Continuando a analogia... Se a representação paterna do Anti-Cristo na Terra é o Sistema Monetário, todos os seus filhos (os sub-sistemas) terão forçosamente de estar imbuídos da mesma energia. Dessa forma é naturalíssimo que o Sistema de Ensino seja igualmente uma expressão da ideologia anticrística.
No entanto sei que não é fácil compreender essa afirmação, afinal todos nós estudámos nas escolas do Sistema, aprendemos coisas, de certa forma desenvolvemos as nossas capacidades linguísticas/neurais/cognitivas e nos preparámos para integrar num ramo profissional. E também conhecemos muitos amigos, brincámos, namorámos, socializámos...enfim, o actual Sistema de Ensino não é diabólico no verdadeiro sentido da palavra - claro que existe uma infinidade de aspectos positivos e muitos de nós temos boas recordações nas escolas aonde passámos longas horas da nossa juventude. Por isso é que entendo ser importante salientar (mais uma vez) para reforçar na mente do leitor, que se trata de uma ideologia subtil implementada em todas as instituições da sociedade como se fosse a maior das normalidades. Portanto, a grande maioria dos seres humanos entende que o Sistema de Ensino é algo normal e não têm discernimento da profundidade de conceitos como "Mal", "Ateísmo" ou "Anti-Cristo" estando intrinsecamente ligados ao Ensino.
A RELAÇÃO COM O DINHEIRO
Temos de ver que o "Mal" que está incorporado no Sistema de Ensino (S.E) não é ilustrativo de um cenário de escolas degradadas, violência, drogas, absentismo ou algum professor pedófilo que tenha passado das marcas. Cada escola está integrada em diferentes contextos: países, culturas, regiões, condições sócio-económicas díspares, sendo natural que haja muitas diferenças particulares entre as escolas. Mas em cada país existe um modelo implementado que todas terão de cumprir religiosamente. Um programa que tem de ser cumprido por todos os professores independentemente das suas opiniões e pensamentos.
Esse programa é pensado e produzido por alguém ou grupo de indivíduos em cada país?...Existe algum tipo de recompensa para que determinadas pessoas influentes nessa tomada de decisões, no que concerne à elaboração de um programa de ensino, pensem numa determinada direcção para favorecer certos interesses?
São apenas algumas questões pertinentes que me assaltam a mente neste instante, mas a verdade é que não temos como sabê-lo. Eu acredito que haja quantidades massivas de financiamento filantrópico para os sistemas de ensino de cada país. Pessoas possuidoras de fortunas incalculáveis que injectam dinheiro para construção de escolas e grandes universidades com o duplo objectivo de conquistar uma boa imagem pública enquanto ao mesmo tempo influenciam o conteúdo desses programas - e que programas são esses?
Essencialmente programas para estupidificar os alunos, lavagens cerebrais, manipulações, mentiras descaradas, deturpação dos factos históricos e uma linha rígida de estudo/livros para formar um cidadão "normal" que seja integrado perfeitamente nas inúmeras profissões inúteis ligadas ao Sistema Monetário; exemplos de algumas profissões que considero inúteis: finanças/colectores de impostos, bancários, economistas, bolsistas, especuladores e todo o tipo de instituições financeiras... ou seja, tudo aquilo que lida directamente com dinheiro, desde os aspectos organizacionais, ajudas através de créditos ou apostas financeiras é, no meu entender, uma tremenda energia inútil que somente serve a um propósito de não-evolução.
Todavia, os alunos que conseguirem enveredar por essas profissões inúteis irão ser muito bem remunerados (a menos que se tornem portageiros) porque é assim que as coisas funcionam. Nós estamos num mundo onde as pessoas que escolhem fazer música, jardinagem ou recolher o lixo, são consideradas estúpidas ou marginais. E os seus rendimentos oscilam entre o zero absoluto e o ordenado mínimo. Enquanto que aquele for trabalhar para um banco ou repartição de finanças pode ter uma carreira promissora pela frente.
Então se todos conseguimos entender que as profissões da nossa sociedade estão divididas em extremos bem vincados onde de um lado estão as profissões dos fracassados em contraste com as profissões dos bem-sucedidos, seria também natural fazer a seguinte indagação: o aluno quando escolhe a sua área profissional é porque gosta da área em si, ou porque é atractiva na remuneração?
A resposta é óbvia. E sendo assim penso que estamos em condições de começar a fazer a conexão entre o S.E e a ideologia do Anti-Cristo de uma forma madura. Repare... Se nos colocarmos na pele de um adolescente (não é difícil porque já o fomos todos) ou apenas nos lembrarmos da nossa adolescência, iremos reviver os seus dilemas. A verdade é que o aluno não tem escolhas diante do Sistema Monetário Anti-Crístico onde está integrado. Se escolher alguma actividade artística, o que se apresenta no horizonte é um potencial zero. Se escolher varrer o lixo irá ganhar uma miséria. Portanto, ele terá de fazer as "escolhas" que o programa escolar lhe proporcionar. O problema é que essas "escolhas" não são bem escolhas, trata-se antes de escolher entre um conjunto de cursos estrategicamente definidos para enquadrar os indivíduos em áreas profissionais que estão totalmente imbuídas com a energia do Anti-Cristo - que são precisamente as que proporcionam mais conforto salarial.
Mas desse modo é forçoso admitir que toda a gente está ser subornada. Todos os alunos estão a seguir as áreas profissionais que seguem, por falta de opções ou pelo incentivo financeiro. Se o meu sonho é ser músico e me torno bancário é porque cedi ao suborno, não acham?... Mas também o que se poderá fazer? Não podemos condenar ninguém porque a grande maioria de nós provavelmente também foi subornada quando teve que tomar decisões no contexto escolar. Afinal todos precisamos de dinheiro para comer e pagar as dívidas... Até se consegue perceber hoje em dia, por causa da informação incessante das redes sociais, que existem milhares de músicos talentosos que não conseguem trabalhar na área musical - a área da sua vocação. Porque a Indústria Musical tornou-se nos últimos 30 anos um autêntico lixo de consumo pornográfico que apenas visa exacerbar os sentidos, promover consumo e tornar as pessoas materialistas ao máximo. Assim, para se ganhar dinheiro neste género de mundo musical basta ser alguém com instintos predatórios, um psicopata ou uma pessoa muito ambiciosa e também ingénua ao ponto de corromper os seus valores para se prostituir num vídeo que irá ser consumido por milhões de tarados ou ignorantes; por seu lado, os verdadeiros músicos estão nas bermas dos passeios a mostrar toda a sua riqueza musical ao ar livre para quem quiser escutar. Mas não é vergonha nenhuma. Imagino que sejam imensamente mais felizes pelo facto de não se terem vendido ao Sistema.
Conseguem sentir o odor podre deste relacionamento entre o dinheiro e o Sistema de Ensino (S.E)?... Que assim ele nunca poderá ser genuíno.
Será assim tão complicado discernir a injustiça que lhe é subjacente?...
Para além do facto do S.E preparar os cidadãos para que enveredem por profissões que nada tenham a ver com as suas vocações e aptidões, permite também que só os mais afortunados possam ter acesso às universidades privadas. Significa que um jovem sem qualquer aptidão para ser médico pode se tornar um médico. Quer dizer que poderá, neste tipo de sociedade capitalizada, centenas... milhares de médicos estarem a lidar com pacientes somente porque compraram o título numa universidade qualquer. Podem, além de nem sequer gostarem da profissão, perceber muito pouco ou nada de medicina... e são médicos?
E quantos milhares de potenciais bons médicos não estarão por aí a desempenhar uma profissão qualquer porque os papás não tinham dinheiro para lhes financiar os cursos na universidade? - não estará tudo invertido?...
"Inversão", uma das características do Anti-Cristo sendo ele mesmo a inversão de Cristo.
E QUANTO AOS ENSINAMENTOS?...
E quanto ao ensinamentos? O problema pode começar logo nos professores. Se é verdade que os professores são igualmente um produto do Sistema Monetário e se, como expliquei atrás, seguiram o aroma financeiro ao invés da sua vocação isso poderá se traduzir numa desgraça em termos da aprendizagem do aluno. Nesse sentido é frequente os alunos se depararem com maus professores. E detectar um mau professor é algo que pode ser conseguido por qualquer aluno, independentemente da inteligência individual. Todas as crianças e jovens têm a capacidade de observar o comportamento de um professor: se tem vivacidade, se fala de modo dinâmico, se tem capacidades para explicar a matéria, se dá espaço aos alunos para que estes dêem as suas opiniões, se sorri, se tem sentido de humor, se consegue criar uma atmosfera onde todos participam e se consegue se dar ao respeito para que estes não transponham certos limites e ponham em causa a sua autoridade. Nesse sentido é frequente os alunos apanharem com professores com características contrárias ao bom protótipo que acabei de referir: revelando-se pessoas indiferentes, amorfas, falta de expressão emocional, mecânicas, monótonas e sem qualquer talento para cativar a atenção dos jovens.
Quando estamos na presença de um mau professor significa que aquele indíviduo não nasceu com a "chama" de querer ensinar. Mas que simplesmente comprou um título para poder ingressar numa escola - e o facto de se ostentar um título é algo completamente diferente de Ser um professor. Num espectro mais amplo há muitas pessoas sem títulos que são autênticos professores.
Mas infelizmente enquanto vivermos submetidos ao Sistema Monetário, qualquer idiota incompetente poderá se sentar diante de dezenas de alunos desde que tenha pago um curso; contudo, esta não é a única consequência nefasta do S.M no Ensino, há muitas mais...
Por nos movimentarmos num tipo de sociedade onde o dinheiro está no centro das atenções, as autoridades escolares seleccionam um conjunto de disciplinas que tenham de seguir escrupulosamente um determinado programa. Um programa que tem como finalidade básica formar cidadãos que se encaixem numa sociedade estagnada anti-crística sem capacidades para Evoluir no verdadeiro sentido da palavra, daí os alunos serem atraídos para as áreas enfadonhas relacionadas com a organização do próprio dinheiro ou as actividades comerciais que visam a perpetuar o Consumo humano - normalmente estas profissões oferecem as melhores remunerações.
Se excluirmos os primeiros 4 anos escolares onde o aluno aprende a escrever, ler e algumas noções básicas de matemática, o resto do tempo, incluindo os anos universitários, é um completo desperdício no diz respeito à aprendizagem. Por isso é que não é raro ouvirmos da boca dos próprios profissionais que o tempo que passaram nas universidades foi inútil...por exemplo, essa afirmação é feita por inúmeros médicos que sentem que apenas estiveram na universidade para obter um título e servirem os interesses da Indústria farmacêutica. E para serem "médicos" realmente terão depois que continuarem a fazer uma aprendizagem autónoma para que possam progredir na área que gostam e acreditam.
Pensemos no panorama de Portugal...
Como disse, é importante adquirimos os conhecimentos básicos de matemática. Mas para quê massacrar os alunos com 8 anos de Matemática avançada, equações, teoremas, geometria e tudo aquilo deveria estar somente reservado para as mentes científicas? - aqueles indivíduos com aptidões para se tornarem astrónomos, arquitectos ou físicos. Reconheço que no âmbito de certas áreas é necessário um conhecimento mais amplo de Matemática, mas qual o sentido de sobrecarregar todos os alunos em simultâneo?
Eu tenho uma explicação para isso e não me importo nem um pouco que isso soe a teoria da conspiração. Partindo do pressuposto que os "cérebros" que organizam o Sistema de Ensino não desejam que o aluno desenvolva a sua criatividade e que pense por conta própria - afinal de contas o objectivo do Sistema é formatar as mentes para produzir operários que componham a engrenagem sem questionar. Desse modo, uma forma eficaz para reprimir a individualidade é introduzir no S.E um conjunto de matérias com o objectivo de fazer com que haja prevalência no desenvolvimento do hemisfério esquerdo da massa cerebral dos jovens. Por esse motivo é que assistimos com o decorrer dos anos à retirada nos programas, todas as actividades que favoreçam estimulação do hemisfério direito - responsável pela criatividade, imaginação e intuição. Mais conectado à nossa essência espiritual.
Há mais de 30 anos atrás, quando eu andava na escola recordo-me que tinha aulas complementares como trabalhos de carpintaria, cerâmica, têxtil, música mecânica ou electrónica. Actividades que nos ajudavam a descomprimir de todo o fardo intelectual que nos cansava a mente. Hoje, em 2021, acompanho o meu filho na escola e vejo com tristeza e preocupação que foi literalmente tudo banido... e porque? Se os motivos não são esses que acabei de expor então não sei quais serão.
Assim apenas sobrou a Educação Física. Mas até nesta conseguiram reduzir o seu período para um único dia na semana, tendo os alunos que expressar a sua alegria e criatividade nos curtos intervalos que ainda restam.
Acho piada quando falam do fracasso das crianças na Matemática e se põem a promover concursos europeus para premiar os alunos mais brilhantes. A Matemática é considerada pelas autoridades do Ensino como uma disciplina importantíssima. E é, mas não para as crianças. A importância e seriedade com que lidam com essa disciplina é exclusivamente social. Eles desprezam completamente a individualidade do ser humano. O objectivo, como já referi, é moldar as mentes da mesma forma que se faz aos soldados para que estas sejam inseridas numa mente colectiva ou colmeia de acordo com as normas sociais. A ideia deles é que assim a sociedade funciona melhor, sem interferências, sem perturbações, sem questionamentos... Por isso é que combatem ferozmente tudo o que possa comprometer esse objectivo. Daí a sobrevalorização de uma matéria como a Matemática enquanto excluem tudo o que esteja ligado à Arte e ao Amor (olhem que trabalhar no barro, criar uma forma do nada é um acto sublime de Amor. Quem tem um pouco de sensibilidade e viu o filme o "Ghost - Espírito do Amor" alguma vez poderá ficar indiferente a ver os personagens envolvidos naquela cena romântica ao som da música "Unchained Melody"?).
Portanto, esse "fracasso" é previsível e absolutamente normal. Os alunos precisam de ser nutridos com outras fontes de conhecimento... que a Escola está deliberadamente a matar.
A existir "fracasso" só poderá ser o próprio Sistema porque o fracasso e toda a miséria que abunda no S.E não se limita à Matemática, arrasta-se para todas as outras disciplinas como um fogo implacável... Estarei a ser radical?
Huuum... penso que não. Analisemos outra área, a de História. Claro que existem coisas básicas importantes no programa convencional de História, nem tudo é horrível. É melhor aprender pouco que nada. O pior é quando esse "pouco" é tendencioso ou não corresponde à verdade... Adiante, façamos a pergunta: o que é que os alunos aprendem sobre História até ao momento de ingressar numa universidade?... Ou até mesmo após a sua conclusão?
Praticamente nada.
Em primeiro lugar dá-se primazia à História de Portugal em detrimento da História do planeta. E acho que esse é o modelo de ensino de qualquer país - mais de 90% do tempo é usado para explorar as quezílias entre os reis e rainhas, batalhas, o magnífico poder da Igreja e assinaturas de tratados de todas as formas e feitios. Sinceramente que não me consigo recordar de praticamente nada durante todos os anos que tive de estudar essa disciplina. E que tinha de decorar datas, datas e mais datas para passar nos exames.
Acredito que imensamente mais importante que a História das nações, seja a História do planeta e com certeza também muito mais interessante dada todas controvérsias existentes... Mas as autoridades não desejam controvérsias porque estas originam dúvidas, e as dúvidas obrigam-nos a usar o cérebro. A que pensemos. E Eles não querem que a gente pense para que assimilemos um conhecimento petrificado e deturpado sem o questionar. Daí a História reservar somente 1% da História Planetária no programa escolar. Que são aqueles breves momentos iniciais onde nos apresentam à teoria de Charles Darwin de que o ser humano evoluiu naturalmente de um primata transformando-se naquilo que é hoje???... Mas o facto é que nunca conseguiram demonstrar que é científico - é somente uma teoria. Então se é uma teoria porque é que toda a gente toma essa teoria como uma verdade absoluta?
A resposta dei-a nas linhas atrás: porque alguém decidiu "petrificar" essa teoria como se fosse um conhecimento absoluto e proibir a formulação de novas teorias. Portanto, hoje, face à luz de investigações autónoma de pessoas curiosas e estudiosos desencantados com os conteúdos académicos, foi possível chegar a diferentes teorias sobre a origem do Homem. Mas como essas conclusões entram em choque com o actual paradigma, são constantemente boicotadas e ridicularizadas pelo imenso poder e capital daqueles que controlam as sociedades, Mídia e Ensino.
[NOTA: Claro que há um propósito para a valorização excepcional do Darwinismo. No entanto irei desenvolver mais esta problemática num futuro artigo intitulado "Nós não somos nada"... fiquem atentos ao site.]
De qualquer forma, exigir do actual Ensino que nos expliquem em 1% do tempo disponível, as origens do Homem e os incríveis enigmas das civilizações antigas, é uma tremenda piada de mau gosto. Escusado será dizer que ficamos todos na ignorância se nos limitarmos aos programas oficiais de História.
Mas e quanto à História da nossa nação?...
É aquilo que já disse: as novelas da realeza, as traições, os assassinatos, as batalhas e as datas... muitas datas.
Não desejo exaurir este terceiro capítulo com excessiva informação mas sinto que deva dar um pequeno exemplo para justificar as minhas alegações acerca da mediocridade/farsa que é a História de Portugal...
Esse exemplo tem relação com a independência de Portugal e com o 1º Rei de Portugal, Dom Afonso Henriques. Na escola fala-se na bravura dos guerreiros que defenderam um pequeno território a norte do país contra a ofensiva constante dos mouros e venceram uma importante batalha (Batalha de Ourique - 1139) que possibilitou a edificação do reino de Portugal. O problema é que existiu todo um contexto em torno disso que é totalmente omitido dos manuais escolares. Falo dos Cavaleiros Templários que tiveram um papel preponderante na Europa desse tempo e foi graças à sua participação que hoje somos uma nação solidificada. Mas não existe nada em concreto sobre isso. A única referência aos Templários é como uma nota de rodapé onde se fala em cavaleiros de "Deus" ao serviço da Igreja Católica que teriam ido para Jerusalém proteger os peregrinos.
Não. A Ordem dos Templários foi um fenómeno como nenhum outro na História da Europa que tem muito, muito mais do que andar a escoltar peregrinos e lutar contra os árabes e muçulmanos. Apesar de oficialmente terem tido uma curta existência que nem chega aos 200 anos, nesse tempo acumularam muita riqueza e construíram imensos castelos, fortificações e igrejas por toda a Europa (não há como negá-lo porque estão espalhados em Portugal). Contudo, muito antes desse amparo a Portugal e de se terem refugiado aqui, já se tinham cruzado com muitos povos e raças em territórios distantes, tendo assimilado culturas e grandes conhecimentos esotéricos que foram incorporados em escrita enigmática e na própria arquitectura. Entretanto, afastaram-se tanto da missão original (proteger os cristãos), conquistando terras, edificações, criando sistemas financeiros onde agiam como bancários, que começavam a ameaçar o poder da própria Igreja de Roma. E foi nesse momento que começou a ser montada uma estratégia/conspiração para por um fim ao movimento.
Não irei me estender mais, mas para se ter uma ideia da importância dos mesmos é imprescindível saber que os "descobrimentos" marcantes dos portugueses e espanhóis foram uma consequência directa do trabalho e conhecimentos dos Templários.
Se isto for verdade é então normal que se pergunte porque há tanto desinteresse sobre essas figuras tão ilustres, tanto na ligação a Portugal como no panorama europeu... Eu acho que é o mesmo descontentamento católico que perdura até hoje, mas com outros protagonistas não necessariamente ligados à Igreja.
Adiante, o fracasso do S.E, como falei, arrasta-se para todas as disciplinas. Matemática e História são apenas dois meros exemplos. A realidade é que está tudo imbuído com a mesma qualidade miserável porque o objectivo fundamental do Sistema nunca foi Ensinar no verdadeiro sentido da palavra.
Mas tomemos apenas mais um exemplo para termos noção da dimensão da tragédia: sabe-se hoje em dia que as crianças possuem grandes potenciais para materializar diversas capacidades. Por exemplo, na China quando se coloca instrumentos musicais nas mãos de crianças em tenra idade (3,4...5), muitas destas desenvolvem talentos excepcionais que nos deixam perplexos. A questão é entender que esta situação não é exclusiva dos chineses. Se fizermos a experiência em qualquer país os resultados serão semelhantes. É como se fosse um período em que é possível «lapidar diamantes» para usar uma analogia. Enquanto, pelo contrário, se assistirmos a um hiato que se arraste até à idade de adulto onde a criança, e posteriormente o jovem, não é estimulado, acaba por tornar-se impotente quando comparado àquele que recebeu estímulos durante anos a fio.
Então nessa lógica eu pergunto: porque não existe Medicina nas escolas?
Se existem os mais variados talentos em cada indíviduo é natural que eles se revelem muito cedo. Mas a sociedade não quer saber. O Sistema não está interessado em que as crianças se interessem pela Saúde porque os programas rígidos, petrificados e obsoletos estão todos muito bem definidos e enraizados no Sistema, portanto as crianças que esperem até à idade adulta e se quiserem ser médicos é só absorverem os programas em qualquer Universidade para serem encaixados numa qualquer especialidade; no entanto, muitos deles só são "médicos" no título. Porque além de terem feito a escolha condicionados pelo «aroma do dinheiro», de facto pouco sabem acerca da especialidade que exercem. Mas eles não têm culpa - o Sistema está montado assim. O objectivo primordial do S.E não é que os alunos aprendam Medicina, Saúde ou que possam um dia vir a ter capacidades de poder curar pessoas. Não podemos nos esquecer que estamos no mundo do Anti-Cristo e tudo... tudo está impregnado com essa energia.
Na ideologia Anti-Crística o propósito é inverter tudo o que é positivo. Assim, se a saúde e bem-estar são duas condições positivas, há todo um interesse obscuro em propagar a doença e o desconforto - porque são as condições negativas que deixam o ser humano impotente e constantemente a necessitar de ajuda. Ajuda essa que são cuidados meramente superficiais que apenas aliviam sintomas ou os escondem. A "Cura" é um conceito assustador para qualquer profissional médico corrompido. Porque eles sabem que é através das doenças que os lucros da Indústria Médica prosperam infinitamente - o termo "Indústria" é totalmente apropriado nesse contexto.
É também por isso que se ouve da boca de muitos médicos - médicos verdadeiros - que todo o tempo que passaram nas universidades foi um completo desperdício. Um ser humano que deseje realmente fazer o bem ao seu semelhante e que tenha carácter para não se deixar corromper pelo Sistema, irá perceber que os 4 ou 5 anos na universidade é basicamente uma preparação para se tornar um participante activo do esquema capitalista de outra Indústria - a Indústria Farmacêutica. Portanto, eles são apenas intermediários. Foram treinados para prescrever remédios aos pacientes, e se o fizerem bastante e sem o questionar terão uma carreira intocável e bem remunerada... Mas e quanto aos outros?
Neste Sistema, um bom médico, aquele que pretenda contribuir para a saúde dos seus pacientes e consequentemente não o sature com drogas farmacêuticas, terá de ter extrema cautela. Ele de alguma forma está a ser vigiado por superiores, colegas e os próprios doentes que conseguem perceber facilmente quando um médico é diferente e pensa fora da "caixa". Tem de ter cuidado com o que fala e com aquilo que prescreve senão é sinalizado e pode comprometer seriamente a sua carreira. Muito já passaram por infelizes experiências onde levaram com processos e foram despedidos. Até o assassinato não está fora de questão quando se trata de ofender os poderes da Indústria Médica. Desse modo, a melhor opção para muitos é assumirem quem são e se demitirem para serem um pouco mais livres para exercer uma Medicina mais holística centrada na prevenção ao invés de encararem os problemas de saúde humanos como uma fonte de lucro.
Assim, não interessa de todo que a criança/adolescente aprenda seja aquilo que for sobre Medicina. Antes de tudo ele precisa passar por um "estágio" de 8 a 10 anos onde irá ser esvaziado das suas faculdades criativas e processos intuitivos (a tal situação dos hemisférios do cérebro) para que se torne um adulto orientado pela racionalidade e assim possa assimilar mais facilmente os conteúdos mecânicos do programa de Medicina dominante.
Vejamos uma coisa: se porventura houvesse uma disciplina que ensinasse Medicina a crianças de 10 anos, logo estes iriam começar a levantar uma série de questões e dúvidas pertinentes sobre os ensinamentos. Nessas idades a mente ainda não foi moldada pelo Sistema e o aluno não tem medo de colocar perguntas ousadas aos professores que iriam desmascarar a pobreza do ensinamento. São muitos perspicazes, intuitivos e directos, atributos que poriam em perigo a estabilidade do programa. Portanto, os controladores do Sistema estão perfeitamente cientes desse perigo - que as crianças são perigosas por ainda conservarem uma mente individual. Repare que não é porque são incapazes de compreender as matérias. Se existem génios em idades precoces nas mais variadas áreas do conhecimento, a Medicina não seria uma excepção. O problema é que haveriam de surgir muitos médicos singulares que não serviriam aos interesses do Sistema. E seria inevitável porque uma criança não se deixa enganar tão facilmente como um adulto, onde o objectivo é tê-los domesticados nas universidades a abanar as cabeças em concordância absoluta.
Por agora não me irei estender mais sobre outras disciplinas para não sobrecarregar este capítulo. Mas tenha em conta que iria expor abertamente tudo o resto como fiz com a Matemática e História. Há muitos ensinamentos em falta e os que existem estão carregados de lacunas, deficiências, falta de propósito e manipulações apenas com o intuito de nutrir o mundo do Anti-Cristo.
Assim antes de terminar este segmento irei abordar levemente as características actuais das nossas escolas no que diz respeito à ideologia Anti-Crística que está incorporada na própria infraestrutura, arquitectura e funcionamento...
ESTABELECIMENTO DE ENSINO PRISIONAL
Não sei se o leitor alguma vez pensou ou reparou na mudança progressiva porque têm passado as escolas em Portugal no que concerne à sua arquitectura, espaço e cores. Nomeadamente tenho notado a prevalências das cores negras, grades altas e robustas mais eficazes em ofuscar o espaço interior - como se quisessem deliberadamente impedir que vejamos o seu interior (claro que isso varia de escola para escola). A sensação que eu tenho é de estar diante de um estabelecimento prisional. Mas essa sensação não é de agora, porque também poderia falar das recentes medidas em torno da pandemia Covid-19 com todas as delimitações, regras, marcas no chão e máscaras, porém, poder-se-ia alegar que são situações temporárias e que terminarão em breve. Por isso por agora irei abster-me dessa análise e concentrar-me nos modelos que as últimas gerações conhecem desde sempre.
A semelhança da configuração de um espaço escolar com um presídio não é de hoje. Por exemplo, no principio dos anos 80 do século passado quando eu era criança, sempre ficava nervoso e perturbado com o toque da campainha que soava a todo o instante: toque para entrar, toque para sair, 1º toque, 2º toque... de quarenta em quarenta minutos lá vinha aquele bombardeio desagradável novamente. Penso que depois há uma habituação e passa a ser normal. Afinal de contas nunca nenhum aluno ouviu mais nada diferente e o seus tímpanos acabam por ficar "calejados". Mas o facto de estarmos acostumados não quer dizer que se goste.
A verdade sobre a natureza do som horripilante, monótono e estridente que invade o sistema nervoso de milhões de crianças e adolescentes em todas escolas do planeta, no meu entender, não é casual - do género de se pensar que é a melhor tecnologia de som disponível para alertar grandes aglomerados de pessoas. Isso poderia ser válido há 50 anos atrás mas não agora. Hoje em dia é possível criar outras frequências sonoras para esse efeito. O que se passa é que o som nunca foi alterado porque corresponde perfeitamente às exigências do Sistema... mas é possível, acredito que nunca tenha prestado atenção. Já notou que o som emitido pela campainha escolar é exactamente igual ao das prisões?... Se já notou isso, alguma vez questionou porque é que é assim?
Pois bem, é assim porque essa frequência sonora de baixa vibração tem o propósito de criar um senso de urgência na psique do indíviduo. Cria tensão, ansiedade e medo para que o indíviduo, praticamente inconsciente, se precipite de o local A ao B quase de forma mecânica e acelerada. É por esse motivo que os alunos correm tresloucados para as salas quando a sirene ecoa. Ou seja, não se deslocam lá por iniciativa própria de forma consciente ou porque gostam de participar numa aula, mas pela coação da "chicotada" sonora infligida no seu pobre cérebro que o relembrará das implicações de se chegar atrasado. E os castigos hoje podem ser de uma simples advertência ou falta presencial, mas há 30 ou 40 anos atrás poderia resultar mesmo em lesões corporais aplicadas pelo próprio professor que nessa altura encarnava fielmente o papel do carrasco.
Na minha maneira simples de ver as coisas se algo é desarmónico é porque contraria a Harmonia. No mundo natural, na natureza, por vezes assistimos a situações aparentemente caóticas. Como por exemplo os fenómenos climatéricos extremos que podem provocar uma devastação repentina, mas isso normalmente não perdura e logo surge novamente a bonança, uma serenidade repleta de harmonia.
No caso do ser humano, este também é capaz de produzir obras magníficas cheias de harmonia tal é a sua potencialidade criativa. E foi isso que fez durante milhares de anos. No entanto, guerras horríveis e uma conjuntura económica que o tornou escravo do capital, fez no presente com que uma aura depressiva abafasse a sua alma e o deixasse resignado perante forças malignas que hoje estão no poder; os edifícios, as construções, as cidades perderam toda a beleza e arte do passado e transformaram-se em arquitecturas lineares desprovidas de encanto. Achamos isso algo normal dos tempos modernos e dizemos que não há dinheiro nem tempo para fabricar casas com arte e qualidade. E assim os edifícios tornaram-se esses aglomerados de cimento colados uns aos outros que chamamos cidades...cidades??
É muito fácil de perceber que o ser humano anseia por harmonia. Note que quando uma pessoa resolve fazer uma pausa no seu ano de escravidão laboral, ele converte-se em um turista e voa para outro país em busca de algo harmónico que contraste com o local onde vive. Então para além da Natureza, ele poderá escolher uma cidade como Lisboa. Mas ele terá de se concentrar na área mais antiga onde ainda resta alguma beleza porque nos arredores tudo foi corrompido por esse declínio arquitectónico que eles justificam como produto da conjuntura económica. Eu serei mais directo e chamar-lhe-ei a ideologia do Anti-Cristo.
Então como poderiam as novas escolas fugir a esse padrão?
Não podem, mas não é por causa do dinheiro ou falta de tempo - isso são os eternos argumentos políticos. A razão concreta é porque deixou de haver interesse na arte por parte dos agentes decisores que inconscientemente foram contaminados pela ideologia Anti-Crística que tenta vorazmente engolir todo o planeta com a sua aura de destruição e feiura.
No caso das escolas, estas existem hoje, são fabricadas propositadamente para que o aluno sinta medo do Sistema ou para ser mais brando - respeito pela instituição escolar. O objectivo não é proporcionar tranquilidade à criança e que esta se sinta num ambiente confortável. Mas precisamente o contrário: que esta esteja permanentemente nervosa e sinta mesmo um desconforto para lembrá-la que está num local oposto ao ambiente caseiro. E que tem de estar alerta e muito racional para não se distrair com brincadeiras. Por isso é que definiram um som estridente e desarmónico para notificar o aluno do início de uma aula. Uma sirene que é uma cópia fiel do som tenebroso que se ouve num estabelecimento prisional.
Mas as semelhanças com o presídio não se limitam ao som de uma campainha. O próprio espaço é muito uniforme, o que gera confusão. Os pavilhões são iguais e por vezes nem a cor muda. Daí a necessidade de se colocar letras ou números para os identificar - sem o A e o B são dois cubos gémeos sem graça.
Em termos de arvoredo praticamente nada. É um milagre algumas escolas terem permitido que algumas ficassem. Porque na mentalidade exclusivamente racional da mente Anti-Crística, as árvores são um factor de distracção. Algum aluno pode se por a contemplá-la, e ao contemplá-la entra num sonho e voa para outro universo... e aí pode querer desafiar o Sistema porque compreendeu que está numa prisão. E dirão os autoridades eruditas: "A árvore pode despertar neles um desejo de aproximação e contacto. E aí ele sobe para os seus ramos e poderá cair meu Deus!! De quem será a responsabilidade?"
E estas também fazem imensa sujidade no Outono com aquelas folhas infinitas por todo o lado a ter que ser varridas por alguém... e além disso, molhadas, ficarão escorregadias e alguém poderá se magoar. Tanta preocupação que eles têm por nós. Então o ideal é arrancá-las todas. Eles devagarinho um dia chegarão lá...
A ESCOLA DE CRISTO
Embora o propósito deste artigo seja identificar a expressão do Anti-Cristo nos nossos sistemas, sinto que deva dar ao leitor um vislumbre da minha visão como entendo que seria uma escola num mundo diferente onde os princípios seriam baseados na ideologia crística.
Naturalmente que basta imaginarmos tudo ao contrário do que se assiste nas actuais escolas. A concepção de uma Escola de Cristo, Deus ou Amor - que são tudo sinónimos - só pode ser integralmente entendida fora do contexto monetário. E nem poderia ser de outra maneira. No meu entender, o Sistema Monetário, como já desenvolvi anteriormente, é o cancro primordial do nosso mundo. É a raíz do Anti-Cristo de onde brotam todos os problemas. Portanto, para poder equacionar a existência de um contexto escolar como o que irei brevemente descrever antes de terminar esta narrativa, terá de se abstrair das ideias preconcebidas que formataram a sua mente; a Escola de Cristo não é uma Utopia.
Assim, invertendo tudo, a primeira coisa que chocaria o nosso campo visual é que talvez não conseguíssemos discernir uma escola como estamos acostumados. No actual modelo, qualquer pessoa se apercebe que existe uma escola por perto por causa das tais semelhanças com os presídios: os toques do "apocalipse", aquela arquitectura singular (lembre-se daqueles dois cubos negros da universidade do técnico em Lisboa), os muros, os arames e todo aquela histeria colectiva de crianças e adolescentes desnorteados.
Ao passo que a outra escola estaria imperceptível incorporada no meio da Natureza. Entenda. Na escola que você conhece eles arrancam tudo e deixam duas ou três árvores para dizer que são ecológicos. Mas na Escola de Cristo, a própria escola (a estrutura), seria introduzida discretamente no meio das árvores. E não se ouviria todo aquele ruído absurdamente demolidor porque os edifícios não estariam colados uns aos outros - logo, não haveria eco.
Em relação ao espaço teríamos de imaginar uma área vasta equivalente a 10 campos de futebol... Parece-lhe exagerado? É compreensível porque estamos habituados à divisão. Fizeram-nos crer que os alunos têm de estar separados por escalões de acordo com as idades e progressos na aprendizagem. Então achamos normalíssimo a existência de dezenas, ou até mesmo centenas de escolas/cubículos dentro das cidades por causa da necessidade de organizar tanta coisa diferente. Mas na minha maneira de pensar uma Escola fora do paradigma do S.M, não há necessidade de tantas escolas. Não há necessidade de tanta divisão entre os alunos e uma infinidade de burocracias. Portanto, tendo em conta que todos os alunos frequentariam o mesmo espaço - independentemente do seu grau académico - é lógico que a escola teria de ser infinitamente maior do que as dos modelos actuais. Do género de poder se chamar de uma "cidade" dentro da cidade. Em Lisboa temos uma cidade universitária onde juntaram várias faculdades. Mas isso é demasiado pequeno para aquilo que idealizo. Esse espaço multiplicado por 5 talvez se aproximasse da Escola de sonho. Porque de facto afinal não se trata de juntar várias especialidades de estudos avançados num só espaço, mas de todas as etapas do processo de aprendizagem desde o básico até ao nível dos doutoramentos.
Mas que outros benefícios nos proporcionariam uma Escola de tais dimensões?
Em primeiro lugar é preciso esclarecer que o facto dos alunos estarem juntos representa uma mais-valia em termos de logística: espaço, alimentação, fornecimentos e outros aspectos organizativos. No entanto "juntos" não é o mesmo que "misturados". Seria normal dentro da mesma área comum, haver áreas distintas para agrupar os alunos consoante o seu grau de conhecimento ou as características das matérias de estudo. O factor da Organização é sempre um elemento importantíssimo numa escola. A diferença é que "Organização" passaria a não depender de muros separadores ou de aspectos financeiros.
Depois também temos de compreender que a Natureza é muito importante no espaço escolar. Nas escolas contemporâneas não o consideramos como tal pelas razões que já apontei. Mas se concebermos uma escola a pensar na valorização e saúde de um ser humano como um todo não podemos descurar a conexão deste com a Natureza. Quando crianças e adolescentes se desenvolvem no meio de espaços verdes, lagos e animais têm muito mais condições para se tornarem adultos inteligentes e competentes nas suas profissões. Não sou eu que o digo. Os estudos científicos já o provaram. O relacionamento com as cores, os sons e os cheiros da Natureza permitem ao cérebro humano trabalhar de modo mais eficaz quando este tem de lidar com as questões mais racionais dos manuais de estudo. Não podemos nos preocupar apenas com um dos lados do cérebro. Se sobrecarregarmos o hemisfério esquerdo com conceitos, números e carradas de matérias para o aluno decorar, este entrará em colapso ou na melhor das hipóteses tornar-se-à um adolescente deprimido. É nesse sentido que a Natureza pode ter um papel relevante ao operar como um factor de equilíbrio ao estimular o hemisfério direito no período em que os alunos estiverem nos intervalos; agora, é claro que as centenas de escolas que abundam nas cidades jamais poderão oferecer esses requisitos. Daí a necessidade do "Campus", da "Cidade-Escola" ter de apresentar obrigatoriamente as tais dimensões equivalentes a 10 estádios de futebol. Só nessa amplitude é possível fazer o enquadramento com a Natureza para além de duas ou três árvores.
Todavia ainda há outros motivos para tal grandeza. Se um dia vivermos numa sociedade que se desfaça do Sistema Monetário (S.M), acredito que o número de disciplinas aumentará de forma incrível. Em vez de termos as actuais 9 ou 10, é bastante provável que esse número suba para 100... 100?? Mais uma vez, este número só lhe parece exagerado porque o "fantasma" do dogma convencional ainda lhe assombra o raciocínio. Presentemente achamos o número 10 justo porque todos os alunos, de acordo com o seu ano, são obrigados a participar num programa definido pelo Sistema - nesse sentido 10 já é um martírio.
Mas eu não estou a dizer que os alunos irão ter que estudar em simultâneo 100 áreas de conhecimento. A minha ideia é que essas 100 áreas existirão no espaço escolar como Escolha do aluno. Presentemente não existe Escolha - o aluno é obrigado a cumprir um programa. Sim, mais tarde poderá fazer uma "escolha" mas não é bem uma "escolha" do modo como eu defino Escolha. A "escolha" do Sistema é escolher um programa rígido e limitado para encaixar o aluno num qualquer departamento no contexto do S.M. Enquanto que a "Escolha" do meu dicionário implica realmente escolher uma actividade de acordo com os talentos genuínos de cada um e que sejam úteis para uma sociedade em Evolução - e isso hoje não existe.
Assim sendo, para além da Matemática, História, Geografia, etc, etc... (e mesmo essas teriam de ser reformuladas) teríamos disciplinas a ensinar os jovens a trabalhar a pedra, a madeira, o metal, o barro... Haveria Mecânica, Electrónica, Botânica, Desporto, Astrofísica, Geologia, Música, Medicina, Agricultura, Pesca...e porque não Esoterismo, Espiritualidade ou Ciências Ocultas?... Alquimia, Física Quântica, Química, sei lá quantas... Quantas actividades existem dentro das necessidades e criatividade humana? Talvez 100 ainda fosse um número reduzido. O ponto a reter é que seria uma transição da generalidade para a especialidade. Hoje aprendemos de forma genérica, o essencial para se passar de ano. Pelo contrario, eu acredito na Especialidade... Todos nós somos especiais em alguma coisa. Mas o Sistema não tem interesse nessa Especialidade individual inata que pode ser descoberta e aprimorada em cada ser humano. Tem medo dessa Especialidade porque o seu Sistema que objectiva o controlo apenas sobrevive na vulgaridade onde todos somos cópias uns dos outros.
Então para haver investimento na Especialidade, 10 disciplinas são insuficientes. A diversidade humana em conjunção com as áreas de conhecimento superam em muito o número dez. É certo que alguma generalidade faz sentido nos primeiros anos do estudante, mas poucos anos depois ele já sabe perfeitamente qual a sua vocação. O problema é que não há escolhas... não há ofertas. E aí ele parece hesitante porque realmente não vê nada que o seduza no meio de tanta uniformidade. Se houver a diversidade de 100 ou 200 disciplinas ele certamente descobrirá algo que vá ao encontro das suas aspirações e não hesitará.
A questão é que um cenário como este (com tantas disciplinas) seria impossível de materializar no modelo de escolas contemporâneo. Teríamos de ampliar o número de 4 ou 5 pavilhões para mais de 100. E isso só seria conseguido numa área tremendamente gigantesca onde coubessem à vontade 100 edifícios com distâncias confortáveis entre si. E aí já não haveria o pavilhão A, B e C, mas haveria nomes (Botânica, Geologia, Matemática, Espiritualidade...) e uma arquitectura personalizada de acordo com a natureza da actividade exercida. Significaria por exemplo que o pavilhão de Botânica seria identificado pela sua configuração e pintura à distância sem necessidade de visualizar a palavra inscrita.
Sei que esta Escola poderá parecer um sonho de uma mente filosófica. Mas não. É aquilo que eu sinto ser a realidade natural de um mundo mais consciente que se desprendeu de sistemas sociais patéticos que apenas servem para estagnar a evolução humana; e o meu objectivo com este documento é desmascarar todos estes sistemas que achamos serem produto do aumento da nossa inteligência colectiva, e mostrar através de raciocínios simples que esses sistemas - pela sua natureza - jamais poderão contribuir para o afloramento da nossa consciência. Foram sistemas, sim, criados certamente por algumas inteligências. O problema é que a inteligência neste mundo não está orientada para nos ajudar a crescer espiritualmente. Precisamente porque isso implicaria Evolução. A partir do momento em que as consciências de um planeta evoluem, a Evolução também acontece noutros domínios, como a abolição de sistemas monetários, divulgação e investimento em tecnologias ao serviço do planeta, fim da pobreza, fome, doenças e guerras, inutilidade de fronteiras, Igualdade e Justiça para toda a gente.
Os sistemas que estão implementados na Terra, agregados ao Sistema Monetário, foram criados e estão a ser sustentados por um conjunto de mentes que amam a ideologia do Anti-Cristo. E nunca abdicarão dessa ideologia porque estão viciados no poder inebriante que os mantém num altar. Mas a fragilidade desse altar é proporcional ao despertar das nossas consciências - quanto mais pessoas despertarem, maiores serão as fracturas na base desses altares...e eles já foram mais resistentes.
Continua...
[NOTA: Paraquem tiver interesse e quiser aprofundar mais esta temática do universo escolar sob uma perspectiva singular fora do contexto monetário, recomendo a leitura de um livro que escrevi há uns anos atrás chamado "O Sonho da nova Escola" que pode ser adquirido na livraria virtual da Bubok em formato digital ou impresso.]
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