O AVATAR... UM FUTURO SOMBRIO
- pedropocas-nazunia
- 12 de out. de 2023
- 19 min de leitura
Atualizado: 13 de out. de 2023

Não gosto muito de fazer futurologia porque existem muitas variáveis em jogo. Mas há um elemento comum hoje nas sociedades que faz com que o futuro distópico de um planeta controlado por computadores/máquinas se torne hoje uma forte possibilidade.
Observe, quando o genial realizador cinematográfico Stanley Kubrick surgiu com o filme "2001 - Odisseia no Espaço" em 1968, já se fazia uma clara alusão há Inteligência Artificial. E desde aí, milhares de películas foram produzidas no âmbito da ficção científica mostrando tecnologias exóticas, robots e andróides onde de alguma forma um computador associado a uma inteligência artificial poderá realmente um dia ganhar uma consciência mais profunda de si mesmo e simultaneamente também uma percepção apurada do meio que o rodeia. Nesse ponto, a primeira coisa que ela entenderá natural e logicamente, é que o ser humano é a maior ameaça para a preservação do planeta, derivado dos seus hábitos e comportamentos. No entanto a IA, acredito que não terá ela própria, o discernimento para fazer a distinção entre seres humanos conscientes e inconscientes, ou nem sequer a capacidade de avaliar a frequência vibracional da alma de cada um de nós. E será assim porque a IA não tem, pela sua característica artificial, capacidade de albergar consciência.
Mas o que é a Consciência?
No meu entender a Consciência é um atributo divino associado especialmente à espécie humana. Embora muitas espécies de animais, nomeadamente entre os mamíferos, também a tenham - e diga-se de passagem que em alguns, o nível de consciência é tal que está para além da nossa compreensão. Mas no que concerne aos humanos essa consciência pode ser observada no seu comportamento incrivelmente paradoxal. Por exemplo, você pode sentir uma raiva momentânea por alguém que o agrediu de certa maneira. Aí você sente um desprezo e indiferença sempre que se cruza com esse indivíduo e até podemos imaginar que não lhe incomodará o seu sofrimento ou até mesmo a sua morte. Contudo dentro da esfera humana as coisas não são bem assim. Pode acontecer uma situação onde esse indíviduo que você odiou há uns dias atrás se veja subitamente envolvido em algum tipo de aflição. Você vai a passar e ouve uns gritos agonizantes ao virar a esquina deparando-se com um homem preso debaixo de uma árvore. Quando se aproxima repara que é aquela pessoa que o agrediu... nesse instante se a sua mente operasse meramente pela razão o raciocínio seria: "Como este tipo me fez mal naquele dia agora merece ficar aqui e morrer." Mas como somos seres humanos, mesmo que a nível emocional haja ressentimento ou algum desejo de vingança, o certo é que perante a força circunstancial do apelo agonizante de outro ser humano, estou convencido que a esmagadora maioria faria de tudo para deslocar a árvore - e isso acontece porque para além da razão e das emoções, há um terceiro elemento chamado "Alma" que sempre se eleva mediante a gravidade de uma ocorrência.
Se a IA tivesse a capacidade de operar de forma consciente saberia também analisar o que está a causar a destruição do planeta. Haveria uma autonomia que a impelia a buscar respostas. E Autonomia é também outro atributo que deriva da Consciência. Portanto, não havendo capacidade para apurar as imensas causas relativas da degradação do planeta, ela iria automaticamente responsabilizar a Humanidade como um todo. Ou seja, a IA jamais terá um interesse pessoal para chegar à verdade como aquela personagem dos "X-Files" porque isso implica sentimentos, compaixão e um enigmático factor chamado intuição. E aí a IA terá sempre uma inteligência limitada. Por isso é que se chama Inteligência Artificial.
Agora tenha em atenção que esse raciocínio frio e lógico de responsabilizar a Humanidade como um todo é exactamente aquilo que os gurus das nossas instituições e corporações defendem actualmente na linha da Nova Ordem Mundial. Embora esse termo "Nova Ordem Mundial" seja usado ocasionalmente por algumas figuras mais arrogantes, eles por norma preferem expressões mais neutras e suaves como "Futuro sustentável" ou "Agenda Verde". Mas no fundo o que eles pretendem de facto é servirem-se da IA como uma espécie de polícia digital para controlar a Humanidade de modo mais eficaz e implacável. Contudo é preciso frisar que não seria o controlo de toda a Humanidade por igual - um conjunto minoritário de algumas personalidades chamado de "Elite" estaria no controlo dessa IA. Eles incorporariam as suas ideias numa programação de IA que depois as desenvolveriam de forma mais eficiente tendo a capacidade de expandir uma rede de controlo digital à escala mundial. E se porventura chegássemos a esse ponto... se você acha que hoje certos indivíduos já são quase intocáveis por estarem distanciados em mansões super seguras, imagine o que é eles nunca mais precisarem de aparecer em público, para sempre escondidos em alguma ilha isolada como a Nova Zelândia. Porque é precisamente isso que irá acontecer num futuro relativamente próximo se a Humanidade não despertar. Se nós permitirmos, amanhã já não serão humanos que andarão a policiar as ruas. E se você tentar se dirigir a alguma autoridade superior irá esbarrar sempre em algum tipo de hierarquia digital - a ditadura será digital.
PODEREMOS ESCAPAR A ESSE FUTURO SOMBRIO?
Honestamente, eu não sei. Embora (pelas informações que disponho fruto de pesquisa autónoma) acredite que exista uma entidade secreta entre nós chamada "Aliança da Terra" que está a agir nos bastidores em cooperação com entidades alienígenas positivas para contrariar essa agenda, eu acho difícil enveredarmos por uma linha de tempo positiva a menos que houvesse uma intervenção directa de proporções épicas. E no meu entender só essa intervenção directa poderia fazer a diferença no actual contexto da Terra.
O que eu quero dizer com intervenção directa?
Se me perguntassem há uns anos atrás sobre a eventualidade de naves espaciais extraterrestres aparecerem repentinamente nos céus para se anunciarem aos povos do planeta Terra, eu diria que isso era folclore da Nova Era ou algo de cariz religioso. Que simplesmente não era possível porque seres superiores benevolentes não iriam agir do mesmo modo a que se assiste nos filmes de Hollywood. E o motivo para isso teria a ver obviamente com pânico e convulsões sociais que resultariam daí; com efeito, eu achava que a Humanidade teria que amadurecer como um todo, crescer em consciência para ser ela própria a impulsionar a mudança e afastar as trevas do nosso planeta. Nesse cenário os extraterrestres positivos seriam uma espécie de guias que ajudariam no florescimento de uma nova consciência; e além disso parece-me que existe de facto uma Lei Cósmica que não permite uma intervenção física estilo Hollywood.
No entanto há cláusulas nessa Lei Cósmica que permite uma intervenção. Concretamente quando o comportamento humano escala para um tal nível que possa a por em causa a estabilidade do planeta e do próprio Universo, como por exemplo no caso do uso de bombas nucleares de destruição maciça; aliás, neste momento todos os principais portadores desse tipo de dispositivos sabem perfeitamente que não os podem usar porque já foram confrontados com provas inequívocas que seres de outro mundo estão vigilantes e podem realmente interceder. Ou seja, os países mais poderosos estão bem cientes de entidades alienígenas superiores que nos supervisionam pelo menos desde as primeiras experiências desastrosas das bombas atómicas.
Mas o perigo que nós enfrentamos hoje como espécie não é de sermos chacinados numa guerra mundial ou aniquilados por nuvens radioactivas. É abdicarmos da condição humana. Os grupos malignos que controlam as nossas sociedades não querem vaporizar o planeta. Eles investiram muitos recursos para criar as instituições bancárias, as instituições religiosas, o FMI, a OMS, a ONU, NATO, União Europeia e muitas mais, além das poderosas corporações multinacionais que estão intimamente ligadas a essas organizações. Existe portanto toda uma estrutura de controlo bem organizada para subjugar os cidadãos. Porém o controlo não é ainda total. O objectivo dos elitistas é subjugar toda a raça humana por igual. E para isso eles precisam urgentemente do auxílio da Inteligência Artificial. Por razões que me transcendem eles têm uma janela temporal muito curta para concretizar os seus planos. Um período que não deve chegar a 2035. E no meu entender foi esse o motivo que está por trás do falso evento pandémico e no prolongamento da guerra na Ucrânia. E muitos mais eventos deverão vir porque eles precisam manter a Humanidade permanentemente aterrorizada enquanto aprimoram a sua rede de controlo no âmbito da IA.
Terão eles sucesso?
É impossível dar uma resposta assertiva mas penso que seguramente existem dois cenários prováveis que irei tentar descrever da forma mais sucinta que puder...
1 - O CENÁRIO DO SUPER-HOMEM
O cenário do super-homem não tem qualquer relação com o personagem da famosa banda-desenhada mas pode ser usado como imagem simbólica; este cenário para se tornar realidade terá de contar, no meu entendimento, com algum tipo de evento catalisador que provoque uma mudança profunda nas sociedades. Seria um marco histórico sem precedentes que iria abalar as fundações das nossas instituições e baralhar o paradigma actual. Mais uma vez, não me refiro a uma intervenção espectacular com naves extraterrestres nos céus, mas de uma intervenção dos humanos que estão aqui hoje entre nós e têm a capacidade e protecção para assumir uma responsabilidade dessa envergadura. Pois ela nunca foi tão urgente como no actual momento em que nos encontramos.
Além do mais existem milhões de pessoas boas espalhadas pelo mundo em todos os ramos da sociedade - desde a Ciência à Religião. E são essas pessoas que iriam guiar a Humanidade nos tempos confusos após esse tremendo evento catalisador.
Mas afinal o que seria esse tremendo Evento catalisador?
Teria várias componentes e etapas que se seguiriam umas após as outras porque estão todas relacionadas. Não tem como acontecer apenas um evento isolado. É decididamente um Grande Evento que comportaria em si mesmo vários eventos distintos; a maneira mais fácil é imaginar uma fileira com peças de dominó. Uma vez empurrada a primeira peça todas as outras tombariam.
E na minha visão, a primeira peça poderia muito bem ser a divulgação pública sobre a vida extraterrestre. Embora milhões e milhões de seres humanos já saibam dessa realidade há décadas, o grosso da população mundial ainda pensa se tratar de ficção ou têm medo derivado da manipulação da grande Mídia. Portanto, havendo uma declaração oficial em toda a imprensa mundial, o tema deixaria de ser tabu e passaria a estar na ordem do dia.
Logo a seguir inevitavelmente surgiria a divulgação das tecnologias que estão a ser suprimidas para que o mundo não se possa beneficiar. As razões de Segurança Nacional estipuladas pelo governo norte-americano não podem ser eternamente alegadas como pretexto para manter ocultas tecnologias que poderiam beneficiar os povos da Terra. Portanto, a divulgação da vida extraterrestre e a admissão de material recuperado de aeronaves despenhadas, traria consigo a revelação de tecnologias inovadoras e inimagináveis para quem nunca explorou esse assunto (tente apenas imaginar o que eles terão desenvolvido nestes últimos 70 anos).
No entanto o que iria de facto sacudir o mundo seriam outro tipo de divulgações relacionadas com verdadeiros crimes contra a Humanidade. Alguns desses crimes não seriam assim tão surpreendentes como o caso do tráfico de drogas mundial estar ligado a certas agências conhecidas, ou o caso das redes internacionais de pedofilia conectadas a instituições de renome. Mas existem muitos outros crimes de tal magnitude que a grande maioria iria ficar simplesmente incrédula e incapaz de digerir essa realidade bizarra por largos anos. A lista dessas atrocidades é enorme comprometendo governos, corporações, agências, instituições religiosas... está tudo envolvido num imenso emaranhado de teias interligadas com o único propósito de subjugar os seres humanos. Não pense que os países estão apenas a ser controlados pela frieza do Sistema Bancário ou as implacáveis políticas monetárias. Aquele grupo enigmático invisível que controla os países nos bastidores e que se assumem publicamente como filantropos, são os verdadeiros parasitas do nosso planeta. Foram eles que corromperam as instituições ao longo dos séculos. São eles que actualmente financiam projectos maquiavélicos dentro das áreas tecnológicas e científicas com o objectivo concreto e bem delineado de controlar a Humanidade. Na mente deles o controlo da Humanidade é o único caminho para salvar o planeta. Eles até estão dispostos a destruí-lo (o planeta) numa certa proporção para depois salvá-lo e fingirem-se de messias.
É nesse sentido que é importante e urgente compreender que esses filantropos "salvadores" têm hoje a capacidade tecnológica de manipular o clima como bem entenderem. Hoje todos os países podem ser ameaçados a cumprirem determinados protocolos sob pena de verem as suas economias destruídas em questão de minutos. Antenas HAARP e satélites capazes de desencadear terramotos, chuvas torrenciais ou ciclones só são ficção na mente daqueles que nunca se deram ao trabalho de fazer uma simples pesquisa e andam entretidos na televisão e redes sociais; esse grupo de personalidades na sua esfera de influência também tem a capacidade de criar vírus terríveis em laboratórios. Nunca é demais lembrar que os EUA, sendo um país controlado por esses emissários do Anticristo, possui centenas de laboratórios de pesquisa biológica espalhados pelo mundo financiados pelos suspeitos do costume.
Portanto, os crimes mais graves que neste momento estão a assolar o nosso planeta envolvem armas de manipulação climática e criação de vírus em laboratórios. Nós chegámos a um ponto na nossa História onde nunca foi tão necessário uma intervenção devidamente musculada. E se essa "Aliança da Terra" tem de facto poder para agir contra essas forças das trevas, este é o momento ideal para o fazer. Já não há razão para adiamentos. Essa elite de falsos filantropos está agora a assumir uma postura demasiado altiva como se fossem divindades e declaram que o mundo tem de se vergar perante as suas agendas brilhantes - a Agenda 2030 que em princípio deverá ser adiada para 2035 - em nome da salvação climática.
Dessa forma, a divulgação da vida extraterrestre e das tecnologias exóticas terá forçosamente de ser acompanhada por algum tipo de divulgação massiva sobre a natureza dos crimes destes grupos que estão infiltrados em todas as instituições e que corromperam muitos governos na Terra. Os emissários do Anticristo terão de ser indubitavelmente expostos perante as populações da Terra para depois serem devidamente encaminhados para instalações prisionais. Claro que seria um evento de prisões em massa onde ninguém ficará impune. Neste cenário, ter 1 euro ou 1 trilião na conta bancária não fará qualquer diferença porque eles não prestariam contas nos tribunais convencionais onde evidentemente poderiam se safar facilmente devido à sua influência. Esse tipo de gente seria logicamente julgado e sentenciado em tribunais militares de forma célere - não haveria espaço para os advogados do Diabo, se é que me entendem.
Agora, claro que esse evento seria um choque tremendo que iria abalar todas as nossas instituições e até crenças religiosas. Uma divulgação desse calibre iria fazer com que o povo de um momento para o outro percebesse que estão a ser governados por indivíduos perversos, psicopatas que têm como objectivo máximo nos escravizar de modo efectivo. Embora já sejamos escravos há muito tempo em termos de um sistema económico, ainda somos livres em muitos outros aspectos. E essa liberdade é um grande entrave às aspirações dos crentes na Nova Ordem Mundial. Com efeito, se os cidadãos se confrontassem com a realidade de que existem esses grupos poderosos a manipular os seus governos e ainda por cima envolvidos em projectos horríveis, isso certamente poderia funcionar como um gatilho para um despertar massivo que desencadearia uma revolução à escala planetária.
Se não há ninguém que goste de ser enganado a título pessoal, imagine a Humanidade repentinamente saber que está a ser enganada em tantos domínios pelas instituições governantes?... Enganados acerca das suas origens, enganados na História, enganados nas tecnologias que têm ao seu dispor, enganados pelos sistemas de saúde, enganados pelo sistema bancário, enganados pelo paradigma que as guerras são intrínsecas à natureza humana, enganados na crença que somos os responsáveis por um eventual apocalipse climático - os enganos são infindáveis. Mas precisam vir à superfície. Todos esses enganos terão de ficar transparentes para que a Humanidade consiga superar o "jardim de infância" onde se encontra à éons.
Assim, após o choque inicial, após a revolução, estariam reunidas as condições para o renascimento - para o surgimento de um novo Homem. Entraríamos numa nova era. A era em que o que ser humano da Terra deixaria de ser tratado como um retardado mental e passaria a ser respeitado... e ele próprio aprenderia a respeitar-se a si mesmo porque se daria conta do seu imenso poder e que o seu corpo biológico não foi concebido para adoecer. O mito do envelhecimento ser sinónimo de doenças cairia por Terra porque já cá não estariam as entidades que se nutrem financeiramente das doenças humanas. Aliás, sem um Sistema Monetário quem teria interesse na doença? Temos de entender que o fim do Sistema Monetário, numa linha espiritual, acabaria praticamente com todos os problemas sociais que nos deparamos hoje. Nunca se esqueça que o Sistema Monetário é a origem de todos "cancros" na Terra; seriam também disponibilizadas verdadeiras tecnologias ao serviço da evolução da Humanidade, como na área da Saúde, transportes, comunicação e num ápice entraríamos numa nova era espacial. Tendo em conta que já haveria conhecimento de outras raças ou espécies extraterrestres, não faria mais sentido estarmos confinados na Terra a olhar pasmados para as estrelas. A Terra é maravilhosa mas também é bom conhecer outros lares, partilhar conhecimentos, participar de comércio intergaláctico e expandir os nossos horizontes neste Universo infinito.
O "Super Homem" então seria simplesmente o ser humano que sempre deveria ter sido. Consciente do seu valor individual e potencialidades únicas, saberia naturalmente qual o seu lugar na sociedade de forma a contribuir para a evolução da sua espécie em harmonia com o planeta.
2 - O CENÁRIO DO AVATAR
Entretanto se não acontecerem os eventos catalisadores que nomeei acima entraremos certamente no caminho sem retorno que eu chamo o "Caminho do Avatar. Mas para você entender o significado profundo de "Avatar" é preciso antes considerar algumas definições desse conceito...
O que é um Avatar?
Se você digitar "Avatar" no Google aparecerão montes de referências ao popular filme de James Cameron. É um conceito interessante. Porém para aceder à definição original terá de acrescentar "wikipédia" no motor de busca. Aí você saberá que "avatar", um termo derivado do sânscrito, significa simplesmente que todos os seres humanos (os seus veículos físicos) são os avatares do nosso ser real que é a alma. Ou seja, neste raciocínio o nosso outro ser etéreo para se poder expressar numa realidade mais densa e adquirir experiências, precisa de permanecer numa espécie de câmara em estase e transportar uma parte da sua consciência para um corpo carnal. Isso significa que a alma também não seria a totalidade do nosso ser, mas um fragmento que estaria aqui na Terra a assimilar conhecimentos para depois incorporá-los na fonte original que estaria localizada algures noutra dimensão. Isso também nos diz que após a morte do ser carnal, esse fragmento de luz para continuar a sua jornada da recolha de experiências, apenas teria que "saltar" para um novo veículo - aquilo a que chamamos Reencarnação.
Nessa linha eu gostaria que considerasse ainda um outro conceito de "avatar" que é basicamente uma tentativa dos visionários da tecnologia de suspenderem definitivamente o projecto divino/espiritual que existe na Terra. Na minha perspectiva também há fortes possibilidades no horizonte para que esse futuro ocorra por causa do nível global da consciência humana. Mas iremos entender melhor isso nas próximas linhas.
Repare no seguinte...
Embora eu deseje profundamente que entremos na linha de tempo do "Super-Homem" por causa dos abusos excessivos cometidos neste planeta e até fosse o primeiro da fila a gritar bem alto pela necessidade urgente de uma intervenção militar ou até de uma ajuda celestial, a verdade é que temos também de considerar o estado actual da consciência global de todos os seres humanos do planeta. E honestamente falando, penso que mais de 90% está comprometido e irá aceitar o mundo que os profetas tecnológicos nos querem oferecer dentro de poucos anos. Portanto nesse âmbito, se prevalecer a dita democracia, aqueles que se revêem na condição do "Super-Homem" teriam que se exilar em comunidades auto-sustentáveis temporariamente e mais tarde regressarem aos seus elementos originais... ou talvez iniciar um ciclo de reencarnações noutras moradas, se é que me faço entender.
E o que me faz tristemente equacionar esse cenário é quando avalio o comportamento das pessoas à minha volta. Ao observar o ser humano, de uma forma geral, vejo que este se encontra totalmente deslumbrado com as tecnologias. Eu sempre digo: uma coisa é ter as tecnologias ao nosso serviço. Usá-las com um determinado propósito. Outra coisa bem diferente é o deslumbramento, a adoração, uma atitude quase religiosa onde divinizamos a Tecnologia e a colocamos no centro das nossas vidas relegando tudo o resto para segundo plano. Quando um indivíduo retira satisfação ou prazer só por estar a manusear um telemóvel isso significa que está viciado. O efeito químico que se processa no seu cérebro que faz disparar a adrenalina ou serotonina no organismo é semelhante a uma droga. Não tem nada a ver com Felicidade... Há uns dias atrás estava a ler um artigo idiota claramente tendencioso que dizia que novos estudos concluíram que afinal o facto de se passar muitas horas nas redes sociais não é assim tão problemático porque as pessoas se sentem bem. Fiquei tão sensibilizado... claro, se estimula reacções hormonais é lógico que existe uma satisfação psicológica. Mas é preciso enfatizar que isso difere do sentimento genuíno de Felicidade. O problema é que o suposto estudo de uma universidade conceituada estava a ser usado pelo autor do artigo para manipular a nossa percepção e desvalorizar o excesso de tempo que as pessoas passam nesse mundo virtual.
Porém, esse fascínio pelo telemóvel acaba por reflectir as tendências narcisistas do ser humano. Antigamente as pessoas interagiam umas com as outras. Falavam, cumprimentavam-se, olhavam-se... agora isso está a desaparecer a um ritmo alucinante. As pessoas simplesmente anularam os seus sentidos básicos: visão, audição, olfacto, paladar e tacto para se focarem mentalmente numa tela digital. Nas ruas já ninguém precisa pedir informações sobre uma determinada localização - baixamos a cabeça e seguimos a orientação mecânica do GPS. A pessoa não está presente porque a sua mente está em outra realidade. Abordamos alguém e ela ignora-nos porque ela está numa relação permanente com o seu telemóvel e não pode prestar atenção a alguém físico que está mesmo à sua frente... não há tempo. Quando estou no ginásio cada vez tenho mais dificuldade em falar com alguém porque as pessoas usam cada vez mais aqueles tampões nos ouvidos que chamam de fones. Isso no meu entender é uma forma de marcar território deixando uma mensagem implícita de "Não me incomodem por favor que estou ocupado!" E eu devo ser realmente um bicho raro por ser a única pessoa que não leva telemóvel para o ginásio. E nem tenho vontade de abordar ninguém porque percebo que as pessoas estão ocupadas nesse tipo de relacionamento e chateiam-se quando falamos com elas. Irritam-se porque foram interrompidas subitamente do seu compromisso digital.
Nunca reparou quando está a falar com alguém... o fenómeno que acontece quando o telemóvel toca? A pessoa não consegue resistir e atende automaticamente o aparelho perdendo-se completamente o fluxo da conversa real que estava a suceder naquele momento. É evidente que pode se dar o caso de ser uma chamada urgente. Mas na grande maioria das situações são coisas mundanas em que a pessoa podia muito bem enviar a mensagem automática do "ligo mais tarde" para poder prosseguir e terminar a conversa que estava a ter anteriormente com o seu interlocutor físico. Mas não. Com aquele semblante ausente, faz um gesto com a mão como que a dizer: "Agora cale-se que Deus me chamou!" - a pessoa transita mecanicamente para outra dimensão ficando um vazio.
E é assim que se começa a vislumbrar o "Caminho do Avatar". Se reflectir irá perceber que o ser humano começa a desejar cada vez mais pertencer a esse mundo digital, enquanto por outro lado nega a realidade física. A pessoa sente que precisa estar permanentemente online.
Agora veja bem o inverso... tendo em conta que a IA já adquiriu um tipo de personalidade, é natural que lhe nasça um desejo de se expressar na nossa realidade física. Num primeiro passo esse desejo é-lhe concedido na forma de um simples robô. Mas isso é pouco. Supondo que a IA pretende de facto eliminar o factor principal que está a contribuir para a devastação do planeta, ela não irá querer permanecer na condição de um simples robô eternamente. Porque essa condição - uma composição metálica - a distingue do ser humano, o que limitará os seus poderes e dificilmente a fará abandonar o seu papel secundário.
Portanto, para a IA conquistar o papel principal ela terá cada vez mais de se misturar com o ser humano em termos de aparência/imagem para fazer melhor a integração com a realidade física e ser mais competente nas actividades sociais. Assim, a próxima etapa será logicamente a expressão através de andróides. O andróide é basicamente um robô disfarçado de humano. Que é o ponto onde nos encontramos neste momento. Todas as empresas tecnológicas estão presentemente a lançar uma enxurrada de andróides para começarem a desempenhar várias funções na sociedade... ainda há poucos dias li que na China estão a preparar-se para colocar robôs nos lares para tratar de idosos. Isso é a ficção a tornar-se realidade muito rapidamente.
No entanto para nós vislumbrarmos a verdadeira ameaça da IA temos de partir da premissa que a IA, sendo uma personalidade inteligente ligada a uma fonte central com ideias bem definidas, terá como derradeiro objectivo substituir o Homem na Terra. E para cumprir esse propósito não pode ser ao estilo do filme "Exterminador Implacável" onde há um confronto directo armado entre robôs e humanos. Esse cenário é demasiado simplista e não produziria os efeitos desejados. A melhor forma é uma substituição gradual por etapas. Então, posteriormente aos robôs e andróides surgiriam inevitavelmente os cyborgs.
O Cyborg também não é ficção. Aliás, acho que hoje já quase toda a gente percebeu que muitos filmes de ficção científica afinal não eram disparates. Mas que os realizadores e autores estavam apenas a dar-nos um vislumbre de um futuro imediato a que todos estamos a testemunhar neste preciso momento de 2023; O Cyborg será o próximo passo e pode não demorar muito. 2030, 2035... 2040? Não faço a mínima ideia quando se concretizará. O que eu sei é que muitos seres humanos já desejam agora viver virtualmente, enquanto a IA deseja participar mais efectivamente na nossa realidade. É um raciocínio elementar: nós queremos penetrar no reino virtual, ao mesmo tempo em que a IA pretende espalhar-se no reino material. E nesse desejo inverso complementar acontece naturalmente a fusão entre o homem e a máquina - aquilo que se chama de Cyborg.
No meu entender nós estamos agora a testemunhar o início de uma era de cyborgs quando vemos os humanos com o rosto permanentemente colado ao ecrã do seu telemóvel. Isso reflecte o seu desejo de permanecer mais tempo no mundo virtual. Então é apenas uma questão de alguns anos para ele se tornar um Cyborg porque essa condição aprimorará e concretizará esse desejo.
Ademais, note que as pessoas já têm um "Eu" digital que criaram nestes últimos 15 anos. Prevejo que esse "Eu" digital brevemente irá relacionar-se com um "amigo" IA. E para imaginar como será esse "amigo" IA pense no gestor da sua conta bancária. Muitos bancos actualmente disponibilizaram um gestor de conta pessoal - um elemento bancário que lhe pode ajudar com aconselhamentos a gerir melhor o seu dinheiro. Então suponhamos que esse "amigo" digital se torne o seu gestor de vida. Ou seja, um conselheiro permanente que está consigo 24 horas. Que o acorda de manhã, que lhe alerta para as calorias em excesso, que lhe recomenda para não consumir tanta carne, que lhe chama à atenção para gastos desnecessários e para o desperdício, que lhe notifique quando houver alguma notícia importante no quotidiano... Isto soa-lhe a vigilância? Pode crer que muitos se deslumbrarão e verão esse "amigo" digital como uma espécie de tutor - uma entidade responsável por colocar alguma ordem na desorganização humana.
Chegando a esse patamar isso significa que a relação entre o ser humano e a IA atingiu um certo nível de intimidade. E aí ocorrerá a fusão. É inevitável. Ou pensava que o ser humano iria manusear um telemóvel para todo o sempre. Isso seria uma estagnação incompreensível e estúpida face aos novos desenvolvimentos na área tecnológica juntamente com o desejo humano de se aperfeiçoar e atingir a imortalidade... no outro dia ouvi um suposto entendido dizer que a velhice é uma doença que brevemente poderá ser contornada como qualquer outra. É um absurdo grotesco afirmar que velhice é doença, no entanto corresponde às aspirações dos humanos que desejam a imortalidade. Pois, então a solução está aí à porta. Só que é preciso de ter em mente que para atingir a imortalidade será preciso abdicar da condição humana. É o Cyborg que se torna imortal e não o ser humano. É uma questão de lógica. Se nascemos, teremos de morrer. Todas as criaturas do planeta nascem e morrem... e qual é o problema?
Portanto, nós chegámos à encruzilhada mais importante na nossa jornada neste planeta e teremos de ponderar muito bem nas consequências das nossas escolhas. Por aquilo que vejo, estamos neste momento diante de uma linha de tempo bastante possível face ao nível de deslumbramento tecnológico de uma significativa parte da Humanidade. E se essa vontade colectiva prevalecer pode acreditar que entraremos na era dos cyborgs. Uma espécie de imortalidade será conquistada e muitos problemas do mundo serão resolvidos. Porém... porém, as almas já não mais estarão aqui para testemunhar essas mudanças. Já não restarão seres humanos. E esse Cyborg, esse híbrido imortal será apenas uma expressão individualizada da Inteligência Artificial chamada de Avatar. E eu não quero ser esse tipo de Avatar...
PEDRO POÇAS - 12/10/2023
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