lado, se estiver desempregado a receber subsídios do Estado miseráveis, e todo o dia de papo para o ar numa atitude de ócio, pode haver uma tentação em procurar arranjar recursos financeiros de formas menos próprias... se é que me faço entender.
Por isso acredito fortemente que o caminho para se compreender a natureza do crime passa por reconhecer que afinal é a Desintegração associada à Pobreza que está na origem da criminalidade em detrimento da cor da pele.
Até breve...
PEDRO POÇAS - 28/10/2024
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