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O FENÓMENO DAS MÁSCARAS

  • pedropocas-nazunia
  • 6 de jun. de 2022
  • 26 min de leitura



INTRODUÇÃO


Há muito tempo que andava com vontade de me exprimir sobre o fenómeno das máscaras, mas penso que este é o momento ideal visto que já passaram mais de 2 anos desde que esta conduta foi introduzida no quotidiano das pessoas; embora já tenha comentado o problema no contexto da "Pandemia", sempre fi-lo com o intuito de explicar a sua completa ineficácia de acordo com a verdadeira Ciência e ao mesmo tempo denunciar todos os propagandistas da Mídia e especialistas corrompidos que promoveram activamente o uso massivo deste utensílio pernicioso por causa de dois interesses óbvios: favorecer a Indústria que fabrica as máscaras (oriunda da China) e alimentar o espectro da "Pandemia" na psique colectiva humana. O resto é conversa. Nem sinto que nesta altura do campeonato haja qualquer necessidade em acrescentar mais nada em relação ao absurdo do uso de máscaras faciais. Se formos aprofundar o nosso conhecimento na literatura científica ou prestarmos atenção ao que dizem os médicos que não estão ligados às corporações, iremos ficar esclarecidos que não há nenhum propósito concreto e racional para o seu uso - então porque é que as pessoas as usam? Não na altura em que eram obrigatórias porque aí até eu se quisesse entrar num supermercado para fazer compras ou em algum café teria que fazer aquele ritual patético de pôr a máscara para logo a seguir baixá-la ao balcão em virtude de ter de ingerir o líquido. Não. O que irei analisar neste documento são as razões profundas e psicológicas que fez muitos seres humanos ganharem um amor estranho por este objecto ao ponto de continuarem a exibi-la com orgulho, mesmo quando levam o seu cãozinho de manhã cedo a passear numa rua deserta onde não se avista uma única alma penada a deambular nas ruas... ou quando estão sozinhos dentro dos seus respectivos carros. Porque é que agora que já não é obrigatório entrar na maioria dos espaços fechados com máscara, mais de 50% das pessoas resiste em retirá-las do rosto?... Porque é que a maioria ainda faz aquele gesto mecânico de pôr a máscara quando entra num café?... E mais grave ainda: porque é que não sendo o seu uso obrigatório ao ar livre há muitos meses, ainda se vê tanta gente nas ruas com máscaras??

É isso que irei tentar responder nas próximas linhas... Porquê?


PORQUÊ??


Há pessoas nas redes sociais que já entenderam há muito tempo toda essa conspiração em torno da "Pandemia" e tentam despertar todos os outros com o máximo de evidências possíveis. E há até alguns que, sem paciência, rotulam os usuários de máscaras de "atrasados mentais" visto que estes teimam em usá-las compulsivamente ignorando as evidências que comprovam a sua inutilidade. Sei que observar essa teimosia nas ruas pode ser irritante. É lógico que a máscara não previne a propagação de qualquer vírus e além do mais está a privar a pessoa de receber os níveis adequados de oxigénio que o seu organismo necessita para funcionar bem. Por isso é que as pessoas sentem-se tontas, com falta de ar ou dores de cabeça para referir apenas os sintomas mais imediatos. Assim, mediante este cenário, é tendencioso de chamar a pessoa de "idiota" ou "atrasado mental"... afinal, como é possível não me livrar de um objecto que está notoriamente a prejudicar a minha saúde? Ainda por mais não sendo compulsório?
O mais fácil é chamar a esse indivíduo de "atrasado mental " porque parece estarmos diante de um comportamento incompreensível a todos os níveis. No entanto eu não sinto que as coisas possam ser simplificadas dessa forma. Se tentarmos compreender essa aparente incompreensibilidade, descascando a camada superficial, descobriremos que há motivos ocultos que merecem um estudo mais profundo - entendo que o ser humano não pode simplesmente ser catalogado de "atrasado mental" nestas circunstâncias, portanto irei ter compaixão e reflectir com calma neste fenómeno...

VÍTIMAS DA PROPAGANDA

Pois bem, uma das razões mais lógicas que me vem à mente é que muitas dessas pessoas foram vítimas vulneráveis da propaganda da Mídia. Os tais cépticos que só acreditam nas informações dos noticiários e encaram tudo o resto como desinformação e teorias da conspiração. O que se pode dizer é que estas pessoas, de certa forma, perderam as faculdades de raciocinar por conta própria e assim se tornaram preguiçosas mentalmente encarando a TV com o mesmo fervor religioso de um qualquer fanático de uma Religião qualquer - apenas não têm noção disso porque o comportamento se alastrou à maioria da comunidade e não conseguem conceber que essa maioria possa estar errada. E o facto é que tudo aquilo que é falado na grande Mídia (especialmente na TV) sobre as máscaras é que estas protegem-nos e salvam vidas. Entende?... "Protegem e salvam vidas", "Protegem e salvam vidas", "Protegem e salvam vidas", e quando estas mensagens são repetidas até à exaustão, elas começam a influenciar a nossa mente. É o mesmo fenómeno hipnótico dos anúncios publicitários. Às tantas estamos a comprar aquele artigo sem saber bem porquê... é um impulso subtil que vem do subconsciente que é activado pelas imagens e frases subliminares que lá residem. Do mesmo, somos incentivados/manipulados a colocar a máscara no rosto. Não existe uma razão lógica mas a pessoa faz isso mecanicamente.

Claro que dentro da propaganda televisiva não existe apenas o factor mecânico inconsciente. Também existe alguma racionalidade e há pessoas que têm argumentos para o uso da máscara. O problema é que os argumentos são sempre os mesmos e são essencialmente uma repetição daquilo que foi vinculado pela Mídia e pela propaganda intensiva que está exposta ao ar livre em todas as cidades. E isso é relevante. As pessoas não estão apenas sujeitas aos bombardeamentos da televisão, rádio e jornais... existe publicidade nas ruas em todos os lados inimagináveis para lembrar as pessoas da importância do uso das máscaras: à entrada do metro, nos transportes públicos, em cartazes nas ruas. Imagens sugestivas, simbologia, frases inteligentes que acompanham o dia-a-dia das pessoas 24 horas. Sendo assim é natural que um comportamento padrão repetitivo se arraste para o colectivo tornando essa "racionalidade" não tão racional, mas somente uma resposta inconsciente que é literalmente uma cópia das mensagens subliminares a que o povo está sujeito; portanto, o tal argumento "racional" para se tapar a boca e o nariz com esse tecido químico sufocante terá a ver com uma atitude nobre com um elevado sentido de Altruísmo. Ou seja, por esse prisma muitos dos usuários não são estúpidos e até estão perfeitamente cientes dos malefícios do seu uso continuado. Mas em contrapartida acreditam realmente que é um sacrifício em prole da Humanidade. Acreditam religiosamente naquele mito que poderão ter dentro de si um vírus adormecido, imperceptível, o que faz deles próprios assintomáticos. Mas que esse vírus aparentemente inofensivo poderá se converter num monstro a partir do momento em que sair de dentro de mim para terceiros - foi essa teoria singular e insana sem qualquer base científica que fez com que milhões de pessoas tivessem medo delas próprias. Significa que as pessoas não têm medo de morrer. Mas medo de se imaginar um potencial assassino. Então, em última instância, milhões e milhões de pessoas continuam a usar a máscara (independentemente da obrigatoriedade) por não conseguirem lidar com o sentimento de culpa de existir a mais ínfima hipótese de poderem contribuir para a morte de alguém.

OS PSICÓTICOS DO APOCALIPSE

Num nível mais mais extremo mas em plena relação com o que foi exposto acima temos os psicóticos. Os psicóticos são em menor número mas são capazes, pelo seu comportamento surreal, causar grandes distúrbios com a vizinhança ou mesmo na comunidade onde residem; o psicótico teve acesso ao mesmo teor de propaganda que os outros, só que a diferença é que este tipo de indivíduos já tinham uma alta predisposição para o drama ou eram adeptos ferrenhos dos cenários bíblicos do Apocalipse. Assim, serviram-se do vírus da Covid para materializarem os seus desejos mórbidos do Fim do Mundo... Há pessoas nessa esfera que até acreditam que o vírus é um sinal de Deus - um castigo divino lançado propositadamente para punir os pecadores. E nessa crença alucinante foram capazes de se confinar nos seus apartamentos como autênticos eremitas, recusando inclusive o relacionamento com os próprios familiares; é preciso ver que estes indivíduos não estão sujeitos às regras do governo para se trancarem em casa. Eles estão trancados há mais de dois anos por livre e espontânea vontade, e estão a fabricar o seu próprio Apocalipse. Penso que toda a gente deve conhecer alguém próximo ou algum vizinho que se enquadre neste protótipo:

São normalmente tipos que só são vistos em horários de pouca circulação, ou muito cedinho de madrugada ou à noite. Semelhantes a vampiros parecem abominar o Sol. Estão quase sempre de óculos escuros e jamais se atrevem a retirar a máscara seja em que circunstância for. Provavelmente dormirão com elas e nem nas eventuais relações sexuais arriscarão a sua privação. Também são aqueles que conduzem sozinhos com máscara; os psicóticos - provavelmente por acreditarem que o vírus é de origem divina - não acham que o vírus proveio de animais ou de seres humanos. Embora estes sejam hospedeiros, o vírus divino terá de ser omnipresente. Portanto, está em todo o lado... inclusive na própria atmosfera.

Nessa alucinação de cariz obsessivamente religioso, eles acreditam que estão certos e todos os outros estão errados. Eles acham que o seu estilo de vida anti-vida, vampírico, os vai salvar do vírus e que aqueles que não adoptam um comportamento semelhante são os pecadores que estão a desprezar os sinais divinos e que portanto merecem morrer; com efeito, se tivermos por acaso de nos cruzarmos com um desses tipos (já me aconteceu) iremos imediatamente reconhecê-los - não apenas pela indumentária, por serem pálidos como cal, pelo jeito soturno de caminhar ou por terem a tendência irresistível de encará-lo directamente nos olhos - mas também porque eles irão manifestar toda a sua ira verbalmente contra si ao ver que você não está a portar uma focinheira. Na mentalidade do psicótico aquele que ousa não colocar a máscara está zombar dos poderes divinos e é automaticamente marcado como um dos culpados pela propagação do vírus... Segundo a ideologia desses lunáticos, Deus criou o vírus para que o temêssemos. Assim, devemos temer o vírus e curvar-nos como um orc, termos vergonha, colocar a máscara em submissão e nos confinarmos em perpétua redenção; é também por esse motivo que os psicóticos odeiam a juventude e os amaldiçoaram quando as televisões os mostravam em grupos nas praias e bares a divertirem-se despreocupados.

Porém, há algo irónico nesta filosofia do psicótico do apocalipse que não me passou despercebido - aquilo que eles desejam aos outros poderá na prática virar-se contra eles de um modo naturalíssimo. Ou seja, não são as pessoas que se movimentam sem máscaras, que sorriem, que dão abraços e vivem normalmente que irão padecer por causa do vírus que já foi determinado ser inofensivo. Se há uma separação entre o Trigo e o Joio de cariz bíblico, ou uma moral mais elevada a ser apreendida em todo este experimento social, é que são precisamente aqueles que sucumbiram ao medo de um vírus ilusório que estão a definhar, a adoecer e a morrer literalmente; se pensarmos profundamente neste fenómeno, iremos ver que todo esta fabricação de uma suposta "Pandemia" proporcionou uma extrema divisão na sociedade: de um lado aqueles que se apavoraram com um fantasma sem qualquer substância, do outro aqueles que se aperceberam que estávamos diante de um autêntico golpe de marketing e continuaram a viver as suas vidas da melhor forma possível.
Os psicóticos do apocalipse a partir do momento em que acreditaram no fantasma entrando na vibração do Medo com toda aquela excitação exacerbada, também deram um sinal ao Universo qual era a sua posição perante a vida. Eles marcaram-se a eles próprios com o estigma da morte ao escolherem viver uma vida de vampiros isolados em casa. Dessa forma, privados de Sol, privados de oxigénio, privados do contacto humano e maldizendo de toda a gente, acabaram por ser os primeiros a cavar a sua própria sepultura.

SÍNDROME DE ESTOCOLMO

Agora num espectro mais amplo temos o misterioso Síndrome de Estocolmo. Para quem nunca ouviu esta expressão ela foi cunhada no ano de 1973 para caracterizar a estranha afinidade que as vítimas desenvolveram com os seus raptores durante um assalto na cidade com o mesmo nome; aqui segue uma explicação mais detalhada do Wikipédia:

"A princípio, as vítimas passam a se identificar emocionalmente com os sequestradores por meio de retaliação e/ou violência. Pequenos gestos gentis por parte dos raptores são frequentemente amplificados porque o refém não consegue ter uma visão clara da realidade e do perigo em tais circunstâncias. Por esse motivo, as tentativas de libertação são tidas como ameaça. É importante notar que os sintomas são consequência de um stress físico e emocional extremo. O complexo e dúbio comportamento de afectividade e ódio simultâneo junto aos raptores é considerado uma estratégia de sobrevivência por parte das vítimas.
É importante observar que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso. A mente fabrica uma estratégia ilusória para proteger a psique da vítima. A identificação afectiva e emocional com o sequestrador acontece para proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta a qual a pessoa está sendo submetida..."

Pois bem, para mim faz todo o sentido que o contexto desta "pandemia" nos possibilitasse testemunhar a Síndrome de Estocolmo a uma escala global. Se nos lembrarmos, no início quase toda gente em Portugal se mostrou relutante em colocar a máscara. Isso era visto como esquisitices importadas da China sem qualquer sentido. Mas o certo é que houve pessoas que começaram a usá-las quando acreditaram que a "Pandemia" era uma ameaça séria. Timidamente esse comportamento foi se alastrando e às tantas foi determinado pelo governo a sua obrigatoriedade; ao mesmo tempo, as televisões e redes sociais inundaram-nos com imagens das autoridades policiais a serem implacavelmente duras com os cidadãos incumpridores, espancando-os na rua sem misericórdia (muitas vezes em frente aos filhos), arrastando idosos pelo chão, choques eléctricos, detenções forçadas... completamente surreal. Se uma pessoa assistisse a algum desses episódios urbanos sem estar a par do contexto, diria que aquela pessoa só poderia ter cometido algum crime muito grave para estar a ser alvo de tamanha brutalidade. Mas não. O seu crime foi o de não querer colocar uma máscara no rosto.
Assim, o recebimento deste tipo de estímulos visuais durante dias e meses a fio causou profundos traumas na psique colectiva da Humanidade. E temos de perceber que um trauma não se desenvolve apenas na presença de um criminoso comum como um sequestrador, este (o trauma) pode igualmente formar-se quando um grupo, uma comunidade, uma cidade, um país ou mesmo o mundo inteiro (como foi o caso) está sujeito a uma opressão tremenda por parte dos seus governantes.

Dito isto, temos de admitir que neste caso da "Pandemia" a figura do carrasco é amplificada e assume as proporções de um Estado Ditatorial, da OMS e das forças policiais. Todavia, no actual cenário, o Estado não reconhece que é ditatorial, mas antes que tem de ser firme temporariamente enquanto o vírus se revelar uma preocupação para as populações. Nessa mensagem - com o auxílio da Mídia sempre obediente - as pessoas convencem-se da necessidade do tal sacrifício colectivo e aceitam a punição do seu carrasco: máscaras, confinamentos e também a serem cobaias de um experimento genético inovador (as novas vacinas).
Assim, uma vez aceite a "punição" como um "bem comum em prole da Humanidade", a sociedade transita para uma nova fase onde o carrasco se transforma agora no herói. Em Portugal assistimos a esse fenómeno na figura do Primeiro-Ministro António Costa - no princípio a popularidade caiu porque as pessoas foram apanhadas desprevenidas e ainda nutriam algum amor próprio e sentido de liberdade, contudo à medida que o tempo foi passando as pessoas foram gradualmente aceitando esse novo estilo de vida... esse "novo normal" tão promovido pela Mídia e acabaram por se habituar. O ser humano tem tendência a hábitos, até àqueles que os oprimem, escravizam e humilham como é o caso de uma máscara. Então não foi assim tão surpreendente que Costa tenha vencido as últimas eleições com maioria absoluta, claro, nessa altura o eleitorado já o via como o "Carrasco-Herói". Por isso é que era frequente ouvirmos comentários nas ruas que "O António Costa geriu bem a Pandemia" mesmo antes das eleições - já era uma antevisão do que iria acontecer nas urnas. Agora preste bem atenção a isto...

"Ele geriu bem a Pandemia"

Quando se começa a ouvir esta frase repetidamente vezes sem conta, isso representa um reconhecimento colectivo da necessidade do tal sacrifício amplamente divulgado. Mas essa constatação não veio da mente de nenhum indivíduo isolado. Apenas começámos a ouvir nas notícias internacionais que Portugal era um exemplo para a Europa, e as pessoas acreditam em tudo porque... habituaram-se ao não-questionamento. E assim ficam deslumbradas a bater palminhas em frente aos televisores quando veem os números de infectados a descer e o Governo a aliviar as restrições. Mas é neste momento que podemos compreender melhor o funcionamento da Síndrome de Estocolmo na psique humana: o nosso carrasco alivia-nos um pouco a corda no pescoço e sentimos que conquistámos um fragmento de liberdade por mérito próprio - o mérito de compactuarmos com a condição de escravo. O curioso é que o colectivo humano não fica confortável com essa liberdade, fica timidamente contente e refreia os ânimos porque sabe perfeitamente que o "nó na garganta", assim como foi aliviado, poderá novamente ser apertado e da próxima vez com mais força.

Essa é a explicação para milhões de pessoas se recusarem a tirar as máscaras seja em que circunstâncias forem. A verdade é que estamos diante das franjas da sociedade que ficaram mais traumatizadas com estes jogos do "vai e vem", e não querem ser responsabilizados mais tarde se o país voltar aos confinamentos - há um pavor terrível que ainda assombra o inconsciente colectivo. Por isso é que vemos muita gente, especialmente naquelas actividades que dependem da circulação de pessoas, consumo e turismo, a hesitar em retirar a máscara mesmo já não sendo obrigatório. A máscara tornou-se um símbolo do bom comportamento social e um lembrete constante que o fantasma da "Pandemia" pode ressurgir a qualquer momento; o pensamento dos seus usuários é mais ou menos este: "Eu sei que já não é obrigatório. Não se trata de não estar informado. Mas entendo que não podemos facilitar porque o vírus ainda não desapareceu." No entanto, a verdade mais profunda que reside no seu inconsciente não é o medo do vírus, mas que a ira implacável do carrasco recaia novamente sobre o seu dorso e este resolva fechar o país novamente. E a pessoa traumatizada já não suporta viver com esse sentimento de culpa. O uso da máscara diminui essa culpabilidade e dá uma sensação ao usuário de ser o "menino bem comportado". Num certo sentido, ele sente-se protegido, mas não do vírus, a protecção é daquilo que os outros possam pensar... inclusive do olhar atento das autoridades que é sempre uma ameaça ao virar da esquina.

APROFUNDANDO UM POUCO MAIS...

Ao longo do tempo, observando as pessoas nas ruas, nas escolas e espaços interiores reparei em algo curioso que me fez pensar: os indivíduos de raça africana têm a tendência de usar mais a máscara do que as outras raças. A diferença é particularmente alta. Por isso é algo interessante de analisar sem quaisquer preconceitos.
Estou certo que deverão existir nos meandros das ciências sociais e da Psicologia, profissionais que já deverão ter se apercebido dessa discrepância comportamental, porém, também deverá haver alguma relutância em opinar esse assunto publicamente por causa das tendências contemporâneas em rotular-se tudo como Xenofobia e Racismo. Mas entendo que não podemos ter medo. A partir do momento em que um estudioso do comportamento humano omite a sua opinião, preferindo ignorar certos temas por medo de represálias ou condenação social, ele deixa de ser livre e autónomo para passar a ser uma mera aparência para agradar às conveniências sociais e políticas - e longe de mim enveredar por esses caminhos.

No filme "Django" com Leonardo DiCaprio há uma cena emblemática em que o actor, representando o papel de um fazendeiro abastado racista, tenta explicar aos seus convidados as razões científicas dos negros serem propensos à submissão e não se revoltarem. E para esse efeito estilhaça um crânio humano para revelar uma particularidade do cérebro do negro que os leva a adoptar esse comportamento; não sei sinceramente se há alguma verdade científica nisso. Mas mesmo que houvesse tenho alguma relutância com "verdades científicas" e acho que este fenómeno da submissão não pode ficar encaixado numa mera explicação biológica. Acredito que o ser humano é mais complexo que isso.

Agora, física e psicologicamente falando, há diferenças notórias entre o homem branco e o negro que são inegáveis. O negro tem uma robustez física superior por isso é que leva uma vantagem notória (com raras excepções) nas competições desportivas onde os músculos são uma exigência como as lutas ou o atletismo. Também têm mais resistência para aguentar a dureza de trabalhos na construção civil. Por outro lado, têm uma vertente psíquica/emocional singular que o destaca do branco: são mais exuberantes, espontâneos, calorosos, egocêntricos, materialistas e dão prioridade aos prazeres mundanos. Se houver uma festa marcada às tantas horas onde é suposto comparecerem 20 pessoas, o mais certo é o número triplicar. Enquanto na festa do homem branco é ao contrário, já muito depois da hora marcada é comum o anfitrião estar todo irritado a fazer telefonemas a ver aonde é que anda o resto do pessoal - o normal é aparecerem 10 dos 20 anunciados.
Descanso, lazer e festas são uma prioridade para o africano e isso pode ter reflexo nas características das infraestruturas das suas cidades. Se você por exemplo observar fotografias de metrópoles mundiais de forma aleatória sem saber o nome delas, provavelmente irá distinguir facilmente quais são as africanas. Na cidade africana contemporânea você irá notar imensas lacunas: pobreza, desordenamento, carência de serviços e falta de investimento - mas porque é que as cidades em África não se desenvolvem do mesmo modo que no norte da Europa? É apenas uma questão financeira?... Claro que não. Um país como Angola pode ter todo o dinheiro do mundo que pouco o nada mudará porque este irá ser distribuído entre alguns grupos selectos de indivíduos e detrimento do bem maior. Portanto, é uma questão de mentalidade e consciência.

A propósito por falar em Angola, há poucos dias tive uma conversa com um indivíduo português branco que trabalha nesse país. Ele disse-me que ali todo o cargo de chefia é ocupado por um indivíduo branco e que este por norma ganha sempre mais dinheiro em relação ao negro executando as mesmas funções. Fiquei um pouco perplexo porque desconhecia essa realidade em pleno ano de 2022. Ao perguntar-lhe o motivo este respondeu-me sem qualquer pudor que o negro não consegue compreender as coisas mais elementares, ou se por exemplo lhe colocarem dinheiro na mão para cumprir um conjunto de obrigações, ele irá se esquecer de metade delas ou inventará uma desculpa dizendo que perdeu o dinheiro para o gastar em algum prazer pessoal. Ele estava-me a dar esse exemplo para eu entender porque é que é muito difícil confiar no negro para um cargo de responsabilidade. E é nessa lógica que o branco é mais valorizado. Ele disse-me inclusive que o negro em Angola considera o branco superior.
De início achei esse relato estranho mas depois pús-me a pensar e percebi que até poderia fazer algum sentido. E o que dá legitimidade a isso é o próprio comportamento do turista angolano que visita Portugal. Sempre me indaguei de onde vinha aquela aura de superioridade e tratarem os empregados de restaurantes, dos hotéis ou taxistas com algum desdém... como se quisessem fazer destes seus criados. Nos meus pensamentos ocorria-me que era derivado a profundos complexos de inferioridade. E pelos vistos não estava muito longe da realidade: o angolano em Angola é actualmente rebaixado a um estatuto inferior em relação ao branco e nisso é originado um sentimento de humilhação que de certa forma tenta ser compensado quando este visita Portugal noutra condição.

No entanto, voltando ao assunto central das máscaras para não nos dispersarmos, será interessante relacionar esta relutância do africano em abandonar o uso da máscara com a suposta tendência a revelar-se mais submisso quando as regras na sociedade se tornam mais rigorosas e limitam as liberdades individuais.
No meu modo de ver, o negro tem características genéticas que o tornam diferente do homem de raça branca. Para além da componente física já mencionada, o negro apresenta um comportamento mais emocional... de certa forma mais próximo da irracionalidade animal. E isso torna-o mais vulnerável perante as ameaças das autoridades - o medo é mais notório. O medo revela-se maior no indivíduo negro. Mas afinal de onde vem esse medo?

Nos tempos actuais consegue-se perceber que em virtude dessas características emocionais exacerbadas, predisposição para os prazeres mundanos, egocentrismo para além dos limites e dogmas religiosos, originou nos países africanos enormes fragilidades e desunião que os tornou presas fáceis nas mãos dos capitalistas predadores ocidentais. Repare, um país africano pode ter um potencial tremendo como terras, minerais, água, sol capazes de satisfazer abundantemente a sua população local. Mas se um capitalista branco aparecer em cena e seduzir o seu governante com o "cheiro" de um punhado de dólares, este provavelmente não irá resistir e venderá o seu país aos interesses estrangeiros em troca de poder, fama e dinheiro para si próprio. Isso foi o que aconteceu um pouco por todo o continente africano; o capitalista branco é frio e calculista, e sabendo da vulnerabilidade e de uma pobre consciência facilmente corrompível, penetrou como um abutre nas sociedades africanas minando-as por dentro através de várias estratégias eficazes; uma das estratégias mais eficazes é criar conflitos internos no espectro político, ideológico e religioso. Isso leva inevitavelmente a confrontos bélicos entre as partes conflituantes. E quando as guerras perduram no tempo, as terras são abandonadas e as infraestruturas são destruídas. Nesse ponto, o país do homem negro passa a ser controlado pelas corporações do homem branco, pois, para sustentar a máquina de guerra com armas e munições, a região africana terá de usar os seus recursos naturais como moeda de troca, o que levará o seu povo a níveis deploráveis de fome, doenças e miséria - essa é a história de África.


Mas antes de pateticamente me estar tentar colocar rótulos de "racista" ou "preconceituoso" apenas por estar aqui a tentar contextualizar um problema, quero que saiba que nutro muita compaixão pelo povo africano. Acredito que os negros são seres humanos mais afáveis e bondosos que os da raça branca. Mas são também mais inocentes e ingénuos. Eles preferem apreciar os prazeres da vida. E isso foi sempre a sua "fraqueza"; por seu lado, genericamente falando, o homem branco é ambicioso e sonha com conquistas, poder e controlo. Ele sente-se inquieto em tempos de paz e para se sentir vivo começa a desenvolver armas de destruição para invadir os territórios vizinhos... ou além mar. Não foi o que fizeram os portugueses e espanhóis?... Com uma crueldade sanguinária invadiram as terras das Américas condenando as civilizações indígenas à quase extinção. Como poderei eu ter orgulho de um Império edificado em cima de sangue de seres humanos inocentes e indefesos?
Mas enquanto os índios ameríndios tentaram ripostar com todos os sacrifícios envolvidos, os povos africanos negociaram. E quem os pode censurar?... O que fazer contra o poder implacável da pólvora?

E foi assim que milhões de africanos foram colocados em embarcações e levados às Américas para executar o trabalho de escravo. Quando um ser humano é colocado a viver numa jaula, numa forma que nem os animais devem viver, isso causa traumas profundos na sua psique. Um escravo é privado de água e alimento trabalhando até à exaustão debaixo do sol ardente. E quando por qualquer motivo não cumpre as exigências requeridas, é açoitado violentamente com chicotes de couro e confinado dias em fossas imundas. Torturado somente por mero capricho e prazeres sádicos de mentes doentias... e a quantidade de mulheres negras que deverão ter sido torturadas e violadas durante gerações?
Porém, sei que poderá haver quem alegue que isso é coisa do passado e hoje os tempos mudaram... Ai sim?

Bem, em resposta àqueles que pensam isso eu repetirei antes de mais aquilo que falei há pouco de forma mais enfática: o homem branco, embora já não pratique a escravatura física a larga escala, continua a "envenenar" as sociedades africanas com esquemas ardilosos, corrompendo políticos fracos para que se possam apoderar dos recursos dos países e depois escravizá-los através da Dívida. Depois, em relação à escravatura física na verdadeira acepção da palavra, será que podemos considerar que foi enterrada no passado?... Eu julgo que não. É preciso compreender que, embora a escravidão tenha sido abolida na sua forma tradicional, ela continua espalhada no mundo moderno através das mais variadas formas afligindo crianças e adultos em diversos países. Mas a escravatura clássica terrível a que o negro foi sujeito durante séculos e séculos não desapareceu assim há tanto tempo, e além disso deixou cicatrizes psicológicas marcantes que ainda são reavivadas através da arte contemporânea, filmes, séries, documentários ou até pela expressão musical; portanto, o negro está presentemente a ser constantemente lembrado desse passado aterrador que afligiu os da sua raça. Além disso, muitos certamente ainda ouvirão alguns relatos embaraçosos dos seus avós ainda vivos.

Dito isto... se pudermos conceber que o "fantasma" do carrasco, que atormentou tantos e tantos milhões de negros no passado através das mais bárbaras formas de tortura, ainda paira por cima dos seus ombros, será assim tão de estranhar que haja no inconsciente colectivo deles um trauma profundo que ainda não foi apagado?... Estará o indíviduo negro de hoje a reagir com medo ao hesitar em tirar a máscara mesmo esta não sendo uma obrigatoriedade?

No meu entender sim. Estamos a assistir neste comportamento a um reflexo bem expressivo da Síndrome de Estocolmo onde o negro de certa forma ainda tenta negociar a sua liberdade. Então não é propriamente que ele tenha ganho algum tipo de amor estranho pelo seu "carrasco" ou pela própria máscara. A verdade é que existe um medo... um medo profundo bem inculcado no seu subconsciente de que se não obedecer poderá sofrer castigos mais severos. Não que ele próprio sofra. A sociedade de hoje não o punirá por tirar uma ridícula máscara de pano do rosto. Só que num nível inconsciente, onde estão as cicatrizes vincadas provocadas pelos carrascos do passado, ainda faz ecoar um alerta das consequências terríveis que acarreta a desobediência, sendo esta traduzida por espancamentos, torturas e chicotadas... na prática é como se esse comportamento aparentemente irracional (manter a máscara) fosse verbalizado assim: "Ok, eu não tiro a máscara. Eu porto-me bem e sou obediente mas por favor não me façam mais mal" - ou seja, o negro evita tirar a máscara pelo medo inconsciente de ser novamente violentado pelo seu carrasco.

COMPLEXOS E TIMIDEZ

Para terminar a minha análise, agora numa toada mais leve mas igualmente relevante, não poderei deixar escapar outra razão que pode estar a contribuir para esse comportamento enigmático - a dos Protótipos de Beleza.

Embora presentemente se veja alguns sinais de que se está a tentar contrariar um Protótipo exclusivo de beleza corporal, ainda há um longo caminho a percorrer. A verdade é que ainda estamos a ser influenciados por Hollywood, séries de televisão, publicidade, revistas, bonecos para crianças, Indústria da Moda, onde continua a ser sugerido que uma pessoa branca caucasiana, alta, loira de olhos azuis, cabelo liso e nariz fino é sinónimo de alguém bonito. Por isso é que se assiste nos países onde a genética não obedece a esse padrão, as pessoas a tentar copiar essa imagem e muitas vezes recorrendo à transformação irreversível através de cirurgias plásticas; apesar de haver muita matéria para esmiuçar em torno deste tema, irei me focar nas particularidades faciais que poderão estar relacionadas com o uso da máscara - o nariz e a boca.
Na América do Sul e em África abundam as pessoas de narizes redondos (na Europa também há muita gente é claro). Mas é nos países sul americanos que se vê mais pessoas, mulheres e homens, com o seu nariz modificado para ficar mais estreito. Pessoalmente acho esse procedimento horrível... uma mutilação até, que em muitos casos descaracteriza a fisionomia própria do indivíduo. Dá-me impressão que na mentalidade dessa gente está inculcada a ideia de que um nariz tem de ser fino a todo o custo.

Mas porquê?... Porque é que um nariz tem de ser fino?

Não há nenhuma razão lógica para isso. Se um indíviduo nasce com um nariz redondo é porque tinha de ser assim de acordo com o seu biótipo genético. É aquilo que é e nada há para acrescentar. Do mesmo modo que uma pessoa asiática tem aquela configuração singular nos seus olhos... para quê mutilar os olhos para estes se parecerem com olhos ocidentais?
É um absurdo completo, todavia as indústrias através dos seus mecanismos de propaganda estabeleceram um padrão único de como deve ser a Beleza. E isso tem o efeito de gerar descontentamento nas sociedades pouco desenvolvidas em termos de consciência, fazendo com que estas deixem de se aceitar como são. Quando uma pessoa "dorme" - espiritualmente falando - torna-se uma presa fácil nas mãos dos propagandistas. Mas nós temos de compreender a fundo a perversidade que está por trás da formatação do Padrão Exclusivo de Beleza. Quando isso é feito deliberadamente é porque há interesses ocultos... ou acha que eles resolveram promover a imagem do nariz fino porque são racistas? Ou porque preferem esse tipo de nariz?
Claro que não. A razão é exclusivamente económica. Criar insatisfação para que um indíviduo não se aceite como é. E quando você não se aceita, não descansará enquanto não corrigir aquilo que pensa ser imperfeições ou desvantagens em relação ao produto que está ser promovido naquele momento no televisor - o negócio é manter o ser humano sempre com aquele desejo em fazer qualquer alteração na sua imagem. Isso é que move a Economia; é um facto que qualquer desejo de modificação gera lucros, não é somente a vontade em ter um nariz perfeitinho. Pode ser a mudança da cor do cabelo, o penteado, uma nova tatuagem, mais uma argola pendurada na orelha ou alguma peça de roupa mais moderna.

Relativamente ao nariz, na América do Sul banalizou-se a mutilação. Ainda no outro dia transportei umas senhoras colombianas no táxi e todas elas tinham o nariz igual. Não porque eram irmãs, mas porque todas tinham recorrido ao bisturi. Não sei ao certo mas julgo que nesses países, assim como no Brasil, as operações plásticas deverão ser mais baratas porque a procura tornou-se imensa.
Agora, por aquilo que vejo parece-me que os indivíduos de raça negra são menos propensos a fazer modificações radicais no seu nariz. Será por razões económicas? Pelo facto da Indústria da cirurgia plástica ainda não ter expandido os seus tentáculos no continente africano? Talvez. Mas também poderá ser porque essa alteração originaria uma desproporcionalidade no seu rosto. O africano, por norma, tem o crânio ou rosto maior que o branco, a boca e os olhos são maiores. Portanto, é lógico que o nariz grande esteja proporcional no conjunto. É feio? Não. Não é feio nem bonito, é aquilo que é. A Beleza está nos olhos de quem vê, e as pessoas deixaram de ver pelos seus próprios olhos. Aquele "olhar" preconceituoso de auto-julgamento quando estamos diante de um espelho a contemplar algo que não gostamos, não é nosso. É um "olhar" emprestado pela sociedade... impresso à força pelas ideias e imagens repetitivas das TV´s.

Mas será que o negro aceita mesmo o seu nariz redondo?

Considero que apesar dele não ser tão adepto da cirurgia como noutros continentes ou países, também poderá em algum nível ter-se tornado preconceituoso. Afinal, o poder da Mídia chega a todos. E o uso compulsivo da máscara pode ser um indício disso mesmo. Embora acredite que a Síndrome de Estocolmo seja a explicação mais convincente para tal comportamento, também não podemos descartar que haja algum preconceito subtil associado às características do seu nariz. Sendo, nesse sentido, a máscara uma forma de camuflar um biótipo que não é tão apreciado pela sociedade ocidental; depois também temos de ver que o africanos têm os olhos muito bonitos. São maiores e mais expressivos que os dos brancos, transmitem mais informação, energia... há um magnetismo, principalmente nas mulheres. Desse modo, quando eles/elas tapam a boca e o nariz, os olhos são realçados. São duas preciosidades que batem de longe a concorrência das outras raças; será que a mulher negra tenta inconscientemente tirar partido dessa vantagem?

Com efeito, neste domínio, o uso da máscara não servirá apenas para esconder um nariz contrário ao modelo social. Independentemente da raça, há pessoas que poderão não gostar de alguma particularidade do seu rosto. Pode ser o nariz, mas também pode ser a boca ou o queixo. Às vezes fico a pensar... aqui em Portugal há muita gente que não cuida bem da sua higiene dentária. A culpa não é do indíviduo. No Sistema de Ensino nada é ensinado. Os pais não sabem da prevenção do fio dental e apenas se contentam que o seu filho emane o hálito fresco a mentol da pasta de dentes. Além disso, nem os médicos de família nem os dentistas ensinam os seus utentes sobre a importância deste importante instrumento. O resultado é que a saúde dentária dos portugueses deixa muito a desejar.

E agora pergunto: não terão muitos portugueses aceitado usar de bom grado a máscara por ser uma forma eficaz de ocultar o aspecto miserável de uma boca cheia de dentes podres e deformados?
É que temos de ver que essas pessoas antes da "Pandemia" já tinham muitas dificuldades em exibir as suas bocas em locais públicos. Havia muitas pessoas que já evitavam sorrir, e até mesmo falar, porque a placa dentária ficava evidenciada. Então notava-se um esforço em manterem uma expressão séria ou rirem-se de forma comedida colocando intuitivamente a mão sobre a boca na tentativa de esconder ao máximo os seus dentes.

A máscara também poderá ainda servir de tampão para a libertação de maus odores. Como sabemos há muitas pessoas com mau hálito pelas mais diversas razões, então a máscara também poderá ser útil nesse sentido. Claro que a pessoa nunca admitirá que persiste no seu uso para ocultar o seu próprio mau hálito. É embaraçoso ter de admitir tal coisa. Mas qual a razão para a pessoa continuar a usar este material incomodativo? Na sua racionalidade, ela dirá que é por causa do vírus. Mas no seu subconsciente - que é mais genuíno - poderá não ser bem assim.

Outra razão válida para muita gente sentir-se confortável com a máscara (mesmo em pleno Verão) pode ter relação com a simples timidez. Muitas pessoas não gostam de encarar as outras pessoas, e também não gostam de ser vistas. Por exemplo, uma mulher obesa com imensa gordura no rabo e nas pernas, por norma tem tendência em vestir-se com calças largas ou saias compridas. É uma forma de ocultar aquilo que aprecia menos em si. Em contrapartida se ela vestir mini-saia ou calças justas, as suas curvas desproporcionais ficarão mais expostas; assim, nesse sentido também a máscara poderá ser uma artimanha do Ego inconsciente em tapar, não só eventuais imperfeições, mas simplesmente um rosto normal. Significando que um indivíduo poderá não ter nada de errado no seu rosto, mas entretanto sente-se mais à vontade em locais públicos mostrando apenas os olhos. Seria neste caso apenas uma questão de timidez.

No entanto, a nível psicológico isto poderá se converter numa patologia crónica de difícil resolução. Porque se pensarmos um pouco, a timidez não é uma característica muito vantajosa para se conviver em sociedade. É normal uma pessoa ter o seu espaço próprio, ser discreta e reservada. Afinal nem toda a gente tem que demonstrar uma atitude exuberante e andar ali a chamar atenção dos outros de forma idiota. Mas, nem 8 nem 80. Quando alguém se move em locais públicos com aquela postura de "coelho assustado" quase que encarando os outros como se fossem todos inimigos e se recusa mesmo a trocar qualquer palavrinha de modo normal, é porque estamos perante uma caso de timidez extrema. E essas pessoas, por viverem num estado permanente de medo e assustados, estão sempre a perder grandes oportunidades na sua vida: oportunidades de emprego, oportunidades de conhecerem pessoas interessantes, amigos e até potenciais parceiros afectivos.

Portanto, é nesse sentido que o aparecimento da máscara poderá ter reforçado a preservação da timidez num indíviduo, ao invés de a diluir. No meu entender, as pessoas têm de ser equilibradas para prosperar em sociedade. E o excesso de timidez que é originado na infância e adolescência pode ser atenuado na idade adulta a partir do momento em que começamos a nos movimentar numa sociedade normal. O problema é que essa normalidade desapareceu quando resolveram decretar uma "Pandemia" e muitas pessoas tímidas em vez de se libertarem e começarem a socializar - a forma correcta de diluir essa timidez - foram confinadas em apartamentos e persuadidas a usar máscaras. Ou seja, foi impulsionado na sociedade todo um comportamento anti-social que prejudicou mais gravemente todos aqueles que apresentavam sintomas mais expressivos de timidez; dessa forma, inconscientemente, são mais relutantes em abandonar as máscaras porque estas de certa forma têm o poder de dar mais confiança ao tímido. O tímido sente-se menos tímido com a máscara porque vê-se imiscuído num colectivo onde todos a usam... Mas aonde está a sua individualidade?
Pois, esse é o ponto. Significa que essa "confiança" do tímido ao usar máscara é uma ilusão. Ele não está a resolver o problema da timidez em profundidade porque está escondido atrás de uma máscara.
A pessoa excessivamente tímida só resolverá o seu problema quando se movimentar sem máscara e começar a aceitar-se como um indíviduo singular que é. Sem medo de olhar para os outros e sem vergonha que alguém olhe para si vendo o seu rosto como realmente é... de forma integral


Até breve...



PEDRO POÇAS - 06/06/2022



























 
 
 

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