O ANTI-CRISTO (Parte 2)
- pedropocas-nazunia
- 7 de out. de 2021
- 9 min de leitura
Atualizado: 10 de out. de 2021
O SISTEMA MONETÁRIO

É muito raro encontrar um ser humano disposto a imaginar a sua vida sem dinheiro. Porém, há quem o imaginou, desejou e acabou por o concretizar. Mas para tal empreendimento essa pessoa teve de abandonar o Sistema e filiar-se a uma comunidade auto-suficiente ou investir todos os seus recursos numa habitação isolada num local que o permita sobreviver através do meio em torno; ou seja, são casos em que alguns indivíduos se deram conta da loucura do Sistema Monetário (S.M) e decidiram abandoná-lo. Tudo bem. No entanto a ideia que eu quero transmitir ao leitor não é somente a compreensão da completa insanidade do S.M associado ao desejo de fuga, mas um cenário em que é possível todos os habitantes do planeta viverem as suas vidas felizes sem a necessidade dessa estrutura sufocante e paralisante para que possam apreciar uma vivência crística.
Se já deu uma olhada nos temas que desenvolvi nesta plataforma decerto se deparou com o texto/livro "O Fim do Dinheiro" - nesse trabalho já expliquei detalhadamente a minha visão da viabilidade de vivermos as nossas vidas sem dinheiro onde as sociedades transitariam rapidamente de uma condição de Estagnação para uma condição de Evolução galopante. Dessa forma não vejo necessidade de me estar a repetir. O propósito hoje em regressar a este assunto do S.M é para entrosá-lo e relacioná-lo com a ideologia do Anti-Cristo. Pretendo reforçar na sua mente que o S.M não é algo normal ou natural ligado à evolução de uma sociedade que cresceu em inteligência. Mas antes um mecanismo laboriosamente desenvolvido por mentes afiliadas à Ideologia do Anti-Cristo - recordando que Anti-Cristo é a antítese do Amor. Portanto nós nunca conheceremos o Amor genuíno enquanto estivermos atrelados à energia monetária... Por falar em energia...
"O DINHEIRO É APENAS UMA ENERGIA"
Há uns bons anos atrás encontrava-me a discutir este assunto com um amigo professor de Yoga onde ele argumentava que o dinheiro é apenas uma energia. Na visão dele o problema não era o dinheiro em sim, mas antes o modo como nos relacionamos com ele. Até certo ponto concordo por duas simples razões: em primeiro lugar porque em termos científicos tudo é realmente Energia, assim logicamente o dinheiro não poderia ser uma excepção; depois, se tivermos uma compreensão mais profunda do modo como essa Energia funciona, realmente poderemos testemunhar como essa Energia pode ser manipulada a nosso favor ou em desfavor. Repare... Se tudo de facto é energia, a água, o vento, um animal e todos os elementos físicos que nos rodeiam, nós próprios somos igualmente uma fonte de Energia. E se você tiver essa ideia presente quando se relaciona com o dinheiro - não esquecendo que "pensar" em Dinheiro é uma forma de relacionamento - irá constatar que nós temos um poder manipulador enorme sobre esse elemento inanimado. E é desse modo porque um ser portador de uma mente e consciente da sua Energia terá sempre vantagem sobre o objecto energético inanimado, que é o caso das notas e moedas.
Assim, com este entendimento poderemos depois observar o comportamento dos seres humanos no que diz respeito ao dinheiro. Na minha opinião, pelo que vejo no meu país (Portugal), de uma forma geral, as pessoas não têm uma percepção do seu poder manipulador sobre esse bem. Daí existir muita preocupação que ele se torne escasso. E quando as pessoas racionalmente retêm o dinheiro ao máximo com medo que este acabe, há o perigo que ele acabe mesmo. Significa que o nosso medo e ansiedades constantes da possibilidade de virmos a experienciar a escassez do dinheiro, irá aumentar grandemente a criação da realidade que tanto tememos. E esse processo funciona de modo inconsciente. O indíviduo não tem noção que os seus pensamentos subtis e atitudes representativas do seu medo estão a contribuir fortemente para a fabricação de uma realidade inconveniente - a da carência. Claro que o nosso Ego mental dirá que isto é tudo conversa e tretas. Porque existem sempre inúmeras razões, do ponto de vista do Ego, para justificar a miséria financeira: diremos que não tivemos oportunidades porque nascemos numa família pobre, que a sociedade é injusta e desigual ou que temos azar. Podemos sempre recorrer à racionalidade para explicar uma situação de carência. No entanto estou aqui a falar de um domínio que está para além da mente - o da Energia Espiritual.
Nesse domínio, aqueles que estão mais conscientes e já perceberam do seu poder manipulador sobre a matéria que o rodeia, podem, pelo contrário, ter mais experiências com o factor da Abundância. Mas não é porque nasceram no seio de uma família rica ou porque têm sorte. A verdade é que já testemunharam o seu próprio poder em algum tipo de circunstância. Se é verdade que o Medo de não ter dinheiro provoca a ausência do mesmo. Também terá que ser verdade que "não ter Medo de não ter dinheiro intensifica a sua permanência" - é claro que mais uma vez os cépticos falarão em sorte. Mas não. A responsabilidade é nossa, atrevendo-me a dizer que conceitos como "azar" e "sorte" são meras desculpas para nos resignarmos à ideia de um Universo aleatório; quando uma pessoa transita daquele estado amedrontado onde "Tenho que vigiar atentamente o dinheiro que está guardado no meu castelo para que não seja roubado" para uma atitude de: "O dinheiro é uma Energia que precisa fluir livremente no éter", você verá, entenderá e acreditará que existe algo em nós que participa activamente na Existência/Inexistência do Dinheiro. E você deixar-se-à de ver como um pobre coitado predestinado para a pobreza, para alguém portador de um poder capaz de influenciar activamente a matéria.
Mas como é que isso funciona na prática?
Cada um tem experiências diferentes consoante o seu universo pessoal e laboral. Mas posso dar um exemplo simples comum a todos nós. Quem é que numa cidade não se cruza diariamente com pedintes?...Não querendo filosofar sobre as particularidades do merecimento ou se o indíviduo terá realmente necessidades, apelaria apenas que se concentrasse na sua própria reacção/atitude quando se depara com um pedinte: você avalia caso a caso antes de dar uma moedinha?... Prefere desviar o olhar fingindo que ele não existe?... Mantém-se friamente indiferente porque é de opinião que o Estado/Governo é que tem o dever de ajudar essa gente?... Ou intuitivamente dá sem qualquer explicação racional?
Todo o ser humano se encaixará em alguma destas 4 categorias, mas só na última poderá ter um vislumbre do que estou a falar.
Quando sentimos por qualquer razão que devemos dar dinheiro a alguém que está a pedir é porque certamente aquela pessoa terá algum tipo de dificuldades na vida. E a menos que tenhamos a oportunidade ou o tempo para iniciar um diálogo com ele, nunca saberemos os pormenores que o levaram àquela situação constrangedora. Porém isso também não interessa para nada. O importante é que sentimos um impulso para contribuir. E nesse impulso estamos a participar na fluidez da energia que é o dinheiro. Aqui não existe a tal sensação de perda, de ficarmos um pouco mais esvaziados por darmos uma moeda a um desconhecido. Tome nota que em todas as primeiras 3 categorias (mesmo na daquele que faz uma avaliação cuidada) está incutido um sentimento de perda. Só o indíviduo que se enquadra na 4ª categoria poderá entender melhor este fenómeno energético.
A verdade é que quando damos espontaneamente umas moedas a um pedinte, este não é visto como um desconhecido ou estranho que esteja separado da gente. Trata-se de um ser humano da nossa família da Terra que por qualquer razão ficou nessa posição... Não é verdade que no jogo monetário existem aqueles que possuem fortunas equivalentes a países inteiros? Nesse caso também terá de ser lógico a existência do oposto - pessoas sem nada em absoluto. Então para quê racionalizarmos e concluir que o pedinte é um preguiçoso, charlatão ou alguém que se acomodou a essa condição?... Não será ele um dos derrotados desse imenso jogo monetário que possibilita que a riqueza seja drenada numa só direcção e se concentre nas mãos de uns poucos?
Mas a questão é que em termos energéticos, quando damos dinheiro sem racionalizar, desconfiar e sem o tal sentimento de perda. Quando existe antes aquela sensação de bem-estar e preenchimento porque acabámos de ajudar outro ser humano... Atente que o dinheiro físico saiu realmente do seu bolso. Isso é um facto naquele instante. No entanto, você entra no fluxo energético que corresponde a toda a energia global associada ao dinheiro existente do planeta. É como se fosse uma aura invisível que envolve toda a esfera terrestre. E neste domínio quando você dá algo sem esperar nada em troca, está a dar um sinal ao Universo que está conectado com essa fluidez. Então acontece o óbvio: o dar e o receber tornam-se sinónimos, unos, a mesma coisa. E como já referi, aí não existe perda. Se você dá com o coração e está minimamente consciente dessa troca energética também sabe que acabou de receber. E receber o quê?... Dei 1 euro a um mendigo e amanhã vou achar uma moeda de 2 euros no passeio?... Poderá acontecer sim. Mas o grande "receber" é a sensação boa que perdura dentro de nós porque contribuímos para fazer alguém um pouco mais feliz. E as pessoas que sentem essa gratidão certamente terão sempre abundância na sua vida a todos os níveis.
MAS AFINAL AGORA O DINHEIRO É BOM?
Talvez estivesse a fazer essa pergunta depois do que acabei de dizer...
Não, o dinheiro não é bom nem mau. Quis apenas referir o aspecto positivo ligado à energia monetária porque lembrei-me das palavras desse meu amigo que acredita no dinheiro como apenas uma energia. Claro que se formos pessoas equilibradas mental e espiritualmente podemos dar um bom uso ao dinheiro e fazer coisas maravilhosas do ponto de vista humanitário, social ou científico. Ao passo que um indíviduo ganancioso poderá fomentar guerras e corromper políticos para projectos que não têm em consideração o meio ambiente; mas estas ideias acabam por fugir ao cerne do problema. A questão é nos perguntarmos se ele tem algum propósito concreto?... Há realmente a necessidade de um Sistema Monetário?
No meu entendimento não. Tudo pode ser feito na Terra sem a necessidade de dinheiro. Aliás, como expliquei em detalhes no meu livro "O Fim do Dinheiro", a sociedade daria um tremendo salto qualitativo em todos os níveis sociais no momento em que abdicássemos desse completo estorvo que é o Sistema Monetário. Assistiríamos a uma Evolução espectacular na Tecnologia, Ensino, Relações Humanas, Relações entre nações, Espiritualidade... Você nem imagina. E seria desse modo porque é o próprio S.M um dos principais mecanismos responsáveis pela estagnação dessa Evolução.
Porque é que eu digo que o S.M é um dos 4 alicerces da manifestação do Anti-Cristo na Terra?... Ainda acha que é força de expressão o termo "Anti-Cristo"?
Não meus amigos, é mesmo a palavra mais apropriada. Um Sistema Monetário jamais poderia ter sido edificado por uma consciência ou conjunto de consciências que aspiram ao bem maior da Humanidade, simplesmente porque contém em si todas as características que representam a antítese de Deus ou Cristo. Vamos simplificar: se Deus é Amor, União, Paz e Harmonia. E temos o dinheiro a fomentar o Medo, Desunião, Guerra e Desarmonia, não é normal chegarmos à conclusão de que estamos dominados por um Sistema Anti-Deus, ou Anti-Crístico?
Pense em toda a fragmentação social, a disparidade brutal nos salários, a quantidade de seres humanos que não têm acesso ao Ensino, a corrupção nas universidades, nas empresas, na política; os desempregados, toda a competição entre os assalariados para conquistar as melhores posições; os impostos e todas as obrigações financeiras constantes que desesperam diariamente as pessoas; todas as guerras produzidas em torno do lucro, o investimento nas doenças por causa dos lucros; uma Indústria Alimentar sem qualquer ética que controla a nossa alimentação, que a degrada e ainda a promove na televisão porque tem poder financeiro para tal.... Pense qual é o sentido em uma pessoa famosa auferir uma riqueza de tal ordem só para si? Que sociedade é esta que permite e acha normal milhões de crianças e idosos viverem na pobreza extrema enquanto alguns exibem as suas mansões em "reality shows"?
Portanto caros leitores, as evidências são infinitas a comprovar que o S.M não é um produto de uma mente divina. Representa antes uma estratégia de controlo que teve como objectivo degradar a consciência planetária a um ponto de quase não-retorno. E por vivermos colectivamente reféns desse Sistema a trabalhar que nem loucos para pagar dívidas e a tentar sobreviver, descurámos a nossa essência e esquecemos quem somos vivendo em modo automático e egoísta. Julgamos que a ausência de vida pode ser compensada pelo encanto de um telemóvel e por aí vagueamos indiferentes uns aos outros, de olhar vazio e ausente hipnotizados por uma realidade virtual... O dinheiro... Claro que no nível micro um indivíduo pode usar essa energia monetária para fazer algo positivo para si, para os outros e até para o planeta. Mas a questão essencial é entendermos que ao nível macro, o grupo de indivíduos que elaborou todo o Sistema Monetário na sua origem e que hoje o controla, nunca desejou o melhor para os seres humanos, que eles evoluíssem e que fossem felizes - usam o dinheiro somente para fomentar divisão e estagnação basicamente porque odeiam profundamente a Humanidade.
Embora o Sistema Monetário, como não poderia deixar de ser, esteja ligado aos restantes 3 sistemas que abordarei na 3ª parte desta narrativa (Sistema de Ensino, Sistema de Mídia/Televisão e Sistema de "novas" tecnologias) sinto que é importante analisar cada um deles separadamente para clarificar ao máximo como é que o S.M tem o poder de corromper todas as actividades de uma sociedade para que elas não funcionem do modo que deveriam funcionar. Em termos metafóricos é como se o S.M fosse um pai autoritário intransigente que não permite que os seus filhos (todos os outros sub-sistemas) se comportem de acordo com a sua natureza por estarem totalmente dependentes deste.
Ou seja, iremos entender que o Ensino não foi concebido para Ensinar, que a Mídia não tem um papel Educativo e que as "novas" tecnologias são apenas distracção e um meio de controlo social.
CONTINUA...
PEDRO POÇAS - 07/10/2021
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